Notícias
G20
Seminário: painel discute esforços nacional e internacional para incluir a cultura na agenda climática
Foto: Maiara Cerqueira
Terceiro e último painel desta segunda-feira (4) do Seminário Internacional sobre Cultura & Mudança do Clima, na capital baiana, COP: colocando a Cultura no Centro da Ação Climática abordou os esforços nacional e internacional para incluir a cultura na agenda das alterações climáticas. O evento termina nesta terça (5).
Dividida em três partes, a atividade no Centro de Convenções Salvador, foi mediada pelo assessor especial da ministra da Cultura, Carlos Paiva. “A cultura tem papel fundamental na redução, adaptação e promoção da justiça climática, porém não está totalmente integrada nas políticas globais de mudanças climáticas”, realçou ele.
A coordenadora-geral de Adaptação na Secretaria Nacional de Mudança do Clima no Ministério do Meio Ambiente (MMA), Inamara Melo, falou sobre como a Pasta percebe a integração da cultura nas estratégias de mitigação e adaptação dos impactos da mudança do clima. “A nossa agenda internacional é a construção dos compromissos fora do país, mas a nossa ideia é trazer aquilo que o Brasil é signatário dos acordos internacionais e trazemos, então, essa dimensão”.
Os fenômenos climáticos ocorridos em 2024 foram ressaltados pela representante do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Tatiana Ferreira. “Este ano é uma referência sobre a urgência que nós vivemos. Tivemos períodos de seca muito impressionantes na Amazônia e testemunhamos enchentes avassaladoras na Espanha. E todos esses eventos ocorrem em regiões com sítios de patrimônios culturais”, salientou.
COP28
Representante dos Emirados Árabes Unidos, Alia Al Hzami contou um pouco sobre a realização da COP28 em seu país, em 2023. “No ano passado fizemos um evento o mais inclusivo possível. A cultura pode criar conscientização sobre a mudança do clima”, frisou.
“Durante 2024, nós tivemos muitas reuniões e, infelizmente, a primeira pergunta que ouvimos foi como a cultura é relacionada ao clima. Estamos vendo que poucas pessoas estão conscientes da possível ação que a cultura pode fazer”, observou a representante do Azerbaijão, Jeyra Jafarova.
O coordenador-geral da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do Ministério da Cultura (MinC), Vinícius Gürtler, abordou os passos do trabalho que começou a ser feito. “A gente tem um desafio enorme de se conectar e planejar ações. O Brasil e os Emirados Árabes Unidos ficarão até o final da COP30 e, na sequência, outros países terão que levar esse trabalho adiante”.
A secretária de Cultura do Pará, Úrsula Vidal, falou sobre como estão sendo pensadas estratégias para envolver o setor cultural de Belém na COP30. “Nós da Amazônia já entendemos a temática da sustentabilidade, da socioeconomia, a mudança de matriz energética, a cultura está na centralidade”.
Durante a conversa, o ativista de causas da periferia e co-fundador do Gueto Hub, Jean Ferreira, falou sobre o seu envolvimento com a COP das Baixadas, na capital do Pará, e os efeitos da questão climática. “Perder a cultura, a memória, as lendas, os livros e a floresta é matar a gente infinitamente”, alertou.
O Seminário Internacional sobre Cultura e Mudança do Clima é uma realização do Ministério da Cultura em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), com apoio do Governo da Bahia, da prefeitura de Salvador, do BYD, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e patrocínio do Youtube.
Acompanhe mais nas nossas redes
Flickr: https://www.flickr.com/photos/ministeriodaculturaoficial/albums
Instagram: https://www.instagram.com/minc