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FUNDAÇÃO PALMARES
Educação antirracista: Fundação Palmares participa do Fórum A Cor da Cultura
Foto: Filipe Araújo/ MinC
A Fundação Cultural Palmares (FCP), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), marca presença nesta sexta-feira, 30, no Fórum A Cor da Cultura que debate políticas públicas e iniciativas da sociedade para a promoção da educação antirracista.
O presidente da FCP, João Jorge, participa da mesa de abertura do evento e está prevista a assinatura do protocolo de intenções entre a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC e a Fundação Palmares. O documento norteará ações efetivas para impulsionar a valorizar o ensino do patrimônio histórico e cultural afro-brasileiro e indígena na Educação Básica.
“O Fórum A Cor da Cultura é uma iniciativa muito bacana para ajudar a resolver uma questão: a educação antirracista no Brasil. Entidades, governo, setores mais diferentes possíveis estão tratando de como fazer encaminhamentos para que essa solução se apresente no Brasil de forma duradoura e permanente. Estamos felizes. A Fundação Cultural Palmares vai participar ativamente e começa, na realidade, um novo processo de desenvolvimento do Brasil, através da Educação”, comemora João Jorge.
A assinatura de protocolo de intenções entre FCP, Fundação Roberto Marinho e Secadi (MEC) irá formalizar uma Aliança para Promoção da Equidade Racial, Diversidade e Inclusão, durante o evento.
Os painéis de debates, no auditório da Editora Globo, contarão com a presença de artistas, educadores, pesquisadores, representantes do setor público e da sociedade.
Para a abertura do fórum, é esperada a atriz e militante, fundadora do Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan), Zezé Motta. “Sinto que todos estes projetos em que participei e alavanquei, assim como ter começado a minha militância nos anos 70, me trazem uma sensação de dever cumprido e que preparei um mundo melhor para meus filhos e netos. Dei muito cotovelada, batalhei muito para que hoje tivéssemos o espaço para o negro na mídia. Ainda temos muita luta pela frente, o projeto A Cor da Cultura me enche de orgulho e satisfação”, disse Zezé Motta.
O evento também irá discutir formas de apoio às Leis 10.639/03 e 11.645/08. A primeira, torna obrigatória a aprendizagem sobre História e Cultura Afro-Brasileira, em estabelecimentos de ensino fundamental e médio. Já a segunda, determina o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena em espaços de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados.
A Cor da Cultura nasceu de uma parceria entre a Fundação Roberto Marinho, por meio do Canal Futura, o Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan), criado pela atriz Zezé Motta, o Ministério da Educação (MEC), a Fundação Cultural Palmares (FCP) e a então Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), com apoio da TV Globo.
O Fórum terá transmissão, ao vivo, no canal do Futura no YouTube. https://www.youtube.com/user/canalfutura
Serviço:
Programação:
10h/11h – Aliança para promoção da Equidade Racial
Apresentações:
• João Alegria – secretário-geral da Fundação Roberto Marinho
• Zara Figueiredo – secretária da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (SECADI), do Ministério da Educação
• João Jorge – presidente da Fundação Cultural Palmares
Assinatura do protocolo de intenções – FRM + MEC + FUNDAÇÃO PALMARES
11h/12h30 – Painel 1 – A cor da cultura
Falas de abertura (vídeos):
• Zezé Motta – atriz e fundadora do Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan)
• Antônio Pillar – diretor audiovisual
• Antônio Pitanga – ator e diretor
Apresentações:
• Wania Sant’Anna – historiadora e pesquisadora de relações raciais e de gênero
• Babalawô Ivanir dos Santos – prof. Dr. e conselheiro estratégico do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP)
• Edneia Gonçalves – socióloga, educadora e coordenadora da ONG Ação Educativa
• Monica Lima – profª Drª. do Instituto de História da UFRJ
Mediação: Maria Correa – Fundação Roberto Marinho
14h/15h30 – Painel 2 – Para ler o Brasil hoje – Educação antirracista e democracia
Reflexões sobre educação antirracista no Brasil e a democracia e seus impactos na educação
Apresentação artística – Gênesis – Slam
Fala de abertura (vídeo):
• Kabengele Munanga – antropólogo e professor
Apresentações:
• Anielle Franco – ministra da Igualdade Racial
• Kaká Werá – escritor, professor e empreendedor social indígena
• Marize Guarani – professora, presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM), conselheira do Conselho Estadual dos Direitos Indígenas (CEDIND) e membro do Parlaíndio
• Cida Bento – cofundadora e conselheira do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT)
Mediação: Kenya Sade – jornalista e apresentadora de Variedades no Grupo Globo
15h30/16h – Intervalo
16h/17h30 – Painel 3 – Cultura Afro-brasileira e Indígena
• Sandra Benites – professora, pesquisadora, curadora e atual diretora de Artes Visuais da Funarte, descendente do povo Guarani Nhandeva
• Roseane Borges – jornalista, professora e escritora
• Renata Tupinambá – jornalista, curadora, roteirista e produtora. Criadora do podcast Originárias, o primeiro de artistas e músicos indígenas no Brasil
• Rodrigo França – dramaturgo, ator, diretor, sociólogo e filósofo
Apresentação e mediação: Larissa Luz – cantora, atriz e apresentadora do GNT