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DESPEDIDA
Nota de pesar: Armando Freitas Filho
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Foi com pesar que o Ministério da Cultura (MinC) recebeu, nesta quinta-feira (26), a notícia da morte de Armando Freitas Filho, aos 84 anos, considerado um dos maiores poetas do país.
Armando teve uma carreira de mais de seis décadas. Seus mestres foram Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade. A estreia foi com o livro Palavra, em 1963. Mais tarde, na década de 1970, se aproximou da poesia marginal, mas sem aderir ao movimento. No entanto, tornou-se amigo de Ana Cristina César, a quem ele viria organizar a obra após a sua morte, em 1983.
No total, ele lançou 15 livros. O último foi Cristina, no qual homenageia a mulher, Cristina Barros Barreto, lançado em edição artesanal de somente 20 exemplares. À Mão Livre (1979), Duplo Cego (1997) e Raro Mar (2006) estão entre seus trabalhos.
Em 2023, o autor reuniu sua obra em Máquina de Escrever, e em 2020, ao completar 80 anos, lançou a compilação de poemas feitos entre 2013 e 2019, intitulada Arremate.
Só Prosa, de 2022, surpreendeu seus leitores. A obra traz textos curtos em que ele aborda temas como a formação literária, e a vida no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, onde foi criado.
O poeta carioca conquistou o prêmio Jabuti pelo livro 3x4, de 1986, e o Alphonsus de Guimaraens, categoria de poesia do Prêmio Literário Biblioteca Nacional, por Fio Terra, de 2000.
Também trabalhou como pesquisador na Biblioteca Nacional e na Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), além de assessor na presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte).
Neste momento de pesar, nos unimos a Cristina, com quem Armando era casado, aos dois filhos do casal, Carlos e Maria, familiares, amigos e admiradores de sua obra.