O Brasil tem ocupado cada vez mais destaque no cenário de operações de paz sob a égide das Nações Unidas.
Em diferentes regiões do globo, uma força militar de mais de 95 mil capacetes azuis, cujas missões são lideradas pelo Departamento de Operações de Paz (DPO), atua para resolver conflitos da melhor forma possível: por vias pacíficas.Desse quantitativo cerca de 250 brasileiros, dentre militares das Forças Armadas e Policiais, Militares dos estados brasileiros, contribuem para promover ou manter a paz em regiões de conflito.
A participação do Brasil em Operações de Manutenção de Paz remonta a datas anteriores à criação da Organização das Nações Unidas (ONU). De fato, mesmo não fazendo parte da Liga das Nações desde 1926, o Brasil teve papel fundamental, na década de 30, na mediação no “Conflito de Letícia”, entre Colômbia e Peru.
Já na fase inicial da vida da ONU, o Brasil participou com diplomatas e observadores militares na Comissão Especial das Nações Unidas para os Bálcãs (UNSCOB), na porção meridional da Europa, criada para monitoramento fronteiriço em face das tentativas de intervenção da Albânia, Bulgária e Iugoslávia na guerra civil grega.
O primeiro envio de tropas a um país estrangeiro teve início em 1956, com a participação na Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF), criada para evitar conflitos entre egípcios e israelenses e pôr fim à Crise de Suez.
O Brasil assumiu tarefas de coordenação e comando militar de importantes operações, como no Haiti (MINUSTAH/2004) e no Líbano (UNIFIL/2011), o que trouxe prestígio à política externa do País, aumentando a projeção brasileira no cenário mundial. Enquanto a primeira trouxe a relevo nossa participação fundamental para a consecução da estabilidade política daquele país (Haiti), a segunda se destaca por possuir o Brasil na liderança da única força naval atuando pela ONU no mundo.
Missões de Paz com participação do Brasil
Ao todo, o Brasil já participou de aproximadamente 50 missões sob a égide das Nações Unidas, tendo contribuído com cerca de 50 mil militares e policiais militares para a paz mundial. Atualmente, o Brasil mantém observadores militares e oficiais de Estado-Maior em missões no Chipre, na República Centro-Africana, no Saara Ocidental, na República Democrática do Congo, na Guiné Bissau, no Sudão e no Sudão do Sul. Desde 2011, as Forças Armadas brasileiras estão no comando da missão de paz da Força-Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL).
Em 2000, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) adotou a sua primeira resolução sobre o que se convencionou chamar “Agenda sobre Mulheres, Paz e Segurança” (Agenda MPS), que visa a fomentar a participação feminina em Missões de Paz da ONU. De 1992 a 2018, o Brasil já enviou 311 mulheres militares e policiais militares para contribuir com as missões de paz da ONU. Dessa forma, o Brasil vem ampliando o efetivo de mulheres nas mais diversas funções e sendo alvo de elogio em razão do desempenho alcançado.
De forma a aprimorar a participação brasileira, em 2010, o país passou a contar com o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil – Centro Sérgio Vieira de Mello (CCOPAB), localizado na Vila Militar, na cidade do Rio de Janeiro. Esse estabelecimento é voltado à preparação de militares, principalmente brasileiros e estrangeiros, que irão compor as missões de paz das Nações Unidas.
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