Quem Somos
O Instituto Pandiá Calógeras (IPC) é um órgão de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado da Defesa. Sua missão é oferecer à Pasta assessoramento estratégico preciso, útil e oportuno na área de Defesa, embasado em altos estudos e em ampla participação acadêmica, institucional e social.
A atuação do IPC se dá por diferentes meios, entre os quais a produção de análises, a promoção do diálogo entre o Ministério da Defesa e a área acadêmica e o estímulo à produção de conhecimento sobre temas de interesse da defesa nacional. Assim, o Instituto contribui permanentemente para adensar a relação entre civis e militares.
Por iniciativa própria ou em cooperação com instituições congêneres e think tanks nacionais e internacionais, o IPC trabalha em diversas frentes. Suas atividades abrangem: a promoção e a participação em eventos que colaborem para criar um autêntico pensamento brasileiro sobre Defesa; o estímulo à integração com instituições de ensino civis e militares; e a implantação e manutenção de um centro de documentação que subsidie pesquisas, projetos e favoreça o intercâmbio de informações e análises no campo da defesa nacional.
O nome do Instituto é uma homenagem ao engenheiro e político carioca João Pandiá Calógeras, primeiro civil a exercer o cargo de Ministro da Guerra na história republicana, no governo de Epitácio Pessoa. Em seu mandato, Pandiá Calógeras empreendeu importante processo de modernização, expansão e aperfeiçoamento do Exército. Paralelamente, deixou notável legado como escritor, acadêmico e pesquisador. Personalizou, assim, a aproximação entre civis e militares, tendo como norte o interesse do Estado. Pioneira no início do republicanismo brasileiro, essa cooperação é, hoje, crucial para a consolidação do setor de defesa no país.
Entre os esforços do Instituto, destacam-se o Programa Álvaro Alberto de Indução à Pesquisa em Segurança Internacional e Defesa e o Programa de Serviço Voluntário.
O que fazemos
A equipe de pesquisadores do Instituto Pandiá coleta informações, realiza pesquisas e produz análises usadas pelo Ministério da Defesa em seu processo decisório. Promove, além disso, seminários e realiza pesquisas e encontros para debater questões relevantes para a segurança internacional e para a defesa nacional.
O Instituto fortalece canais de comunicação entre a academia, think-tanks brasileiros e estrangeiros, funcionários públicos e integrantes de organizações não-governamentais no campo da defesa nacional e de segurança internacional. Com vistas a atingir esse objetivo, o Instituto Pandiá difunde informação, organiza encontros com pesquisadores e eventos na área de defesa e participa de seminários e workshops.
O Instituto Pandiá, em parceria com o CNPQ, estimula a pesquisa sobre Segurança Internacional e Defesa Nacional por meio do PROGRAMA ÁLVARO ALBERTO. Com o financiamento do Programa, pesquisadores de diferentes universidades e institutos de pesquisa do Brasil estão desenvolvendo projetos de pesquisa nas linhas de Economia de Defesa e Entorno Estratégico. Conheça um pouco mais sobre os projetos selecionados aqui.
Linhas de Pesquisa
As atividades concentram-se em temas considerados prioritários pela Estratégia Nacional de Defesa, destacam-se as três linhas de pesquisa do Pandiá:
Amazônia
A Amazônia brasileira e os cidadãos que ali vivem, com seu grande estoque de riquezas minerais e de biodiversidade, é foco da atenção internacional e a manutenção da soberania desse enorme patrimônio nacional é uma das prioridades de defesa do país.
Esta linha de pesquisa favorece análises sobre a Amazônia brasileira e os desafios relacionados com a sua proteção, preservação e desenvolvimento, incluindo com especial ênfase no Programa Calha Norte e no Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM).
Amazônia Azul
O Brasil exerce jurisdição sobre uma extensa área oceânica contígua à costa brasileira, pela qual trafegam cerca de 95% de todo o comércio exterior brasileiro. Essa região dispõe de imensas riquezas naturais e de importância estratégica para o país, que tem 80% de sua população vivendo em território litorâneo e adjacente.
O Brasil exerce jurisdição sobre uma extensa área oceânica contígua à costa brasileira, pela qual trafegam cerca de 95% de todo o comércio exterior brasileiro. Essa região dispõe de imensas riquezas naturais e de importância estratégica para o país, que tem 80% de sua população vivendo em território litorâneo e adjacente.
Cultura de Defesa
A importância que cultura brasileira atribui à defesa e o envolvimento da sociedade com o tema. O papel desempenhado pela academia, mídia, política e educação nas medidas e ações do Estado, com ênfase no campo militar, para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças preponderantemente externas, potenciais ou manifestas.
Esta linha de pesquisa estuda os aspectos culturais da defesa tal como visto pela sociedade brasileira. Como o tema é retratado pela mídia e formadores de opinião, como é tratado pela academia e como repercute na cultura e pensamento da sociedade.
Economia de Defesa
A Estratégia Nacional de Defesa “é inseparável de estratégia nacional de desenvolvimento. Esta motiva aquela. Aquela fornece escudo para esta. Cada uma reforça a ação da outra”. Essa associação decorre, em grande medida, das características do setor de Defesa, notadamente no que diz respeito à sua capacidade de arrasto tecnológico (spin-off) e de fomento à inovação. Seu pleno desenvolvimento requer, contudo, investimentos de alto risco e de longo prazo. Para sobreviverem nesse setor, as indústrias e os serviços necessitam de quadro legal estável e aportes financeiros suficientes e constantes. Nos últimos anos, o Ministério da Defesa, em conjunto com outros órgãos do governo federal, vem implementando iniciativas de fomento à economia da defesa. Entre elas, destaca-se a fixação do Plano de Articulação e Equipamento da Defesa (PAED).
Esses são alguns dos temas analisados por esta linha de pesquisa.
Entorno estratégico
América do Sul, Atlântico Sul, e costa ocidental da África
A região de interesse prioritário da defesa nacional, englobando a massa subcontinental da América do Sul, o Atlântico Sul e os países lindeiros da África. 2. Não obstante relativamente afastada dos principais focos de tensão e conflito mundiais, a região é palco de instabilidades e riscos que aportam desafios para a defesa nacional.
O objetivo desta linha de pesquisa é examinar a capacidade de monitorar acontecimentos que impliquem riscos de tensões no entorno estratégico brasileiro; fomentar a capacidade de dissuasão brasileira frente a possíveis ameaças à soberania nacional quer nos teatros de operação convencionais quer em novos domínios, como o espacial e o cibernético; aprofundar a cooperação e, na medida do possível, promover a integração regional no âmbito da América do Sul e do Atlântico Sul.
Fronteiras
O Brasil deve defender, vigiar e proteger mais de 15.000 quilômetros de fronteiras terrestres e mais de 7 mil quilômetros de fronteira marítima que delimitam todas as regiões do país, de centros urbanos a de regiões de florestas.
Esta linha de pesquisa examina a história da defesa das fronteiras nacionais, as ameaças à integridade territorial, conflitos em zonas fronteiriças, os desafios para a vigilância e proteção das fronteiras terrestre e marítima, bem como as políticas públicas setoriais desse campo, a exemplo do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).
Produção de leis sobre defesa
Comparada a outros assuntos de contumaz atenção legislativa, a defesa ainda é um assunto pouco discutido no Parlamento brasileiro. Esta linha de pesquisa busca incentivar estudos sobre a defesa no âmbito do Congresso Nacional, com ênfase nas inter-relações entre política e defesa, nos círculos formadores de opinião sobre esse campo e o relevante papel da academia para o trabalho legislativo nessa área.
Quem foi Pandiá Calógeras
João Pandiá Calógeras (1870-1934), engenheiro e político brasileiro, foi o primeiro civil a comandar o então Ministério da Guerra do país, de 1919 a 1922, durante o governo Epitácio Pessoa.
Seu mandato marcou-se por empreender importante processo de modernização, expansão e aperfeiçoamento do Exército, em que contou com significativa colaboração de uma Missão Militar Francesa a partir de 1920.
Paralelamente, Pandiá Calógeras deixou notável legado como escritor, acadêmico e pesquisador. São de sua autoria, por exemplo, as obras Política exterior do Império, publicada em três volumes, entre 1923 e 1929, e Formação histórica do Brasil, de 1930.
Pandiá Calógeras personalizou, assim, a aproximação entre civis e militares, tendo como norte o interesse do Estado. Pioneira no início do republicanismo brasileiro, essa cooperação é, hoje, crucial para a consolidação do setor de defesa no país.
Quem é quem
Conheça também
As opiniões e análises contidas nesta página não refletem,
necessariamente, as posições oficiais do Ministério da Defesa