Nota de pesar: Cristina Buarque

É com pesar que o Ministério da Cultura (MinC) recebe a notícia da morte da cantora Cristina Buarque na manhã deste domingo de Páscoa (20).

Aos 74 anos, Maria Christina Buarque de Hollanda, a paulistana de criação carioca, deixa uma enorme contribuição para  a música brasileira, sobretudo, o samba. Sua primeira aparição, em 1967, no álbum Onze sambas e uma capoeira, registraram a grandeza de sua voz e de sua presença.

Mais tarde, em 1968, dividiu com o irmão, Chico Buarque de Hollanda, o samba-canção Sem Fantasia. Seu primeiro álbum veio em 1974, onde não escondia a paixão pela velha guarda e os sambas de bamba. Deu voz, com maestria a Cartola, Noel Rosa, Ismael Silva e Ivone Lara.

Gravou ainda Arrebém (1978), Vejo amanhecer (1980), Cristina (1981) e Resgate (1994).

Filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e da intelectual e pianista Maria Amélia Buarque de Hollanda, e irmã, também,de Miúcha e Ana de Hollanda, só em 1995, ao lado de Henrique Cazes, quando fez um disco cantando Noel, passou a usar o famoso sobrenome da família Buarque artisticamente.

Reservada, assertiva e amante dos tradicionais sambas que tanto falam do Brasil e de sua gente, Cristina deixa um enorme legado e contribuição para nossa Cultura. O MinC se solidariza aos amigos, fãs e familiares, com especial carinho aos cinco filhos da compositora, Ana (52), Zeca (51), Paulo (49), Antônio (48) e Maria do Carmo (46).