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GESTÃO INDÍGENA
PROGRAMA “FALA INDÍGENA”
SEDUC-TO
INTERCULTURALIDADE
Meu primeiro contato com a educação foi em 2003, atuando como professora para jovens e adultos. Em 2016 eu retornei para a educação, sendo professora. No mesmo ano, ingressei na Universidade Federal de Goiás (UFG), no curso de Educação Intercultural da UFG.
Nesse processo de educação, eu pude aprender a minha língua a ter mais conhecimento sobre os nossos conhecimentos tradicionais. A universidade me deu essa oportunidade. Há nove anos sou educadora.
Atuei já na educação de nível médio, na educação de nível fundamental um e dois, e na educação infantil.
Quando eu terminei minha graduação na Universidade Federal de Goiás, pude compreender melhor a nossa educação diferenciada.
Busco a valorização intercultural dos povos indígenas. É muito importante para nós. Então, quando eu terminei minha graduação, eu pude ter esse conhecimento mais amplo entre o conhecimento não indígena e o conhecimento indígena.
Nesse sentido, de buscar qualificação para mim e para todo o meu povo, eu fiz o concurso da Seduc e fui aprovada na área de Ciências da Natureza, que é a minha qualificação.
Isso pode me dar mais fortalecimento para atuar na escola. Eu atuei na escola indígena, mas eu fui convidada para atuar na Diretoria dos Povos Originários da Seduc.
Nesse processo de fortalecer mais a educação indígena, que o Estado do Tocantins vem buscando, é importante valorizar o profissional da educação, em especial a educação indígena.
Criou-se a Diretoria de Educação dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins. Então, buscaram os servidores efetivos de cada povo e estamos representados entre cinco povos apenas: Gé, Krahô, Karajá, Krahô, Kanela.
Nessa perspectiva de melhorar a educação escolar indígena, de ser inclusiva, de ser realmente, o que está na lei, né? Uma educação de qualidade. Uma educação diferenciada para nós, nossos estudantes indígenas.
Hoje estou na coordenação do “Fala Indígena”, um programa do professor indígena que busca colocar em diálogo a comunidade, os estudantes, os servidores da educação e a Seduc.
Buscamos intermediar esse diálogo entre a Seduc, as comunidades indígenas e os servidores estudantes, para melhorar a educação escolar indígena, com qualificação, buscando melhoria, buscando fortalecer a identidade cultural.
O fala indígena é um programa criado para dialogar com os povos indígenas que têm escolas atendidas pela Secretaria de Educação do estado do Tocantins.
Trata-se de uma ouvidoria para atender as demandas das escolas indígenas estreitando relações entre comunidades, servidores, estudantes e a Seduc. Foi criado no intuito de garantir a participação, transparência, inclusão e, principalmente, tornar a educação escolar indígena com qualidade.
Isso tem nos deixado mais esperançosos de uma educação diferenciada, inclusiva e de qualidade para nossos estudantes.
Estou como coordenadora do “Fala indígena”. Estou honrada, porque estou representando não só o meu povo, mas todas as populações indígenas do estado do Tocantins.
É muito digno e gratificante.