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Forças Armadas removem criança para hospital
Oriximiná (PA), 30/11/2020 –
Uma criança indígena de sete anos precisou ser removida com urgência para o Hospital Municipal de Oriximiná, no Pará, município a 150 km de Santarém, devido a uma infecção grave. Há cerca de 30 dias, a menina caiu e um espinho de madeira entrou em seu joelho. Apesar de ter sido retirado no momento do acidente, o joelho inchou. Os pais levaram a criança para ser atendida pelos médicos da Missão Guamá-Tocantins, que atuam na Aldeia Mapuera desde a quarta-feira (25).
Ao receberem a paciente, os Tenentes Médicos Vinícius Pires, Marcos de Pádua e Camila Borges verificaram a gravidade do ferimento. “O espinho causou uma infecção por bactérias, que levou a esse inchaço. Fizemos uma drenagem”, explicou o Tenente Médico Marcos de Pádua, que é ortopedista.
Diante da seriedade do caso, a equipe acionou o pessoal da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), para que a criança fosse transportada para o hospital da cidade, onde receberia melhor atendimento. “O grande perigo, além de ela vir a perder a articulação, é a infecção se espalhar e ela morrer por infecção generalizada)”, explicou o médico.
Essa foi uma experiência marcante para o Tenente Médico Vinícius Pires, que é pediatra, Ele participa pela primeira vez de uma missão humanitária. Quando a criança chegou para ser atendida, ele logo percebeu a gravidade da situação. “Fiquei muito feliz de ter salvo a vida dessa criança juntos com os tenentes que a assistiram e a equipe da Sesai, que fez o transporte aéreo. Tudo foi providenciado muito rápido”, relembrou o médico.
Antes de ingressar na missão, o Tenente Pires não fazia ideia do que encontraria e, naquele momento, percebeu o quanto o trabalho deles faz a diferença. Enquanto os médicos Pires e Pádua realizavam o procedimento na pequena indígena, a Tenente Médica Camila Borges, que é nefrologista, acalmava os pais.
Para ela, essa missão é de grande aprendizado e enriquecimento, pois eles recebem os mais diversos tipos de pacientes e precisam atendê-los levando em consideração a realidade em eu vivem, com a limitação de recursos da aldeia. “É nesse tipo de situação que percebemos o quão importante é estarmos aqui”, salientou.
Missão Guamá Tocantins
Entre 23 e 30 de novembro, profissionais de saúde das Forças Armadas realizam atendimento médico em aldeias do noroeste do Pará. Na segunda (23) e terça-feira (24), eles atuaram na Aldeia Mapuera, formada por indígenas da etnia wai wai. Nesses dias, o número total de atendimentos foi de 1.107 entre consultas, exames e procedimentos médicos.
Por Mariana Alvarenga
Fotos: Cristiane Hidaki, da Sesai
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