Projetos estratégicos da Marinha
A ilustração abaixo traz alguns dos principais projetos estratégicos de defesa conduzidos pela Marinha do Brasil. Clique no nome de cada projeto para saber mais a respeito da iniciativa.
Programa Nuclear da Marinha
Descrição:
O Programa Nuclear da Marinha, iniciado em 1979, está dividido em dois grandes projetos: o domínio do ciclo do combustível nuclear e o Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (Labgene).
O Brasil já domina o ciclo de produção do combustível nuclear. A Marinha inaugurou, em fevereiro de 2012, a Unidade Piloto de Hexafluoreto de Urânio (Usexa), última etapa para o domínio pleno do ciclo.
O Labgene tem o propósito de desenvolver a capacidade tecnológica para o projeto, construção, operação e manutenção de reator nuclear do tipo PWR (Pressurized Water Reactor) que será empregado na propulsão do primeiro Submarino Nuclear (SN-BR) a ser construído no Brasil.
Importância Estratégica:
O Programa Nuclear da Marinha dará ao Brasil capacidade técnica para o projeto, a construção e operação de plantas núcleo-elétricas de tecnologia nacional. A energia gerada por essas plantas poderá ser utilizada tanto para a propulsão de meios navais, como os submarinos SN-BR, de propulsão nuclear, quanto para a alimentação de redes elétricas urbanas e rurais.
Principais Benefícios:
• Fomento da Indústria Nacional de Defesa;
• Arrasto tecnológico;
• Domínio de tecnologia sensível;
• Capacitação e aprimoramento de mão de obra;
• Desenvolvimento de planta núcleo-elétrica de emprego dual.
Cronograma de Execução:
A conclusão do Laboratório de Geração Núcleo-Elétrico (Labgene) está prevista para julho de 2016.
Construção do Núcleo do Poder Naval
Descrição:
O projeto de construção do Núcleo do Poder Naval pretende ampliar e modernizar a capacidade operacional da Marinha do Brasil. O plano, elaborado a partir da Estratégia Nacional de Defesa (END), se estrutura na aquisição e distribuição de material, navios e instalações da Marinha.
O Núcleo do Poder Naval é formado por programas que têm o propósito de expandir e modernizar a Força Naval. Dentre eles está o desenvolvimento de submarinos convencionais e de propulsão nuclear (Prosub) e a construção de um estaleiro e base naval.Também está prevista a construção de Navio-Aeródromo (Pronae), de Navio-Anfíbio (Pronanf), de Meios de Superfície (Prosuper) e a produção de navios-patrulha de 500 toneladas e de corvetas Classe Barroso.
Importância Estratégica:
O projeto garantirá a ampliação da capacidade de emprego do Poder Naval para a salvaguarda dos interesses nacionais nas áreas marítimas de responsabilidade do País.
Principais Benefícios:
• Geração de empregos diretos e indiretos;
• Capacitação e aprimoramento de mão de obra;
• Transferência de tecnologia;
• Fomento da Indústria Nacional de Defesa;
• Domínio de tecnologia sensível.
Cronograma de Execução:
Alguns projetos da Construção do Núcleo do Poder Naval já estão em andamento. Como resultado, dois navios-patrulha de 500 toneladas foram incorporados à frota da Marinha. Em março de 2013, foi inaugurada a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), parte importante do
Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). Em 2017, deverá entrar em operação o primeiro dos quatro submarinos convencionais no âmbito desse mesmo projeto.
Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz)
Descrição:
O Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz) consiste em um conjunto de sistemas que tem como objetivo ampliar a capacidade de monitoramento e controle das águas jurisdicionais e das regiões de busca e salvamento sob responsabilidade do Brasil.
A Amazônia Azul é um conceito que designa os espaços marítimos brasileiros, uma área de aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros, correspondente, em tamanho, à Amazônia terrestre.
O projeto abrange a utilização de satélites, radares e equipamentos de sensoriamento submarino para monitorar o mar territorial brasileiro. A estrutura integrará redes de informação e de apoio à decisão.
Importância Estratégica:
O SisGAAz atende as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, na medida em que se organiza sob a égide do trinômio monitoramento/controle, mobilidade e presença. Sob esse aspecto, o sistema aumenta a capacidade de resposta a eventos que representam uma ameaça para a vida humana, segurança, economia e meio ambiente.
Principais Benefícios:
• Amplo espectro de uso, com possibilidade de emprego civil e militar (aplicado, por exemplo, na prevenção da poluição das águas, na previsão meteorológica e controle da pesquisa científica no mar);
• Emprego no combate às “novas ameaças”, como o tráfico ilegal de entorpecentes;
• Possibilidade de operação com outros sistemas, tais como Sistema de Vigilância de Fronteiras (Sisfron) e o Sistema de Defesa Aérea Brasileira (SDAB).
Cronograma de Execução:
Em 2013, foram elaborados os Requisitos de Alto Nível de Sistema, para que as empresas do setor de defesa apresentem suas propostas para análise pela Marinha do Brasil.