Segurança olímpica
Aldo Rebelo
Ministro da Defesa
A mobilização dos atletas para as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 tem um desafio à altura na preparação exaustiva. É o esquema de segurança montado para disputar um troféu tão importante quanto os cobiçados nas provas, o da paz nos Jogos. Como na Copa do Mundo de 2014, o Brasil tem a responsabilidade de fazer com que a festa olímpica siga sem incidentes a vocação do congraçamento esportivo dos povos a cada quatro anos.
Afora os contingentes de outros órgãos do governo, dedicados ao cuidado clássico da segurança pública e defesa civil, aproximadamente 38 mil homens das Forças Armadas serão responsáveis pelas ações de Defesa no Rio de Janeiro e nas cidades-sede do futebol (Manaus, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Brasília). Os militares estão capacitados para vigilância de natureza química, biológica, radiológica, nuclear.
Convém sublinhar que, ao contrário do que é propalado pelos que universalizam o campo de ação do terrorismo, como se todos os países fossem alvos equivalentes, o Brasil não apresenta em sua trajetória geopolítica nenhuma vulnerabilidade decorrente de conflitos internacionais. Nação pacífica, não tem um contencioso que possa suscitar reações bárbaras como os últimos atentados que ensanguentaram várias cidades do planeta. Daí porque a prevenção focaliza ataques seletivos a delegações mais visadas. No episódio trágico de Munique, em 1972, o alvo não foi a anfitriã Alemanha propriamente dita, mas a equipe de Israel chacinada pelo grupo Setembro Negro.
A missão brasileira é garantir um ambiente imune a agressões que possam manchar o ideal olímpico. Com rigor e experiência, estamos adotando os protocolos necessários para minimizar os riscos e proteger o público, atletas, comissões técnicas, turistas, jornalistas e chefes de Estado durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
Trabalhamos por um desempenho semelhante ao da Copa, que encantou o mundo pela organização, tranquilidade e alegria.
Artigo publicado em vários jornais