Notícias
AO VIVO
A Voz do Brasil: secretário-Executivo do MinC fala sobre a Cota de Tela
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
O secretário-Executivo do Ministério da Cultura (MinC), Márcio Tavares, concedeu, nesta quinta-feira (9), entrevista ao programa A Voz do Brasil, transmitido pelas rádios de todo o país e pelo perfil do Canal Gov no YouTube. O tema da conversa com os apresentadores Mariana Jungmann e Luciano Seixas foi o Decreto nº 12.323/2024, que trata da Cota de Tela para o ano de 2025, divulgado pelo Ministério e pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) em 20 de dezembro de 2024.
“A Cota de Tela é o mecanismo mais antigo para a política audiovisual brasileira. Surgiu na década de 30 e garante que na sala de cinema, na programação mensal, 30%, seja dedicado à produção nacional. Para que o povo brasileiro possa ver nas telas de cinema a produção e as histórias brasileiras”, explicou Márcio Tavares.
O secretário-Executivo destacou que a cada ano o Ministério, com ajuda da Ancine, faz um decreto para regular e entender qual é o percentual de exibição desses filmes, em quais horários eles estão sendo exibidos. “O que vai mudar a partir desse ano é que no horário nobre, ou seja, de noite, quando nós já saímos do trabalho, teremos mais filmes brasileiros à disposição nas salas de cinema”, afirmou, salientando que em 2024, o Brasil atingiu o número recorde de 3.509 salas em funcionamento no país, em função do retorno de investimentos nesses espaços.
Márcio Tavares resssaltou também a importância da exibição em salas para a carreira de uma produção e para a indústria do setor. “O cinema é como se fosse a porta de entrada para um filme no mercado do audiovisual. Depois de passar pelo cinema é que ele vai para a TV e irá circular em festivais e em todo o circuito que garante retorno. Isso é muito relevante para o desempenho desse filme, para que as pessoas possam ver um filme despontando, como é o caso de ‘Ainda Estou Aqui’. Quanto mais filmes brasileiros nós tivermos em cartaz, melhor tende a ser o desempenho dos nossos filmes. Isso significa mais histórias brasileiras, mas também mais renda e emprego. O audiovisual é uma indústria que gera mais de 600 mil empregos e fornece uma importante contribuição para o PIB do Brasil. Então, quando a gente retoma a Cota de Tela, amplia e ajusta ela, está garantindo o direito de cidadania, mas apostando no desenvolvimento econômico”.