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Direção das escolas participaram ativamente na escolha das ações do projeto na comunidade
Oficinas do Projeto Rondon capacitam professores em Nova União
Capacitações para prevenção e identificação de casos de exploração sexual, saúde mental, técnicas pedagógicas e educação para crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) foram os temas das oficinas realizadas pelos universitários do Projeto Rondon, para professores da rede municipal de ensino em Nova União, distante 370 km da capital Porto Velho (RO).
“Estamos alinhados com a Secretaria de Educação”, afirma Gabriel Ruiz de Oliveira, coordenador do Conjunto B da Operação Sentinelas Avançadas II, referindo-se às demandas solicitadas durante a fase de preparação do projeto e implementadas agora. As oficinas em Nova União foram realizadas na Escola Municipal Professor Marcos Adriane Issler, nos dias 14 e 15 de julho.
Enquanto os professores assistiram às oficinas de capacitação, alunos da instituição também participaram, no ginásio da escola, de jogos, atividades físicas e incentivo à leitura, sob orientação dos rondonistas. O professor Gabriel explica que “foi feita uma votação de quais oficinas seriam realizadas pelas diretoras das escolas”, assim, todo o planejamento dos conjuntos está alinhado com as demandas do município.
São dois os conjuntos da Operação Sentinelas Avançadas II: o conjunto A engloba ações nas áreas de Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde; e o Conjunto B, de Comunicação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção e Trabalho.
Além da programação na escola, direcionada a professores e alunos, também os agentes da administração pública, a população da zona rural da cidade, comerciantes e o público em geral foram alvo de atenção dos rondonistas. Com apoio da comunidade, os conjuntos A e B customizam suas ações, depois de contato direto com líderes comunitários, igrejas e o poder público. “A expectativa das oficinas é que sejam ferramentas multiplicadoras”, diz Luiz Fernando Caldeira Ribeiro, coordenador do Conjunto A da operação.
Os conjuntos A e B, mesmo com temas e graduações diferentes, trabalham lado a lado para aprimorar todas as ações, contemplando a comunidade, mas também a aprendizagem das equipes. Neste último caso, demandas como gamificação e aulas interativas exigiram que os rondonistas se capacitassem para ensinar o uso das lousas tecnológicas disponibilizadas pelo estado de Rondônia.
Em Nova União, o conjunto A é formado pelos estudantes e coordenadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), e o Conjunto B, pela FAE Centro Universitário do Paraná. As oficinas serão oferecidas na cidade até o dia 24 de julho de 2024.
Projeto Rondon
Com mais de 57 anos de história, o Projeto Rondon é uma ação interministerial de cunho estratégico do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Defesa, destinada a contribuir com o desenvolvimento da cidadania entre os estudantes universitários e comunidades do país. Ao empregar soluções sustentáveis para a inclusão social e a redução de desigualdades regionais, o projeto estimula importantes trocas visando ao fortalecimento da Soberania Nacional.
A ação conta com a parceria dos Governos Federal, Estadual de Rondônia, dos municípios selecionados e das Forças Armadas, nesta oportunidade, representadas pelo Comando da 17ª Brigada de Infantaria de Selva e 5° Batalhão de Engenharia de Construção – 5°BEC, Organizações Militares do Exército Brasileiro que proveem Apoio Logístico à operação. Participam também professores e estudantes universitários de 24 Instituições de Ensino Superior (IES), somando 252 pessoas.
Em julho deste ano, a Operação Sentinelas Avançadas II promove oficinas com temáticas de cultura, meio ambiente, saúde, justiça e direitos humanos, comunicação, tecnologia, trabalho e educação em 12 cidades do estado de Rondônia: Cujubim, Mirante da Serra, Nova União, Vale do Anari, Alto Paraíso, Espigão d’Oeste, Machadinho d’Oeste, Cacaulândia, Ministro Andreazza, Theobroma, Governador Jorge Teixeira e Rio Crespo. Para saber mais, acesse as redes sociais do Projeto Rondon e do Ministério da Defesa.
Texto por Giovanni Ribeiro - Jornalismo, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)