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SÃO BOAVENTURA
Ruínas de um dos Conventos mais antigos do Brasil receberão espaço cultural e turístico com apoio do MinC
Foto: MinC
O secretário-executivo-adjunto do Ministério da Cultura (MinC), Cassius Rosa, assinou, nesta sexta-feira (13), com a presença do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, um protocolo de intenções para avaliação de alternativas para implantação de um espaço cultural e turístico junto às ruínas do convento de São Boaventura, situadas no plexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) da Petrobras. O ato se deu durante a cerimônia de inauguração do Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí.
O local, conservado pela companhia do segmento energético, deverá ser aberto à visitação pública após a conclusão do projeto de conservação patrimonial que será implementado numa parceria MinC, Petrobrás e Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Para Cassius, o protocolo de intenções assinado hoje é mais uma afirmação do compromisso do governo federal com a cultura e o patrimônio cultural brasileiro. “Estamos aqui para reconhecer e valorizar a rica herança que nos foi deixada, especialmente no que diz respeito à arquitetura franciscana e colonial”, disse. “Enalteço a parceria da Petrobras no apoio à cultura do Brasil. O edital Petrobras Cultural destina R$ 250 milhões a projetos artísticos e foi totalmente construído em parceria com o Ministério e alinhado com as políticas culturais do governo federal”, completou.
As ruínas são o que restou da edificação do antigo Convento de São Boaventura de Macacu, construído no século 17 para abrigar os franciscanos na extinta Vila de Santo Antônio de Sá. Cronologicamente, é a quinta construção conventual da Ordem Franciscana no Brasil.
As características arquitetônicas do Convento São Boaventura são semelhantes às do Convento de Santo Antônio, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Ele é composto pela casa conventual, a torre sineira, a igreja e a capela da Irmandade da Ordem Terceira.
Tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entidade ligada ao MinC, e inscritas no Livro do Tombo Histórico em 1980, as ruínas também contam com a proteção do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro (Inepac).