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Trabalho realizado pela CNDL/SPC contou com parceria da CVM
Facilidade de resgate e baixo risco são principais razões para escolher onde investir
Com grande capacidade de ditar tendências, gerar comentários e engajar internautas, os influenciadores digitais e youtubers também estão presentes no mundo dos investimentos. Entre os investidores que consultam a internet, 44% usam os influenciadores como fonte de informações para decisões de como e onde investir.
Esse dado é revelado pela pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), realizada em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Na hora de escolher o tipo de investimento, 55% dos brasileiros que investem priorizam aplicações consideradas fáceis de resgatar . Outras características valorizadas são:
- baixo risco (52%)
- facilidade de compreensão (51%)
- não exigir tanta burocracia na hora de aplicar (50%)
- poder iniciar o investimento com um aporte inicial baixo (38%)
- previsibilidade de retorno (38%)
- custos ou taxas (37%)
No geral, 60% dos investidores investem sempre no mesmo tipo de aplicação e 24% costumam copiar investimentos que as outras pessoas fazem, sem verificar se é o mais indicador para sua situação. As aplicações mais rejeitadas e que os entrevistados jamais investiriam são criptomoedas (33%) e debêntures (28%).
Para José Alexandre Vasco, superintendente de proteção e orientação aos investidores (SOI) da CVM, a escolha da melhor modalidade deve resultar de uma análise cuidadosa e informada do investidor. “Novos ativos e promessas de alta rentabilidade atraem a atenção do investidor, mas é importante que seja analisado se o produto é adequado aos objetivos do cliente, se sua situação financeira é compatível com o investimento e, principalmente, se ele tem o conhecimento necessário para compreender os riscos envolvidos” , afirma Vasco.
Gerente de banco e internet são principais fontes de informação dos investidores
Na hora de escolher como e onde investir, o tradicional gerente de banco e a internet figuram como as fontes de informação mais confiáveis para a maioria dos investidores brasileiros. Segundo o trabalho, 53% dos brasileiros que procuram informações para investir buscam orientações com o gerente do banco em que são correntistas, enquanto 47% consulta na Internet.
O aconselhamento com o gerente é mais comum para as pessoas acima de 55 anos (74%), enquanto a internet ganha força entre os investidores mais jovens (63%).
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o investidor deve diversificar as fontes de informações e não depender exclusivamente do gerente do banco para assumir escolhas financeiras. “Investir envolve planejamento e conhecimento para discernir e fazer boas escolhas. Deixar para que outras pessoas decidam por você é uma atitude ruim porque não incentiva o aprendizado. Além disso, o investidor pode ficar limitado aos produtos ofertados pela instituição em que ele tem conta. O ideal é buscar o maior número de referências e refletir sobre elas, dentro das suas possibilidades e objetivos financeiros” , orienta a economista.
Ressalta-se que apenas 30% dos entrevistados sempre buscam informações sobre investimentos , enquanto 44% só o fazem ocasionalmente e 26% dispensam a orientação.
Considerando os que não buscam orientação, 70% acabam escolhendo as modalidades de investimento mais conhecidas , 19% tomam decisões sozinhos e 10% delegam a função para terceiros. Além disso, alguns cuidados passam despercebidos: 11% dos entrevistados não procuram manter-se informados sobre os rendimentos do dinheiro que têm investido e 16% não dão atenção aos custos de transação dos investimentos, calculando seu impacto na rentabilidade.
31% dos investidores aplicam há menos de um ano e 54% destinam recursos todos os meses
Investir é uma experiência ainda nova para parte considerável dos entrevistados. Em cada dez investidores, três (31%) entraram para o mundo dos investidores há menos de um ano . Os que investem há mais de três anos somam 40% da amostra e 23% estão entre um e três anos nessa rotina.
Em média, cada investidor faz nove aportes em suas aplicações por ano, sendo que 54% são disciplinados e destinam recursos todos os meses . Além disso, para garantir a formação da reserva financeira, 43% fazem investimentos de forma programada e 24% usam plataformas de gestão automatizada, que usam algoritmos para selecionar aplicações mais rentáveis.
Metodologia
A pesquisa abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 680 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,8 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.
Mais informações
Acesse a íntegra da pesquisa .