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Solenidade marca inauguração da exposição sobre 500 anos de Camões na Biblioteca Nacional
Foto: Rafael Abreu
Foi realizada na quarta-feira (24), na sede da Biblioteca Nacional, no Centro do Rio, a solenidade de inauguração da exposição “A Língua que se Escreve sobre o Mar – Camões 500 Anos”. O evento contou com a presença do chanceler português, Paulo Rangel; do embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos; do secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura, o embaixador brasileiro Laudemar Gonçalves; do presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), Marco Lucchesi; além de integrantes da Embaixada de Portugal no Brasil e do Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro.
Logo após a chegada da comitiva portuguesa, as autoridades conferiram em primeira mão a exposição montada no setor de Obras Raras da Biblioteca Nacional. Entre as preciosidades do acervo, encontram-se as primeiras edições de “Os Lusíadas” (1572), “Rimas” (1616) e “Rhytimas” (1595). Em seguida, a comitiva se dirigiu ao saguão principal, onde discursaram o chanceler português e o presidente da FBN.
“Camões é de nós todos, como a língua portuguesa. Estar aqui como convidado é uma grande honra. As bibliotecas são instituições fundamentais para a transmissão do saber e da cultura, mas não são instituições estáticas: são dinâmicas, e por isso fazem acontecer. Esta é uma exposição que faz acontecer, que torna presente Camões 500 anos depois de seu nascimento, portanto é fundamental nós marcarmos isso”, afirmou o chanceler português, Paulo Rangel.
“Estamos numa cidade e num estado que sempre celebrou Camões. A quantidade de escritores brasileiros em que Camões está presente como referência, inspiração e como sujeito de um diálogo entre os tempos e as geografias é impressionante. Nenhuma das nossas literaturas em português seria o que é, se não fosse Camões”, completou Paulo Rangel. Ao final de seu discurso, ele leu o trecho de um poema do poeta português, em um momento de lirismo. Em seguida, o presidente da FBN foi ao púlpito para seu discurso.
“Celebramos com imensa alegria o quinto centenário de Camões. A Biblioteca Nacional é o núcleo de excelência da memória do grande poeta, parte dessa riqueza bibliográfica - incluindo as primeiras edições, como as de 1572 e 1584. A exposição dialoga com artistas brasileiros contemporâneos, dentre os quais Ana Miranda, Sérgio Gusmão, Nazareno. Teremos em breve a edição da nossa camoniana. A presença do chanceler de Portugal resume a diplomacia cultural exercida por esta instituição, guardiã da memória e herdeira dos grandes valores do diálogo entre os povos. Camões é hoje uma espécie de passaporte para ampliar as virtudes da língua portuguesa em todos os quadrantes da Terra”, afirma Lucchesi.
No encerramento da solenidade, o grupo Música Antiga da Universidade Federal Fluminense executou obras de música ibérica, compostas na época de Luís de Camões (1524-1580).
A exposição “A Língua que se Escreve sobre o Mar – Camões 500 anos” é uma parceria da FBN com Embaixada de Portugal no Brasil, patrocinada por Camões – Centro Cultural Português em Brasília e Pinheiro Neto Advogados. A mostra é gratuita e ficará em cartaz até 4 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. Clique aqui para acessar a exposição virtual.