Onde estão os instrumentos de seu povo?
Glicéria Tupinambá
Reflexão de Glicéria sobre instrumentos musicais ancestrais e o poder destas musicalidades.
ONDE ESTÃO OS INSTRUMENTOS DO TEU POVO?
Glicéria Tupinambá
O meu roteiro começa no Museu Nacional, no Parque da Quinta da Boa Vista, quando encontrei com as taquaras, que estão ali há muito tempo, desde antes da fundação do museu. Antes de ser a cidade do Rio de Janeiro, esse território era aldeia Tupinambá.
Os mais velhos da minha aldeia contavam sobre as taquaras. Nas memórias da minha infância, Alfredo Catroca (Alfredo José de Menezes, 1912-1994) falava que a taquara ou taboca era muito importante para a decisão da guerra. Ele dizia que quem tinha taquara, ganhava a guerra, vencia qualquer batalha. Quem tinha a taquara garantia as festas, garantia muita coisa. A taquara é, contudo, uma planta que precisa ser plantada. Ela era símbolo de guerra porque quem roubasse mudas garantia, além da soberania alimentar, armas para a guerra. A taquara estava relacionada à fabricação de instrumentos de corte que eram muito afiados. Uma avançada tecnologia indígena.
Quando chego ao Museu Nacional e passo cotidianamente pelo caminho de taquaras, me lembro das palavras de Alfredo, mas também ouço a música que ressoa nas taquaras quando o vento passa por elas. As taquaras tocam música para mim e simbolizam, assim, também a história das flautas Tupinambá. Elas me lembram dessa jornada em busca das flautas que foram levadas à Europa e espalhadas nos museus europeus. Eu estava buscando as flautas e onde as encontro? No caminho de taquara do Museu Nacional! Porque nos museus europeus elas estavam praticamente invisibilizadas, mantidas num lugar de inércia. Elas não foram apresentadas para nós, povos originários.
O que nós temos no contexto da história são apenas fragmentos para recompor a nossa identidade, a nossa cultura e a nossa religiosidade. Mas eu tenho também uma escuta que vem dos sonhos. Eu tenho também essa orientação dos Encantados. Com os Encantados, escutei o som das flautas por oito meses. Esse cosmo me direcionou e me disse que as flautas existiam, que os Tupinambá existiam. Escutei esse primeiro chamado das flautas quando estávamos nos Estados Unidos, numa viagem a convite da antropóloga Daniela Alarcon para visitar o Museu da Universidade da Pensilvânia. E, na visita a esse museu, fui acompanhada do curador e do técnico responsável por essa parte da reserva técnica. Eles me conduziram até os objetos dos povos indígenas a partir do Mato Grosso do Sul em direção à Amazônia que o museu guardava. É sempre importante a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os artefatos dos povos indígenas, mesmo que eles tenham me dito que não havia nada de origem Tupinambá no Museu da Pensilvânia. Eu lhes disse que gostaria de conhecer as coisas dos parentes que eles guardavam, e assim fomos. Eles foram abrindo aquelas gavetas mágicas e o que surge diante de nós? As artes plumárias, as artes com miçanga, os fusos de cordão, o algodão, a semente do algodão… tudo isso eles têm na reserva técnica.
E, de repente, eles me abrem uma gaveta com algumas flautas de ossos. Eram ossos de vários animais, desde ossos de galinha até ossos de onça. Entre tantas flautas, toquei com minhas mãos uma flauta de osso de veado, com três furos. E naquele momento, quando toquei essa flauta, veio uma voz que me perguntou: "Onde estão os instrumentos do teu povo?" Respondi: É mesmo! Meu povo tem instrumentos. Onde estão eles? Aquela foi a melhor pergunta que já me fizeram. Onde estão os instrumentos do meu povo? Fiquei com aquilo para mim e segui a viagem.
Volto para casa, na Serra do Padeiro, na Bahia. Chego em casa e meu filho, Ory, me pede uma flauta. "Mãe, eu quero uma flauta, tá?" Uma flauta! Conseguimos trazer uma flauta doce de Porto Seguro, comprada e presenteada por uma amiga. Quando a flauta chegou, Ory me disse: "Mamãe, eu vou te tocar um toré!". Aí ele cantou e a maré encheu. Maré encheu, tornou a vazar. De longe, muito longe, eu avistei Iara. Eu dei risada! Ele soprou, cantou na flauta. Foi incrível.
Em junho de 2022, na Conferência Internacional de Museus, no Rio de Janeiro, vários museus se reuniram para discutir seus impasses e como poderiam trabalhar de outros modos, tanto em relação aos acervos quanto em relação ao público. Nessa Conferência, conheci Brisa Flow, uma artista e pesquisadora da música indígena. Ela apareceu como o vento, chegou, falou e foi embora. No dia seguinte procurei por ela, eu queria muito conversar com ela sobre as flautas Tupinambá. Ela me disse que se eu quisesse recuperar as músicas ancestrais, eu teria que buscar os instrumentos originários. Brisa recomendou que eu buscasse os materiais originários, porque se fosse começar pela flauta doce, ela tem uma variação que as pessoas não percebem, mas para quem toca os cantos tradicionais isso faz uma grande diferença. Era preciso recuperar a questão dos cantos, e eu deveria começar pelas flautas tradicionais.
Quando voltei para casa, Daniela Alarcon me mostrou o artigo de Amy Buono, "Seu tesouro são penas de pássaro": arte plumária Tupinambá e a imagem da América” (BUONO, 2018) no qual encontrei, na narrativa sobre a desapropriação do manto Tupinambá, que dizia que o manto de Copenhague havia sido vendido, o relato do ritual das mulheres. Elas são descritas saindo de suas ocas e usando mantos. São seis mulheres usando mantos, dançando e cantando à sua maneira, acompanhadas das flautas que eram feitas de osso da canela do inimigo abatido. Ossos? Flautas? Era a flauta Tupinambá falando comigo de novo! A flauta me perguntando onde estavam os instrumentos do meu povo.
Naquele momento entendi e fiz a matemática. Eram ossos humanos. Os ossos não se desfazem com o passar do tempo. Ossos não apodrecem. Então eles existem, como as pedras. Estariam em algum lugar. Comecei a acionar diversas pessoas com acesso a vários museus, à procura das flautas de ossos usadas pelos Tupinambá. Porque antes me diziam que não havia flautas de ossos humanos nos museus. A antropóloga Renata Valente, contudo, encontrou flautas do povo Maori que eram feitas de ossos humanos. Pensei que se existiam flautas maori guardadas, as próximas a aparecerem serão as flautas do meu povo! Não queria desistir. As flautas começaram a tocar alto no meu ouvido, a fazer aquele zumbido. Isso durou oito meses, até eu viajar de novo.
Em Salvador, no contexto da montagem da exposição - imantações, na cura do mundo, galeria Cañizares em 2022, me encontrei com algumas pessoas importantes no campo da Antropologia. Muitas delas têm acesso a informações que talvez pudessem me ajudar na busca pelas flautas Tupinambá. Mas não tinham as informações, me encorajaram a seguir buscando e me desejaram boa caminhada. Embarquei no avião para Copenhague em setembro de 2022.
Antes mesmo de chegar ao Museu Nacional de Copenhague, ainda saindo do aeroporto em direção ao metrô, a primeira coisa que contei à curadora da Coleção Etnográfica Mille Gabriel, e à pesquisadora que fez a tradução Astrid Kieffer- foi que eu estava à procura das flautas. "Tem uma coisa estourando o meu ouvido. Eu estou à procura de uma flauta, uma flauta Tupinambá que é feita de osso da canela, do inimigo abatido. E se é de osso de humano, ela existe. E ela está aqui." Afirmei, no fio da loucura. Eu tinha certeza de que a flauta estava naquele solo. Ela me respondeu: "Fique calma, fique tranquila! Essa flauta realmente existe e está aqui! Eu não poderei te levar até ela, mas te mostrarei uma foto."
Uma imagem para mim diz muito. As imagens têm linguagem, são textos e falam comigo. Posso relegendá-las. Vivo na aldeia Tupinambá, onde passei a minha infância e tenho a vivência junto ao ambiente natural. Olhar para uma imagem facilita entender em que lugar da aldeia ela poderia se encaixar. No dia seguinte à minha chegada em Copenhague, antes de ver a fotografia da flauta, o arco-íris apareceu no céu. Estávamos no táxi rumo ao museu e o arco-íris estava lá em volta de nós.
O arco-íris marca fortemente o lugar da mulher poder tocar as flautas. Alfredo fazia e tocava flautas de taboca. Ele tocava, passava a cera e fazia toda a perfuração. E eu ficava observando, ainda criança, porque eu queria aprender a fazer e aprender a tocar. Eu queria tocar flauta e ele dizia: "Você não pode tocar flauta! Você não pode aprender a fazer flauta! Você não pode porque você é mulher." Mas eu queria tocar flauta. "Como é que eu posso aprender?", perguntei. "Você me ensina a tocar flauta?" E Alfredo me impôs uma condição: “Você tem que passar por debaixo do arco-íris. Quando você passar por debaixo do arco-íris, você vai poder tocar a flauta." Era só aquilo? Eu passaria.
O arco-íris é um Encantado. Ele é brincalhão, bebe água, joga em cima da casa, joga areia e a gente brinca com ele. Quando somos crianças, brincamos com o arco-íris. Corremos atrás dele e ele vai se distanciando e aparece nas forças d'água. Eu costumava brincar muito com o arco-íris. As crianças da aldeia tinham esse contato, essa relação com esse Encantado que é o arco-íris. Na perspectiva da maioria das pessoas, o Encantado é associado ao luto. É muito comum dizerem que o Encantado é alguém que morreu e encantou. Mas não é assim. Você o vê, toca nele, brinca de pegar o arco-íris e ele brinca com você. Ele está com você. Mas quando as crianças vão para a escola, acaba essa magia. A escola vai dizer que o arco-íris é o reflexo do sol e da água e que as partículas refletem as cores. Vão desencantar o arco-íris. Vão dizer que não existe o arco-íris e que ele é uma ilusão de ótica. Acho isso uma coisa muito cruel, de uma grande perversidade, porque para nós, Tupinambá, o arco-íris é o Encantado. E o Encantado é. A caipora é. Alguém morreu e virou caipora? Não! A caipora é. Alguém morreu para virar arco-íris? Não. O arco-íris é. Ele tem a função de brincar conosco. A função da caipora é cuidar dos animais, de enganar a gente, se descuidar ela gosta de pegar criança para criar na mata. Sabemos o limite e o lugar de cada um. Para cada momento, para cada lugar, temos um Encantado atuando. O Encantado surge com a criação do mundo. Quando o arco-íris surgiu em Copenhague ele apareceu para me autorizar a ver as flautas. Era para mim a permissão, apesar de eu ter preferido permanecer mulher. O arco-íris é o Encantado que está em todo lugar, no mundo todo. Não é uma exclusividade da aldeia ou da Serra do Padeiro.
Um dia, quando cheguei no rio para lavar roupa, chegou o arco-íris para beber água. Quando olhamos de longe, sabemos onde o arco-íris está bebendo água. Quando coloquei as roupas para quarar no sol, o arco-íris veio beber água e fiquei pensando: passo ou não passo por debaixo dele? E minha decisão foi catar as roupas e tirar a bacia. Decidi que seria mulher mesmo! Não tocaria flauta. Fui para casa e o arco-íris desapareceu. Guardo comigo a marcação dessa decisão de não passar por debaixo do arco-íris. Para poder tocar a flauta, eu tinha que ser homem, mas não queria me transformar. Eu sou mulher. De dentro do carro em Copenhague, me lembro dessa cena, e o arco-íris fica conosco o tempo inteiro do trajeto. Quando desço do carro e entro na reserva técnica do museu, o arco-íris desaparece. Ele estava de novo presente no meu encontro com a flauta, mesmo que fosse por meio de uma fotografia da flauta. Isso fez muito sentido para mim. Na foto que a curadora me mostrou, a flauta é um pingente de osso. Mandei a foto para várias daquelas pessoas com quem havia conversado antes da viagem, para mostrar que a flauta realmente existia e que o que eu estava ouvindo não era um som vazio, mas um chamado de um ancestral que precisava ser encontrado e que estava dentro do museu.
Além disso, não fui apresentada apenas para as flautas de ossos; também fui apresentada aos trompetes. São cinco trompetes registrados no mesmo catálogo da coleção do Rei. Os trompetes trazem o recorte da mulher guerreira. No catálogo, conta-se que os trompetes foram resgatados das mulheres Amazonas, no período em que eles estavam na nossa região do Nordeste. Ora, então eles não tinham chegado ainda a Amazônia. Quando falam dessas mulheres, os autores trazem características da mulher amazona do contexto grego, em vez de no contexto indígena. A Grécia era a referência para os estudos deles. Na contramão das narrativas oficiais, comecei então a investigar o rastro dos trompetes e das flautas a partir das imagens. Onde há informações sobre os Tupinambás? E onde estão esses trompetes? Onde aparecem nas imagens? Como passaram despercebidos pelos estudiosos? Levo em consideração que as imagens que retratam a época da invasão são gravuras que foram feitas em solo europeu, por pessoas que nunca tiveram acesso a esse material, o que quer dizer que provavelmente algum desses desenhos vai ser irregular, eles não vão ser tal qual a realidade. Ao ver algumas imagens de TV sobre a guerra dos Tupinambá contra os Tupiniquim, notei que há o som. Rafael Freitas da Silva, no livro Arariboia: O indígena que mudou a história do Brasil, descreve o trompete e descreve que ele tem uma concha. O livro narra a biografia de Arariboia e conta um pouco sobre a guerra dos Tupiniquim contra os Tupinambá, e inclui os franceses também nessa configuração. E aparece o som dos trompetes.
Em outra viagem recente, em maio de 2023, voei para a Holanda para identificar objetos Tupinambá no Tropenmuseum, o Museu dos Trópicos, e encontrei pessoalmente o trompete. Mas antes de chegar a Amsterdã, passei pela minha casa, na aldeia Serra do Padeiro. As caixas Tupinambá aparecem registradas em algumas xilogravuras no período de 1505, em meio a outros instrumentos musicais. As caixas, em tais desenhos, foram representadas sendo tocadas por baquetas. Mas a história não relaciona as caixas à cultura indígena: a história liga a percussão ao povo africano. Em casa, pergunto para o meu pai e para a minha mãe como eram feitos os instrumentos antigos. Contam que eram feitos de madeira, as flautas com duas bandas abertas individualmente que depois eram juntadas perfeitamente e ficavam como se nunca tivessem sido abertas separadamente. Uma perfeição. E quando fico diante da flauta, seja em Copenhague ou em Amsterdã, vejo a abertura que minha mãe havia falado. Foi incrível estar atenta para poder ver isso. As flautas eram feitas do modo como minha mãe havia contado. A madeira era jacarandá.
A madeira de jacarandá tem a abertura e os seguintes desenhos: em cima é o papagaio e embaixo é o jaguar. Na parte posterior é o homem esculpido, usando uma carapuça de onça, comendo um animal. Podemos ver a pata e as pinturas em volta do olho da onça. Temos esse trompete bem desenhado e esculpido, cheio de detalhes. Um trabalho muito delicado. Descubro que esse trompete faz parte da coleção que está em Copenhague. Mas são seis trompetes, pois seis fazem a nota, certo? São seis trompetes tocados individualmente, no caso do ritual descrito no livro de Freitas da Silva. Busco nos textos o funcionamento dos instrumentos, a sua função no ritual. E o arco-íris permitiu que eu me encontrasse com cinco das seis flautas, pistas para elaborar a narrativa. Preciso conhecer as flautas para completar a história.
Outra fonte são as ilustrações históricas. É pelas imagens das gravuras que encontro os indígenas. Na figura, um deles está fugindo andando e o outro está anunciando, tocando. É o mesmo buraco que eu vi no trompete através das fotografias em Copenhague. As duas imagens conversam, se conectam para dizer que aquele é um instrumento Tupinambá.
Authors: Debret, Jean Baptiste, 1768-1848
Title: Le signal du combat (Coroados)
Tradução do título : [Sinal de combate (Coroados)]
Publisher: Paris : Firmin Didot Frères
Issue Date: 1834
Physical Medium: 1 grav. : litografia pb.; dimensões da grav.: 36,0 x 24,5 cm em f. 54,0 x 36,0 cm;
Quando os instrumentos Tupinambá foram tirados daqui do Brasil? Quando e onde se deu a desapropriação? Se apropriaram dos nossos instrumentos como exóticos, raros, que não existirão mais e precisam ser guardados no museu. Mas as legendas de identificação dos museus não dizem nada. São cinco flautas no museu de Copenhague e uma flauta na coleção de Maurício de Nassau.
Ele presenteou o rei da Dinamarca (1609-1670) para conseguir algum favor, era uma troca de interesses políticos. Esta história está narrada no livro de Mariana Françozo, De Olinda a Holanda (2014), que qual conta como os trompetes vão parar na Holanda, no contexto da distribuição dos Gabinetes de Curiosidades. Muitos desses objetos indígenas compõem a linha de distribuição entre os reinados europeus, como troca de influências políticas. Os objetos ancestrais indígenas eram usados como moeda de troca. É assim que uma das seis flautas sai de Copenhague, se desgarra do conjunto e volta para o Brasil.
Figure 5. Tupi flute, Copenhagen, Nationalmuseet Etnografisk Samling, EHb28,
human bone, 18 cm. Photo: Amy J. Buono.
Instrumentos musicais
Tanto a flauta quanto o chocalho de cabaça são comuns na América tropical. A flauta é usada tanto no profano quanto em ocasiões cerimoniais. O chocalho da cabaça é principalmente associado ao xamã. A trombeta é mais incomum e muitas vezes tem significado ritual.
19 EHb28.EGc18. EGc18 122cm
Sideblrest trompete,
árvore com udskaren jaguar Brasilien
1617 Paludano, n. 212-218, [pág. 46]: Tuber numero sex diferentes: ... Sexta Lignea Amasoun oblonga cum diaboli effigice una Parta .
Trombeta de madeira soprada lateralmente, com jaguar esculpido no Brasil,1617 Paludanus:Seis tipos de trombetas, todas diferentes.
e a terceira é de madeira preta é usada pela Amazônia mulheres que vão para a guerra, nela é um demônio, são cerca de 4 longos.
1710 Gottorp: Um golpe indiano/10m de madeira. 1775: Uma máquina de madeira peculiar, oca como uma trombeta no centro e afinando em direção a uma extremidade pontiaguda, consistindo de duas partes unidas com palhetas fendidas,sobre uma imagem idólatra deformada ornamentada com um pouco marfim, um longo cilindro amarelado emerge de sua cabeça,o cilindro sendo firmemente mantido junto com linho estreito cordas, em seguida duas larguras unidas de madeira marrom, de
qual é perfurado. Presumivelmente o mesmo é um fetiche ou negro ídolo.
Litt.: Zerries 1977, pp. 77-89.
EHb28 18 cm
Fl0jte, menneskeknogle Brasilien
1617Paludanus, no. 219-221 [pág. 46]: Dure fistulre ex Hu-manis Brachjis convechtis
A formação que venho estabelecendo na investigação passa pelo lugar da escuta sensível que inicio como no toque na flauta. “Cadê os instrumentos do teu povo? Sim, cadê? Onde podemos encontrá-los? Qual o cuidado? Como cuidar? Como estabelecer essa relação, na qual temos o desafio, ao longo desse processo, de ter um grau de interlocução no que diz respeito ao patrimônio cultural?
Referências bibliográficas
BUONO, Amy. “’Seu tesouro são penas de pássaro’: arte plumária tupinambá e a imagem da América.” Chapman University: Studies on the Classical Tradition/ Studi sulla Tradizione Classica 6, no. 2 (2018): 13-29. Disponível AQUI.
FRANÇOZO, Mariana de Campos. De Olinda a Holanda: o gabinete de curiosidades de Nassau. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2014. 287 p.
ALARCON, Daniela F. O retorno da terra: as retomadas na aldeia Tupinambá da Serra do Padeiro, sul da Bahia. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados Sobre as Américas. Brasília: Universidade de Brasília, 2013.
Fonte das imagens
André Thevet
Fonte 1 | Fonte 2 | Fonte 3
Nationalmuseets skrifter, Etnografisk r~kke, vol.17,Etnografiske genstande I Det kongelige danske Kunstkammer 1650-1800 Ethnographic Objects zn The Royal Danish Kunstkammer 1650-1800,Redigeret af / Edited by BENTE DAM-MIKKELSEN & TORBEN LUNDBA:K NATIONALMUSEET K(l)BENHAVN 1980.