Projeto João do Pulo
O Ministério da Defesa, por intermédio do Departamento de Desporto Militar, instituiu, em 2015, o Projeto João do Pulo, uma vertente do Programa Forças no Esporte que tem por objetivo promover a reintegração social dos militares que adquiriram deficiência física em consequência de acidentes ou enfermidades. A denominação foi feita em homenagem ao extraordinário desportista militar João Carlos de Oliveira, que teve sua perna direita amputada em decorrência de um grave acidente automobilístico.
O PJP cresceu e, hoje, com um novo formato, é direcionado ao atendimento de pessoas com deficiência, priorizando as crianças a partir dos 6 (seis) anos de idade, jovens e adolescentes em estado de vulnerabilidade social. Para o seu melhor funcionamento, conta com o apoio do Ministério da Cidadania, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e do Ministério da Educação, além de uma rede colaborativa de parceiros constituída pela Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Fenapaes), Federação Nacional das Associações Pestalozzi (Fenapestalozzi), Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Instituto Benjamin Constant (IBC), Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), Universidade Estácio de Sá, Associação dos Vencedores Adaptados (AVA) e Pastoral do Menor do Rio de Janeiro.
Com a finalidade de promover a valorização da pessoa, reduzir riscos sociais e fortalecer a cidadania, a inclusão e a integração social dos beneficiados por meio do acesso à prática de atividades esportivas e físicas saudáveis e de atividades socialmente inclusivas, realizadas no contraturno escolar, o Projeto está em funcionamento em 13 Organizações Militares, beneficiando 348 pessoas com deficiência.
As atividades são realizadas nos Núcleos de Atividade Paradesportiva (NAP) do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), do Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx) e da Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA). Também, estão sendo implantados NAP no Colégio Militar do Rio de Janeiro e no Colégio Militar de Brasília.
São executadas, ainda, atividades sócioinclusivas nos Núcleos de Atividade Esportiva (NAE) do Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica (CCOMGEX-Brasília-DF), do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS-Manaus-AM), do 38º Batalhão de Infantaria (Vila Velha-ES) e do 55º Batalhão de Infantaria (Montes Claros-MG).
Em algumas Unidades de Cavalaria, funcionam os Núcleos de Atividade Esportiva/Equoterapia (NAE/Equo), onde são desenvolvidas atividades terapêuticas e educacionais que utilizam o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar, nas áreas de saúde, de educação e de equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências. São elas: 1º Regimento de Cavalaria Mecanizada - Itaqui/RS, 2º Regimento de Cavalaria Mecanizado - São Borja/RS, 6º Regimento de Cavalaria Blindado - Alegrete/RS, Esquadrão de Comando da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada - Dourados/MS, 20º Regimento de Cavalaria Blindado - Campo Grande/MS e 11º Regimento de Cavalaria Mecanizado - Ponta Porã/MS.
Com isso, o PJP surge como um marcante diferencial na melhora geral na qualidade de vida de seus beneficiados, promovendo a autoestima e a confiança na realização de tarefas básicas do dia-a-dia, proporcionando-lhes uma maior prevenção contra enfermidades advindas secundariamente da deficiência e um inquestionável auxílio na reabilitação e integração social.