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Mundo Rondon em Evidência: Rondonistas da UNCISAL dividem experiências vivida na Operação Palmares
PROJETO RONDON: uma lição de vida e de cidadania
Joyce dos Santos Barros
Maria Rosa da Silva
Ewerton Amorim dos Santos
O Projeto Rondon é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Defesa, que tem por finalidade viabilizar a participação do estudante universitário nos processos de desenvolvimento local sustentável e de fortalecimento da cidadania. (GUIA DO RONDONISTA, 2017). Através da oportunidade conquistada pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL, com a participação na “Operação Palmares”, pude fazer parte do maior projeto de extensão universitária no Brasil, e modificar totalmente minha prática profissional.
Fato muito relevante para o sucesso da edição do Projeto Rondon , foi a concessão, pelo 59º Batalhão de Infantaria (Maceió), de treze militares, entre sargentos e oficiais, com o objetivo de acompanhar as equipes durante todo o processo em cada cidade. Eles foram de grande importância no auxílio às equipes de rondonistas, estabelecendo elos com as comunidades locais e reportando as necessidades à sua unidade. A presença de cada militar junto das comunidades foi uma espécie de tônico: uma garantia de segurança e de confiança. Eles são chamados de “anjos” nesse projeto e selecionados com muito cuidado. Esses militares são escolhidos pelos superiores pelo seu comportamento e empatia com as pessoas e são encarados como ídolos junto das populações.
Ao iniciar a programação da Operação Palmares, um fato que chamou a atenção dos rondonistas foi a imensa adesão ao projeto e a participação ativa de toda a comunidade em todas as oficinas. Inicialmente, a faixa etária seria considerada pré-requisito para as oficinas, porém, com essa adesão espontânea, foi permitida a participação de quem estivesse presente, de crianças a idosos. Essa adesão também nos fez repensar na duplicação de algumas oficinas, e exigiu readequação dos horários dos responsáveis pelas instruções e dos materiais utilizados durante as atividades.
Essa foto mostra uma das oficinas, quando foi necessário o remanejamento da sala de aula para a quadra de uma outra escola próxima, devido à quantidade de participantes, que ultrapassou a estrutura proposta inicialmente. A oficina de curativos foi muito bem recebida pela comunidade, inclusive por alguns profissionais da saúde. (Fonte: arquivo pessoal)
Diante das inúmeras situações vivenciadas na realidade do interior alagoano, existia a necessidade de uma formação não apenas focada no desenvolvimento de habilidades em procedimentos e no trabalho individual, mas também de habilidades críticas, reflexivas, criativas, de responsabilidade e autonomia para, dessa forma, inserir no mercado de trabalho profissionais preparados para atuar com esses diferentes contextos em que a Universidade está inserida (ISADORA, CADOREL, e ROSSO, 2010).
Outro fato importante a ser considerado e registrado foram as trocas de conhecimento entre os integrantes das equipes, visto que as mesmas foram constituídas por acadêmicos de diferentes universidades e de diferentes áreas.
Foi notável a contribuição para a formação do universitário como cidadão através da integração e da imersão nesse processo de desenvolvimento nacional, a partir do conhecimento da realidade de uma cidade de pequeno porte que representasse grande parte da realidade brasileira.
No decorrer do projeto, houve consolidação do sentido de responsabilidade coletiva em prol da cidadania. Foi evidente o estímulo à criação de vínculos com a comunidade assistida, desenvolvendo o sentimento de fazer parte da mudança social, além da repercussão positiva que o projeto causou na cidade. Por meio das ações realizadas, houve grande contribuição para a melhoria das condições de vida e bem-estar da população do município assistido. Espera-se que os efeitos sejam duradouros para a economia, a saúde, a educação e o meio ambiente. A presença de cidadãos multiplicadores do conhecimento durante todas as ações realizadas foi bastante representativa.
O projeto contribuiu para minha formação enquanto universitária e cidadã, com ações que ajudaram a consolidar minha prática por meio do conhecimento da realidade do país, assim como o sentido de responsabilidade social e coletiva, que me estimulou para a produção de projetos voltados à comunidade local. O melhor dos ganhos: nossa equipe pôde cooperar para a melhoria das condições de vida e de bem-estar da população daquele município que nos recebeu.
Referências
Guia do Rondonista. Coordenação-Geral do Projeto Rondon Esplanada dos Ministérios – Bloco Q – Protocolo Brasília - DF 70.049-900. Disponível em: https://www.gov.br/defesa/pt-br/composicao/projeto-rondon/downloads/guias-e-manuais/guia-do-rondonista_impressao.pdf/view Versão atualizada, 2017.
ISADORA, W.; CADOREL, K.R.U.G.; ROSSO, M. Projeto Rondon: Um relato de Experiência de Extensão. Revista de extensão da Universidade de Cruz Alta . 2010. v.1,n.2.Disponível em: http://revistaeletronica.unicruz.edu.br/index.php/Cataventos/article/view/461/290 .Acesso em: 06 set. 2018.
Fonte: Coordenação de Comunicação Social do Projeto Rondon