Nota de pesar - Téo Azevedo e Leonildo Pereira

É com profunda tristeza que o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC), recebe a notícia de falecimento de dois grandes nomes da cultura popular e tradicional brasileira: Téo Azevedo, cantor, compositor e escritor, e Leonildo Pereira, mestre do Fandango Caiçara. Ambos deixam um legado para a memória e a identidade cultural do Brasil. O MinC se solidariza com familiares, amigos e admiradores por essas perdas irreparáveis.

Téo Azevedo
O cantor, compositor e escritor Téo Azevedo morreu na madrugada deste sábado (11), aos 80 anos, na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais. Ao longo de sua carreira, gravou mais de 2.500 músicas, fez três mil trabalhos, escreveu 100 histórias de cordel e publicou 12 livros. Teve diversas de suas composições interpretadas por outros grandes ícones da música nacional, entre eles Zé Ramalho e Luiz Gonzaga, e se consagrou como um dos compositores brasileiros com a maior quantidade de músicas gravadas. Com o álbum “Salve Gonzagão – 100 anos”, ganhou, em 2013, o prêmio Grammy Latino na categoria melhor álbum de raiz. Téo Azevedo deixou sua marca na arte e na luta em defesa da “música de raiz”.

Luiz Ribeiro EM/DA Press

Mestre Leonildo Pereira
Considerado por muitos o maior mestre fandangueiro do Paraná, Leonildo Pereira era construtor de instrumentos, rabequeiro e violeiro. Nasceu no município de Cananéia, em 1942, mas se mudou ainda criança coma família para Rio dos Patos, onde compartilhou sua paixão pelo fandango com amigos, visitantes e familiares. Dedicou sua vida à preservação e à prática do Fandango Caiçara, uma manifestação popular que reúne dança, música e poesia. As modas são executadas por instrumentos artesanais – viola, rabeca e adufo – e podem ser valsadas ou batidas. Leonildo Pereira era filho Maria Augusta Pereira e de Vicente José Pereira, com quem aprendeu a tocar viola. A Família Pereira é uma referência para a cultura caiçara e para o campo das culturas populares e tradicionais no Brasil.

Foto: Guto Lelo