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Programa Atletas de Alto Rendimento contribui para o desenvolvimento do esporte olímpico
23/06/2023 – Há 15 anos, incorporar atletas às Forças Armadas tem auxiliado centenas de sonhos olímpicos. Em 2008, o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) iniciou as atividades com a ideia de proporcionar melhores condições de tempo e espaço para dedicação total aos treinos e, assim, os atletas não precisarem aplicar esforços em outra fonte de renda, se não o esporte. Atualmente, 540 atletas militares representam o Brasil, a Marinha, o Exército e a Força Aérea Brasileira, em 30 modalidades.
Com esse olhar de unir pessoas por meio do esporte, hoje, 23 de junho, é comemorado o Dia Olímpico. O mundo inteiro celebra a data que marca o aniversário de fundação do Comitê Olímpico Internacional (COI), criado em 1894, e tem como objetivo promover a cultura do esporte olímpico. É uma comemoração do esporte, da saúde e da união.
O sonho do atleta de alto rendimento é disputar os Jogos Olímpicos com as maiores potencias do esporte no mundo. O PAAR iniciou as atividades após os Jogos de Pequim, em 2008. Desde então, é possível acompanhar a evolução das conquistas do Brasil na competição e o quanto o programa tem contribuído para os feitos. Em Londres (2012), 259 atletas formaram a equipe brasileira, sendo 51 militares. Ao final, o País conquistou 17 medalhas; desse total, 5 foram obtidas por integrantes do PAAR.
No ciclo olímpico seguinte, Rio (2016), os atletas militares representam 145, dos 465 participantes do time Brasil. Em uma competição histórica, disputada em casa, os brasileiros alcançaram a marca de 19 medalhas, entre as quais 13 de atletas das Forças Armadas. Nos últimos Jogos, em Tóquio (21), não foi diferente. A equipe brasileira, formada por 302 atletas, sendo 92 militares, conquistou 21 medalhas, 8 obtidas por integrantes do PAAR.
Os atletas brasileiros preparam-se para mais uma edição dos jogos que ocorrerá ano que vem, 2024, em Paris. E as competições nacionais, internacionais, civis e militares têm contribuído como treinamento e classificação para o evento.
Conquistas em 2023 – Os resultados acontecem. O Brasil foi campeão do 54° Campeonato Mundial Militar de Vela do Conselho Internacional de Esporte Militar (CISM), realizado na cidade de Piraeus, na Grécia, de 7 a 15 de junho. O ouro brasileiro foi conquistado pelos 3° Sargentos da Marinha Geison Mendes, Tiago Quevedo, Gustavo Thiesen, Breno Kneipp e Georgia Rodrigues. O pódio do mundial foi formado com o Brasil em primeiro, a anfitriã em segundo, e a Itália em terceiro. A competição também contou com a participação de mais 6 países: França, Polônia, Dinamarca, Ucrânia, Canadá e Espanha. O mundial contou com a presença de atletas medalhistas olímpicos e com renome internacional, o que elevou o nível do campeonato e valorizou o feito brasileiro.
O 3º Sargento Geison é o mais experiente da equipe. Também esteve na conquista do Brasil, no Mundial, em 2017, 2018 e no ouro dos Jogos Mundiais Militares, em 2019, na cidade de Wuhan, China. O PAAR está em uma parte importante da história do militar, que ingressou em 2016, ano em que pensou parar de velejar. “Quando eu consegui entrar na Marinha, isso me permitiu permanecer na vela. Se não fosse o PAAR, talvez eu não estivesse velejando hoje. Como foi decisivo na minha carreira como atleta, tenho certeza que foi de muitos outros”, destaca.
No Exército, também houve conquistas importantes neste ano. Uma delas foi a da 3º Sargento Beatriz Souza, que ganhou medalha de bronze no Campeonato Mundial de Judô em Doha, no Catar, na categoria mais de 78kg. Ao levar a Bandeira do Brasil ao pódio, Beatriz Souza foi a responsável pelo melhor desempenho feminino do País durante a competição.
Na etapa da Croácia da Copa do Mundo de ginástica artística, neste mês de junho, os atletas levaram o nome do Brasil e da Força Aérea seis vezes ao pódio. O 3º Sargento Caio Souza garantiu quatro medalhas: ouro, na barra fixa; prata, no salto sobre a mesa; e bronze, nas paralelas e argolas. O Sargento Arthur Nory fez dobradinha brasileira com Caio, na barra fixa, e também esteve no pódio com a prata. Já o Sargento Arthur Zanetti ganhou a prata nas argolas. A competição é preparatória para o Campeonato Mundial, que ocorrerá em outubro.
PAAR - Desde 2008, em parceria com o Ministério do Esporte, a Defesa incorpora atletas às Forças Armadas, em caráter temporário, por até oito anos. O objetivo da iniciativa é promover a participação de militares atletas em competições nacionais e internacionais e, também, apoiar as equipes militares brasileiras nos eventos esportivos conduzidos pelo Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM) e pela União Desportiva Militar Sul-Americana (UDMSA).
A incorporação de atletas é feita por alistamento, de forma voluntária, e a seleção leva em conta os resultados em competições nacionais e internacionais. Assim, as medalhas já conquistadas durante o histórico profissional transformam-se em pontuação no processo seletivo para preenchimento das vagas. Após incorporados, os benefícios são inúmeros, como soldo, 13º salário, férias, assistência médica (incluindo nutricionista e fisioterapeuta), além de todas as instalações esportivas militares adequadas ao treinamento, nos centros da Marinha (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes – CEFAN), do Exército (Centro de Capacitação Física do Exército - CCFEx - e Complexo Esportivo de Deodoro) e da Aeronáutica (Universidade da Força Aérea – UNIFA).
Por Júlia Campos
Fotos: Jonne Roriz/COB, Laurence Griffiths/Getty Images, CISM, Lara Monsores/CBJ e Divulgação/CBG
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