Exercício diário da tolerância
Da Proclamação da República (15/11) à Consciência Negra (20/11), novembro é um mês oportuno para pensar sobre tolerância. É em 16/11 que se celebra, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional da Tolerância. O artigo 1º da Declaração de Princípios sobre a Tolerância explica, entre outros pontos:
A tolerância é o respeito, a aceitação e o apreço da riqueza e da diversidade das culturas de nosso mundo, de nossos modos de expressão e de nossas maneiras de exprimir nossa qualidade de seres humanos. (...) A tolerância é a harmonia na diferença. Não é só um dever de ordem ética, é igualmente uma necessidade política e jurídica. A tolerância é uma virtude que torna a paz possível e contribui para substituir uma cultura de guerra por uma cultura de paz.
No Brasil, o contexto que forjou a proclamação da República, tanto o fim da escravidão quanto o reconhecimento do Dia da Consciência Negra – em homenagem a Zumbi dos Palmares, pode ser entendido como resposta às circunstâncias de intolerância política, racial e socioeconômica da época. E, mesmo na República, reivindicações persistem até os dias de hoje, para o progresso da pátria.
É a tolerância, de mãos dadas com o respeito, que se torna fundamental para o amadurecimento da humanidade. Ela é um excelente remédio contra o racismo, preconceitos e discriminações que atentam contra a dignidade da pessoa humana.
No serviço público brasileiro, a tolerância é promovida a partir das diretrizes deontológicas estabelecidas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto 1.171), refletindo um consenso compartilhado pelas nações:
A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.
Ao permitir o aprendizado pela diversidade, a tolerância enriquece o diálogo e aprofunda a capacidade técnica e profissional de atender às demandas da sociedade de forma mais eficaz. Neste contexto, ela transcende a esfera das relações entre colegas e usuários do serviço público, e se eleva como um alicerce na construção de um país promissor e mais harmonioso.
Agora é a sua vez de exercitar a tolerância no dia a dia.
Conte com a Comissão de Ética da CVM para trilhar este caminho virtuoso: conhecer, praticar e disseminar os preceitos do Código de Ética.
Não esqueça!
Sua parte é fundamental! Acesse a página da Comissão de Ética da CVM (CE-CVM) para conferir as orientações, decisões, normativos internos e muito mais.
Em caso de dúvidas e informações, entre em contato com a CE-CVM: comissaodeetica@cvm.gov.br.
Texto adaptado do Boletim Informativo da CEP nº 64 – Novembro de 2023