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"Suas ações humanizaram o Ministério da Cultura", diz aluna de curso promovido pelo MinC
Foto: Freepik
O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria do Audiovisual (SAV), promoveu eventos de formação para os selecionados de três editais de fomento voltados à produção de curtas-metragens: Curta-Afirmativo, Curta-Criança e Curta-Mulheres. Durante o mês de julho, os 30 bolsistas contemplados participaram de oficinas ministradas por três beneficiados de outro edital da SAV, o Bolsa de Intercâmbio para Formação em 2023, focado em intercâmbio e formação no exterior.
Os realizadores que participaram do edital de formação no exterior realizarão atividades de formação com até 20 horas. Essa iniciativa une duas políticas públicas importantes do MinC, voltadas para o fomento à produção audiovisual e para a formação profissional. As oficinas, que se estenderão até o final da semana, foram divididas em três módulos: Flecha no coração: (re) escrevendo um curta-metragem; Desvendando imagens: ferramentas da linguagem fílmica; e A práxis da produção cinematográfica. Essas oficinas têm como objetivo oferecer uma formação complementar aos realizadores estreantes que tiveram seus projetos aprovados.
A Formação e seus Impactos
Para a secretária do Audiovisual (SAV), Joelma Gonzaga, essa formação é um marco na trajetória do setor, fortalecendo a construção de “um ambiente inclusivo e diversificado onde cada voz tem a oportunidade de ser ouvida e valorizada”.
Ainda segundo a secretária, não se trata apenas da criação de novas obras, mas da “união de talentos proporcionando oportunidades que transcendem barreiras culturais e sociais, isso é a prova de que estamos no caminho certo.”
Experiências dos participantes
Eucy da Silva Lima, de 58 anos, moradora do Rio de Janeiro e surda oralizada, é uma das 10 contempladas pelo edital Curta para Mulheres, lançado em agosto do ano passado. Para ela, a oportunidade de participar do curso promovido pelo MinC é um sonho realizado. Experiente com as palavras, já escreveu livros e trabalhou na mídia impressa, mas essa é sua primeira vez trabalhando com cinema. “Me belisca, pois até agora parece que estou sonhando,” declarou.
Eucy destacou a diversidade dos colegas de turma, que inclui selecionados de outros editais, entre eles indígenas: “Conhecemos um bolsista que, pelo que pude entender, vive com seu povo em um território indígena. Isso é maravilhoso demais. E esse jovem está sendo qualificado como eu,” conta.
Manu Zilveti, beneficiada pelo intercâmbio na Escuela Internacional de Cine y Televisión, em Cuba, compartilhou sua experiência dando aula pela primeira vez: “Foi a minha primeira experiência dando aula, eu gostei muito, quero seguir dando cursos e promovendo oficinas.” Sobre a diversidade em sala de aula, comentou: “Poder dialogar com uma turma diversa é essencial para gerar diálogos que abrem caminhos para novas formas de pensar e fazer filmes.”
Eucy também agradeceu à ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmando que" suas ações humanizaram o Ministério da Cultura".
Editais e Inclusão
Os editais, sob a coordenação de Ellen Meireles, abrangem uma pluralidade em turma, incluindo indígenas, negros, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência. Para a coordenadora, esse encontro proporciona a troca de informações e experiências singulares, mediante o olhar de uma política inclusivista.
Meireles destacou ser a experiência entre os bolsistas dos quatro editais rica e exitosa, e tem expectativa de que ações como essa possam se fortalecer e se consolidar.
Matheus de Souza, produtor cinematográfico formado em Cinema e Audiovisual e selecionado para se especializar em Cuba pelo programa de intercâmbio, compartilhou a animação com a concretização da iniciativa: “Há uma grande empolgação na realização do primeiro curta-metragem, baseado nas próprias experiências, e as oficinas contribuem significativamente para o desenvolvimento de seus alunos. Pode ser atrativo um espaço onde possam apresentar o próprio projeto, recebendo uma devolução escrita com algumas dicas que poderão ajudar na realização.”