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Defesa celebra centenário da conquista da primeira medalha de ouro pelo Brasil
Brasília (DF) 13/12/2020 - A tarde do sábado (12), no Centro Militar de Tiro Esportivo, em Deodoro, na capital do Rio de Janeiro, reuniu autoridades militares e civis para homenagear esportistas que colocaram o Brasil no alto do pódio. Em 2020, é festejado o centenário da conquista da primeira medalha de ouro em Jogos Olímpicos obtida pelo País. O feito, pelo militar Guilherme Paraense, que há época ocupava o posto de Tenente, foi na modalidade de tiro. A conquista aconteceu na Antuérpia, Bélgica. Era a estreia do Brasil em Jogos Olímpicos.
Cem anos depois desta vitória histórica, o evento comemorativo, presidido pelo Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, teve início com exposição histórica itinerante, composta por objetos utilizados pela equipe brasileira que em 1920 representou o País na prova de tiro. Acompanhado pelo Secretário Nacional de Esportes de Alto Rendimento, Bruno Souza, o Ministro inaugurou o busto do Tenente-Coronel Guilherme Paraense, que ficará no Centro Nacional de Tiro Esportivo. Foi dele a medalha de ouro conquistada na Antuérpia, após ter vencido a prova individual de tiro rápido.
Para marcar a data, ainda foram lançados um selo e uma moeda comemorativos pelo centenário da conquista. O lançamento oficial do selo necessita que seja carimbado (obliterado). O ato contou com a presença do superintendente regional dos Correios, Arnaldo Luiz Peres Marques. Já o Presidente da Casa da Moeda, Hugo Cavalcante Nogueira, fez a descaracterização do par de cunhos originais da medalha. Esse ato simbólico assegura tiragem limitada da medalha, valorizando a peça entre colecionadores.
Ao dirigir-se aos presentes, o Ministro da Defesa destacou o seu apreço especial pelo esporte. Disse que sua presença era um misto entre ser Ministro da Defesa e um grande apreciador do esporte. Ele lembrou que disputou um Campeonato Mundial, foi atleta por duas modalidades nas Forças Armadas e teve a oportunidade de trabalhar nos 5º Jogos Olímpicos Militares. Foi ainda Presidente da Autoridade Pública Olímpica, nos jogos de 2016.
Ao citar os presentes, além de nomear autoridades civis e militares que prestigiaram o evento, saudou os agraciados com a Cruz do Mérito Desportivo, concedida pela Secretaria Nacional de Esportes de Alto Rendimento.
O Ministro enfatizou que o protagonista da homenagem “é um ícone do esporte olímpico do Brasil e deixou como legado um exemplo de superação que inspirou as gerações seguintes”. Lembrou que para “conquistar uma medalha olímpica, e para ser um atleta olímpico, é necessário percorrer um caminho árduo, revestido de esforço, dedicação superação. Por isso, hoje celebramos o centenário da conquista da primeira medalha de ouro olímpica do Brasil. O feito do nosso Tenente Guilherme Paraense e da equipe brasileira nos Jogos da Bélgica em 1920 nos dá muito orgulho”, destacou o Ministro.
Fernando Azevedo também citou o Ministério da Cidadania, principal parceiro do Ministério da Defesa na promoção e sustentação do Programa de Atletas de Alto Rendimento. “Os resultados inéditos dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos de 2016 confirmam o acerto deste esforço no suporte aos nossos atletas”.
Ao falar, o Secretário Nacional de Esportes de Alto Rendimento, do Ministério da Cidadania, destacou que a equipe que representou o Brasil, em 1920 na Antuérpia, “eram visionários que entendiam a importância dos jogos olímpicos e, principalmente, a importância de o Brasil estar bem representado no maior evento esportivo do planeta”. Ele ainda destacou a parceria com a Defesa no Programa Atletas de Alto Rendimento.
A imposição da Cruz do Mérito Desportivo, concedida pela Secretaria de Esportes de Alto Rendimento, agraciou nomes dos esportes como Adhemar Ferreira da Silva (Post Mortem), primeiro bicampeão olímpico brasileiro. O atleta foi medalha de ouro em Helsinque, capital da Finlândia, em 1952, no salto triplo, quando bateu recorde mundial. A honraria foi recebida por sua filha, Adyel Santos Ferreira da Silva. A primeira medalha de ouro feminino, em Atlanta, nos EUA, em 1996, no vôlei de praia, foi homenageada com medalha concedida à atleta Sandra Pires Tavares.
A solenidade de celebração do centenário foi organizada pela Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto e também pelo Departamento de Desporto Militar, ambos do Ministério da Defesa. O evento contou com a parceria do Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria Especial de Esportes. Também prestigiaram o evento o Secretário-Geral do Ministério da Defesa, Almirante de Esquadra Almir Garnier dos Santos, o Diretor do Departamento de Desporto Militar, Major-Brigadeiro do Ar José Isaías Augusto de Carvalho Neto, o Assessor Especial do Ministro de Estado da Defesa, Vice-Almirante (FN) Carlos Chagas Vianna Braga, entre outras autoridades e convidados civis e militares.
Conquista histórica
Em 1920, a equipe de tiro do Brasil foi formada por Afrânio Costa, o chefe da equipe, Tenente Guilherme Paraense, Sebastião Wolf, Fernando Soledade, Mário Machado, Tenente Demerval Peixoto e Dário Barbosa. O Tenente Paraense e Afrânio Costa foram os primeiros medalhistas em Jogos Olímpicos pelo Brasil. A equipe brasileira conquistou três medalhas nesta Olimpíada. Foram uma ouro, na prova de pistola rápida, conquista pelo Tenente Paraense, uma de prata e outra de bronze, na modalidade pistola livre.
Medalha
A medalha, produzida pela Casa da Moeda do Brasil, registra e eterniza em metais nobres a importância da conquista histórica para o nosso país.
Projetada por Juliana Souza e Millie Britto, designers da Casa da Moeda do Brasil. No anverso, a medalha destaca um alvo, elemento característico da modalidade cuja medalha de ouro foi conquistada pelo Brasil. Envolvendo o alvo há dois ramos de louro em alusão à vitória e à era 2020, ano do centenário. Na parte superior, a legenda descobre a efeméride.
No reverso, a medalha traz a estilização de mira de arma de fogo. Ao redor, na parte superior, está o nome do atleta Guilherme Paraense. Na parte inferior, está a modalidade – Tiro Esportivo e o ano do acontecimento, 1920.
Após a cerimônia de descaracterização do par de cunhos, no site do Clube da Casa da Moeda do Brasil (www.clubedamedalha.com.br), foram disponibilizados 90 exemplares da medalha alusiva para comercialização da população.
Selo
O selo comemorativo, com formato circular e na cor dourada, simboliza a primeira medalha de ouro do Brasil em Jogos Olímpicos, conquistada na categoria “pistola rápida”. Na parte superior está o título da emissão. No centro está ilustrado o alvo do tiro esportivo, formado por dez aros, com o número 10 no miolo, representando o ponto mais preciso e almejado pelos competidores. O alvo também está ladeado por folhas de louro, emblemas de triunfo, usadas desde os primeiros jogos olímpicos na Grécia Antiga para simbolizar a vitória. A técnica usada foi ilustração digital.
Por Margareth Lourenço, com informações do DDM
Fotos: Igor Soares
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