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Desativação de seis garimpos e madeira ilegal confiscada são resultados de atuação conjunta
Brasília (DF), 18/03/2021 –
Operação de combate ao garimpo ilegal, que contou com a participação de militares das Forças Armadas e de agentes de órgãos parceiros, desativou seis garimpos na região de Surucucu, ao norte do Estado de Roraima, em área onde habitam os indígenas Yanomamis.
A ação ocorreu em 11 e 12 de março e resultou na apreensão de munições, carregadores de pistola, garrafas de mercúrio, 500 gramas de ouro, celulares e GPS, em áreas dos garimpos do Espadim, Mucuim, Pau Grosso, Capixaba, Hélio e Rangel. Em meio à mata, os agentes encontraram aeronave PT-JSS destruída, após colisão com árvores durante tentativa de fuga. Durante a batida na região, policiais federais ainda destruíram uma pista de pouso, três motores e seis geradores no garimpo do Capixaba.
A atuação dos militares e agentes na região de Surucucu foi planejada com apoio do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, o Censipam. Toda vez que é desencadeada uma operação, antes de irem a campo, os técnicos do Centro fazem o mapeamento da localidade em que as equipes vão atuar. As informações fornecidas pelo Censipam mostram o avanço dos garimpos ilegais e são de suma importância para os militares traçarem as linhas de ação e garantirem o sucesso dos flagrantes no combate aos ilícitos ambientais.
Em outra frente, embarcação que transportava madeira em toras, nas proximidades de São Sebastião da Boa Vista, no Pará, foi interceptada durante inspeção naval de militares no Aviso de Patrulha (AviPa) Tucunaré, subordinado ao Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Norte.
Os militares constataram que o meio naval estava na Relação de Embarcações Fora de Tráfego da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental, além de portar documentação falsa colocando em risco a navegação nos rios. A embarcação foi apreendida e lacrada. O comandante foi preso em flagrante e conduzido, com apoio da Polícia Militar do Estado do Pará, à Delegacia de Polícia Civil do município de São Sebastião da Boa Vista para as medidas cabíveis.
Já nas proximidades do município de Tucuruí, também no Pará, militares deslocaram 42 metros cúbicos de madeira serrada por 260 km, em um percurso que durou 16 horas. A apreensão da madeira ilegal ocorreu no quilômetro 130 da BR-422, em coordenação com servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do município paraense. O local da apreensão foi embargado pelos agentes do órgão ambiental. Já a madeira, recolhida a uma garagem da Prefeitura de Tucuruí.
As ações de combate e repressão a ilícitos ambientais na Amazônia Legal ocorrem no contexto da Operação Verde Brasil 2. As atividades contam com a orientação do Grupo de Integração para Proteção da Amazônia (GIPAM), no Censipam, que produz relatórios com base no cruzamento de dados cartográficos e imagens de satélites. O grupo conta com representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Fundação Nacional do Índio (Funai), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Serviço Florestal Brasileiro (SFB).
A Operação Verde Brasil 2 teve início em 11 de maio de 2020 e tem duração prevista até 30 de abril deste ano. O sucesso da operação é resultado direto do esforço conjunto das Forças Armadas e do Grupo Integrado de Proteção da Amazônia (GIPAM).
Com informações das Forças Armadas
Fotos: divulgação Forças Armadas
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