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Lançamento do livro "Missão Haiti - 7 lições de liderança"
Brasília, 13 de setembro de 2019 - Na próxima quarta-feira, 18/09, às 19h, o coronel Ricardo Bezerra irá lançar seu livro "Missão Haiti - 7 lições de liderança", no restaurante Carpe Diem da 104 sul, em Brasília (DF). Comandante do Batalhão de Forças de Paz no Haiti, o livro narra diversas situações e aprendizados em ambientes e situações hostis. Coronel Ricardo Bezerra é bacharel em Ciências Militares e especializado em Operações na Selva e em Análise de Inteligência Estratégica. Possui diversos cursos relacionados a missões de paz da Organização das Nações Unidas. No Haiti, trabalhou na pacificação de favelas, atividades de ajuda humanitária e garantia das eleições.
O coronel também foi chefe de gabinete do Instituto Pandiá Calógeras, do Ministério da Defesa, e um dos responsáveis pela reestruturação do Instituto.
A MINUSTAH
A MINUSTAH constitui marco da participação brasileira em operações de manutenção da paz. Entre as principais características que lastreiam o engajamento do Brasil na MINUSTAH, destacam-se o exercício ininterrupto do comando brasileiro da missão, fato sem precedentes em outras operações de manutenção da paz da ONU; o maior desdobramento de tropas nacionais desde a Segunda Guerra Mundial; a participação mais longa do Brasil em seu histórico de contribuição para operações de manutenção da paz; e a presença de países sul-americanos como maiores contribuintes de efetivos para a MINUSTAH.
O contingente militar brasileiro dividiu-se em três unidades militares: um Batalhão de Infantaria (Brabat), um grupamento operativo de fuzileiros navais (Bramar) e uma companhia de engenharia militar (Braengcoy). Ao longo de treze anos, 26 contingentes e 37,5 mil soldados brasileiros passaram pelo Haiti.
Desde a chegada da MINUSTAH ao Haiti até seu término em outubro de 2017, o país realizou três eleições presidenciais democráticas e contou com o apoio da missão para superar a fase crítica de emergência humanitária pós-terremoto de 2010 e pós-furacão de 2016. Do ponto de vista da segurança, a missão foi bem-sucedida em conter a ação de grupos criminosos que antes atuavam na capital, Porto Príncipe, sobretudo nos bairros de Belair, Cité Soleil e Cité Militaire.
Além de contribuir militarmente para a MINUSTAH, o Brasil intensificou a cooperação técnica e humanitária com o Haiti, com vistas ao desenvolvimento do país. A companhia de engenharia militar brasileira empreendeu projetos de impacto rápido, os quais incluíram a perfuração de poços artesianos, construção de pontes e açudes, contenção de encostas, construção e reparação de estradas – além de ter atuado em missões de defesa civil, sobretudo após o terremoto de 2010 e o furacão de 2016.
A Resolução 2350 (2017) do Conselho de Segurança das Nações Unidas estabeleceu a transição da MINUSTAH para a Missão das Nações Unidas de Apoio à Justiça no Haiti (MINUJUSTH) em 15 de outubro de 2017. A MINUJUSTH não possui componente militar e tem como objetivo apoiar o diálogo político e o fortalecimento da Polícia Nacional do Haiti, as instituições judiciais e penais e a situação de direitos humanos no país.