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A Operação Onça Cabocla: Transformando vidas
![Início da Operação Onça Cabocla do Projeto Rondon.jpg](https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/projeto-rondon/acompanhe/noticias/a-operacao-onca-cabocla-transformando-vidas-4/inicio-da-operacao-onca-cabocla-do-projeto-rondon.jpg/@@images/34d4fe9c-df7e-4eec-9bc1-b2f8cd2719f1.jpeg)
Outorga do Chapéu de Rondonista - Foto: Foto: Brenda Araújo
A Operação Onça Cabocla foi realizada em janeiro, no Norte de Minas Gerais, com a participação de 249 Rondonistas de 16 Instituições de Ensino Superior (IES), 15 mineiras e uma paulista. Para a Operação, os estudantes e professores se organizaram em 25 equipes que atuaram nos 12 municípios participantes: Brasília de Minas, Coração de Jesus, Glaucilândia, Guaraciama, Itacambira, Japonvar, Jequitaí, Juramento, Olhos D’Água, São João da Lagoa, São João do Pacuí e São João da Ponte. Em cada município atuou uma equipe do Conjunto A, com atividades relacionadas às temáticas da Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde; e uma do Conjunto B, que trabalhou oficinas com questões relacionadas a Comunicação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção e Trabalho. Na sede da Operação, o 55º Batalhão de Infantaria Dionísio Cerqueira, em Montes Claros, ficou a Equipe do Conjunto C, responsável pela cobertura jornalística da Operação Onça Cabocla, que viajava diariamente aos municípios.
Para a abertura e o encerramento da Operação os Rondonistas desenvolveram diferentes atividades no 55º Batalhão de Infantaria, onde ficaram por quatro dias. Dois na chegada e dois na finalização das atividades da Operação. Em diferentes momentos, a Operação recebeu a visita de autoridades militares, entre elas, a do Brigadeiro Heraldo Luiz Rodrigues, Secretário de Pessoal, Saúde, Desporto e Projetos Sociais do Ministério da Defesa e a do Ministro do Superior Tribunal Militar, José Barroso Filho. Ambos conversaram com os participantes, autoridades e representantes das comunidades dos municípios pelos quais passaram. Além deles, a Operação Onça Cabocla contou com a presença do General William Georges Felippe Abrahão, Diretor do Departamento de Projetos Sociais do Ministério da Defesa; do Coronel Marcelo Silva, Coordenador Geral do Projeto Rondon; do Coronel Ronaldo Di Ciero e do Capitão de Fragata, Diego Campos Reis, respectivamente coordenador e coordenador adjunto da Operação Onça Cabocla.
O Rondon na Comunidade
A participação no Projeto Rondon é uma experiência transformadora para todos os envolvidos. Prova dessa transformação na comunidade, é a história do secretário de Comunicação e chefe de Gabinete da Prefeitura de São João da Lagoa, José Leonan Leite. Sua cidade fez parte da Operação Onça Cabocla, mas o Projeto Rondon já havia passado por lá, 15 anos atrás e mudou sua história. Naquela época, em 2008, o Projeto Rondon fez muitas pessoas saírem da sua zona de conforto, conforme conta Leonan Leite. Segundo ele, foram realizadas ações capazes de levar conhecimento, construir formadores de opinião e proporcionar oportunidades de formação aos moradores de sua cidade, transformando vidas, inclusive a sua. Sua formação como gestor ambiental, conta, decorre de sua participação em uma oficina na área ambiental naquela operação do Projeto Rondon em São João da Lagoa, em 2008.
- Foto: Raabe Miranda
Em Brasília de Minas, outro dos 12 municípios da Operação Onça Cabocla, encontramos mais uma história do Rondon, a do farmacêutico e diretor do Hospital Municipal Senhora Santana, Jônatas Cardoso, que participou de uma operação como Rondonista, 15 anos atrás, que foi capaz de transformar a sua história de vida. Segundo afirma, quem participa como Rondonista, ganha muito mais do que a comunidade para a qual ele vai capacitar, treinar ou orientar, pois o Projeto impacta profundamente o universitário. Conforme relata, o Projeto Rondon “Foi uma vivência que me fez crescer pessoalmente, profissionalmente, mentalmente. O que eu amadureci dentro do Rondon foi algo que marcou completamente a minha vida acadêmica. E se sou o que sou hoje como pessoa, como homem, como profissional, eu devo em grande parte ao que vivi no Rondon”.
O Professor Marcos Arcanjo e a estudante Mariana Saraiva, da Fundação João Pinheiro (Conjunto B) participantes da Operação Onça Cabocla em Jequitaí, reforçam a fala do diretor do Hospital de Brasília de Minas, ressaltando o aprendizado proporcionado pelo Projeto Rondon, sobretudo em relação à capacidade de adaptação, de se abrirem às novidades ao se depararem com realidades distintas das imaginadas, o que contribui para que os participantes tenham inclusive uma formação profissional diferenciada.
Mas as experiências não param por aí e podem surpreender, ainda que o Rondonista seja da cidade que integra a Operação, conforme conta a estudante Maria Cláudia Sanguinete, da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), que fez parte do Conjunto A em sua cidade natal, Jequitaí. Sanguinete disse ter conhecido um outro lado da sua cidade, ressaltando o acolhimento e a recepção afetuosa dos moradores com os amarelinhos nas ruas do município, o que tornou sua experiência ainda mais impactante.
Esses relatos trazem à tona, de alguma forma, o sentido do despertar nas pessoas participantes, seja do Rondonista, seja das comunidades. Esse despertar, para além do encontro de soluções para os problemas da comunidade é, segundo o professor Hebert Gontijo, da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), Campus de Divinópolis, o grande papel do Projeto Rondon: “As soluções são gradativas a longo prazo. Mas esse pontapé inicial, que elas (as pessoas) perceberem que é possível, é possível se transformar, é possível melhorar a qualidade de vida através do próprio esforço, do próprio conhecimento, do próprio autoconhecimento”, explica. O professor, que participou da Operação Onça Cabocla como coordenador do Conjunto B em Itacambira, também destaca a importância de a ação contar com o trabalho em equipe: “Foi um processo seletivo em que eu busquei trazer pessoas que se completassem. Uma equipe feliz. Que pudesse ser alegre, que pudesse se transformar como alunos. Avançar como alunos. E que pudesse também trazer para o município algo que fosse suave e transformador para eles”.
Conforme ressalta o professor, “O Rondon tem uma essência maravilhosa de poder estar com um grupo de universitários, com um grupo de professores e poder contar com um planejamento como esse do Ministério da Defesa. As oficinas são importantes. Ensinar, levar a extensão universitária, levar uma tecnologia... Mas o que vai ficar guardado é o afeto. É aquela situação de chegar num grupo, estar no município com um sorriso, com um abraço, produzindo algo que vai fazer sentido para alguém”.
São momentos que marcam a vida de cada um que participa do Projeto Rondon.
Coordenação de Comunicação Social do Projeto Rondon
Ministério da Defesa