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Ordem do Dia alusiva ao Dia Internacional dos Peacekeepers
Há pessoas que, por suas ações, ideais e sacrifícios, são verdadeiros esteios da sociedade moderna. Homens e mulheres determinados, abnegados, entusiasmados, aptos a encarar os mais difíceis desafios pelo bem comum. Neste dia, dedicamos especial referência aos mantenedores da paz mundial, que, desde 29 de maio de 1948, cumprem papel fundamental no esforço global por uma vida digna, justa, segura e civilizada entre as nações.
Celebramos os feitos e reconhecemos o valor dos boinas azuis, os soldados da paz. Em particular, os brasileiros, que, compondo tropas aprestadas, integrando estados-maiores, agindo com liderança e motivação profissional, desempenham tarefa tão significativa e relevante.
O Brasil busca, continuamente, o aprimoramento do preparo do componente militar à disposição do Estado. Isso proporciona ao País a possibilidade de integrar, a qualquer tempo e em qualquer lugar, uma nova missão de paz, em consonância com o sistema de prontidão de capacidades de manutenção da paz das Nações Unidas e alinhado às nossas concepções estratégica e diplomática, bem como à estatura geopolítica nacional.
Nosso País sempre baseou suas relações internacionais em preceitos como os direitos humanos, a defesa da paz, o respeito à soberania das nações, a solução pacífica de conflitos, a cooperação para o progresso da humanidade, a autodeterminação dos povos e o princípio da não intervenção.
A nossa tradição pacífica nos leva a participar, ativamente, desse esforço global. Desde as primeiras operações das Nações Unidas para a manutenção da paz, enviamos militares, policiais, contingentes de tropas, navios, viaturas e aeronaves para 42 das 71 operações de paz já conduzidas pela ONU.
Fazemos hoje uma especial referência às participações brasileiras, nas quais o componente militar se fez ou ainda está presente, em missões como as de Angola, Chipre, Costa do Marfim, Haiti, Iêmen, Líbano, Mali, Moçambique, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Saara Ocidental, Somália, Sudão, Sudão do Sul, Timor Leste, Abyei e Suez, entre outras.
Neste ano, em que o Ministério da Defesa comemora o seu 25º aniversário de criação, sentimo-nos honrados em também celebrar, com efetivos da Marinha, do Exército e da Força Aérea, de ontem e de hoje, datas tão simbólicas como esta, em que homenageamos os nossos peacekeepers.
A paz mundial é ameaçada permanentemente, desde o final dos grandes conflitos do século XX. O hercúleo esforço de nações e de indivíduos comprometidos com a paz torna-nos partícipes desse empenho por um mundo melhor, mais seguro, estável e fraterno.
O Ministério da Defesa e as Forças Armadas registram, nesta data especial, os sentimentos de respeito aos 41 brasileiros que nos deixaram pelo sacrifício extremo da própria vida no cumprimento de missões de paz. Às suas memórias e aos seus familiares, manifestamos a nossa homenagem, a nossa gratidão e o nosso reconhecimento.
Por tudo isso, registramos uma tradição de 76 anos — pela qual o Brasil e os brasileiros têm muito a comemorar no dia de hoje, reconhecendo o sacrifício de suor, sangue e vidas humanas que nos permite escrever, na nossa história, a trajetória de serviços pela paz mundial ao prestarmos esse simbólico reconhecimento aos mais de 53 mil militares brasileiros que atuaram como soldados da paz.
Brasília (DF), 29 de maio de 2024.
José Mucio Monteiro
Ministro de Estado da Defesa