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Hospital de Campanha: com 5 unidades instaladas, Forças Armadas apoiam sistema de saúde no Rio Grande do Sul
Brasília (DF), 14/5/2024 - Em apoio ao sistema de saúde no Rio Grande do Sul, as Forças Armadas montaram cinco Hospitais de Campanha (Hcamp). O estado sofre com a maior enchente desde 1941 e apresenta carências em serviços de primeira necessidade. As primeiras unidades hospitalares, distribuídas nos municípios de Canoas, Eldorado do Sul, Estrela, Guaíba e São Leopoldo, começaram a funcionar a partir do dia 3 de maio e realizam, gratuitamente, cerca de 150 atendimentos por dia. Com 70 militares da área de saúde à frente dos atendimentos, são oferecidos procedimentos em especialidades como clínico-geral, pediatria, odontologia, ortopedia, ginecologia e obstetrícia, além de atendimento psicológico.
De acordo com a inspetora do Escalão de Saúde do Comando Conjunto da Operação Taquari II, Tenente-Coronel Médica Maria Eliane Paulino de Oliveira, os Hcamp são fundamentais no apoio à saúde nas situações de calamidade. “Eles diminuem o estresse das estruturas de saúde locais, que muitas vezes estão colapsadas e sobrecarregadas”, afirmou.
A médica explica que, além do atendimento médico, muitas pessoas necessitam de apoio psicológico. “Os pacientes estão bastante abalados emocionalmente, tendo em vista as perdas que sofreram. Para ajudar nessa questão, a gente tem uma equipe volante de psicólogos e assistentes sociais. Temos, também, um capelão militar nos HCamp e abrigos municipais”, descreveu.
Os profissionais de saúde das Forças Armadas atendem das 7h às 20h, exceto em Eldorado do Sul, onde a unidade militar é a única opção de atendimento médico e funciona 24 horas. De acordo com a médica, os atendimentos mais procurados são referentes a problemas respiratórios, mordidas de animais, gastroenterites e infecções de pele. Para tanto, as estruturas de campanha estão preparadas para realizar exames, como raio-X e laboratoriais, e distribuir medicamentos.
Os hospitais estão estruturados em módulos hospitalares, exceto em São Leopoldo, onde a prestação do serviço médico ocorre nas instalações do antigo 16º Grupo de Artilharia de Campanha (16º GAC).
Até o momento, sob coordenação do Ministério da Defesa, 17 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica estão envolvidos diretamente na força-tarefa do Governo Federal para apoiar a região. Desde o início da operação Taquari II, em 30 de abril, já foram resgatados em torno de 70 mil pessoas e 10 mil animais. A ação conta com 330 embarcações (lanchas e botes), 35 aeronaves (aviões e helicópteros) e 5 navios, além de 4.500 viaturas e equipamentos de engenharia.
Operação Taquari - O apoio à população do Rio Grande do Sul vem ocorrendo desde setembro de 2023, quando a operação foi acionada e recebeu o nome de Taquari. À época, as ações dos militares se concentraram, inicialmente, nos municípios do Vale do Taquari, uma das regiões mais atingidas pelo ciclone extratropical. As atividades incluíram busca e resgate; triagem e distribuição de suprimentos e donativos; limpeza e desobstrução de vias; e reconstrução. Poucos meses após, a experiência com a Taquari I subsidiou o início da Taquari II. Na ocasião, os militares também trabalham em diversas frentes, como busca e resgate de vítimas (pessoas e animais); atendimentos de saúde; transporte de equipes, enfermos, suprimentos e donativos; desobstrução de vias; e engenharia civil. As ações ocorrem sob coordenação da Defesa Civil.
Por Mariana Alvarenga e Ruane Santos
Fotos: Divulgação Forças Armadas
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