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TRADIÇÃO
Representantes do MinC participam de audiência pública sobre cultura popular de Recife
Autoridades e fazedores de cultura locais discutiram a valorização da arte tradicional
Publicado em
19/06/2024 13h56
Atualizado em
20/06/2024 11h04
- Foto: Câmara Municipal do Recife (PE)
A Câmara Municipal de Recife (PE) organizou, na tarde desta terça-feira (18), uma audiência pública intitulada “A Cidade da Cultura Popular". Artistas e parlamentares debateram formas de valorizar a cultura popular e organizar um espaço específico para as manifestações tradicionais na capital pernambucana. Representantes do Ministério da Cultura (MinC) reforçaram a importância do diálogo sobre o tema e anunciaram ações que podem impactar o setor.
O objetivo da audiência, conforme o requerimento que a criou, era “compreender o centro de Recife como espaço de expressão da cultura popular, visando a elaboração de uma visão de futuro”. Professores e alunos da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) apresentaram uma pesquisa de escuta com representantes da cultura popular pernambucana, destacando a necessidade de um local destinado a essas manifestações durante o carnaval e para oficinas e outras apresentações ao longo do ano.
Participação e declarações
O vereador Ivan Moraes, autor do requerimento, destacou que Pernambuco é um celeiro de manifestações tradicionais e que o que for feito ali pode servir de exemplo para o restante do país. “Aqui existe a maior diversidade do que chamamos de brinquedos da cultura popular do Brasil, como maracatu, boi, afoxé, frevo, caboclinhos, pastorinhos, quadrilha junina, ciranda, xaxado, cavalo-marinho e outros. Vemos a cultura como um elemento da nossa economia, que deve ser cada vez mais fortalecida”, pontuou.
Mestre popular conhecido no estado, Manoelzinho Salustiano enfatizou a urgência de mais valorização para artistas e produtores tradicionais. “A cultura popular precisa ser tratada como um patrimônio a ser zelado e preservado. O poder público tem que entender que nos dar mais espaço vai gerar emprego e movimentar a economia”, argumentou.
Ações e propostas do MinC
Tião Soares, diretor de Promoção das Culturas Populares, da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC) do MinC, reforçou o interesse do Ministério em dialogar com todas as frentes culturais para chegar a ações concretas. “Estamos fazendo um processo de escuta nacional para o Plano Nacional de Cultura (PNC), e precisamos garantir o lugar das culturas tradicionais nas políticas públicas, entender seus meandros e peculiaridades e valorizar seus territórios”, declarou.
O objetivo da audiência, conforme o requerimento que a criou, era “compreender o centro de Recife como espaço de expressão da cultura popular, visando a elaboração de uma visão de futuro”. Professores e alunos da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) apresentaram uma pesquisa de escuta com representantes da cultura popular pernambucana, destacando a necessidade de um local destinado a essas manifestações durante o carnaval e para oficinas e outras apresentações ao longo do ano.
Participação e declarações
O vereador Ivan Moraes, autor do requerimento, destacou que Pernambuco é um celeiro de manifestações tradicionais e que o que for feito ali pode servir de exemplo para o restante do país. “Aqui existe a maior diversidade do que chamamos de brinquedos da cultura popular do Brasil, como maracatu, boi, afoxé, frevo, caboclinhos, pastorinhos, quadrilha junina, ciranda, xaxado, cavalo-marinho e outros. Vemos a cultura como um elemento da nossa economia, que deve ser cada vez mais fortalecida”, pontuou.
Mestre popular conhecido no estado, Manoelzinho Salustiano enfatizou a urgência de mais valorização para artistas e produtores tradicionais. “A cultura popular precisa ser tratada como um patrimônio a ser zelado e preservado. O poder público tem que entender que nos dar mais espaço vai gerar emprego e movimentar a economia”, argumentou.
Ações e propostas do MinC
Tião Soares, diretor de Promoção das Culturas Populares, da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC) do MinC, reforçou o interesse do Ministério em dialogar com todas as frentes culturais para chegar a ações concretas. “Estamos fazendo um processo de escuta nacional para o Plano Nacional de Cultura (PNC), e precisamos garantir o lugar das culturas tradicionais nas políticas públicas, entender seus meandros e peculiaridades e valorizar seus territórios”, declarou.
Participando da audiência por meio virtual, Henilton Menezes, secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic) do MinC, destacou o compromisso da ministra Margareth Menezes com a nacionalização de recursos da cultura, manifestado em ações como a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), a Lei Paulo Gustavo (LPG) e os programas Rouanet Norte e Rouanet nas Favelas. Ele mencionou um edital específico da Rouanet para estados, com Pernambuco como programa piloto, visando reunir empresas para patrocinar projetos locais e fazer os recursos circularem na economia estadual.
Henilton sugeriu, ainda, uma medida no Congresso Nacional para permitir que projetos da Rouanet ligados à cultura popular se enquadrem no artigo 18 da lei, garantindo 100% de isenção fiscal às empresas que patrocinarem essas propostas. “Isso facilitaria muito a captação de recursos para os fazedores de cultura popular e ampliaria seu alcance”, afirmou.
Ele enfatizou a necessidade de articulação dos próprios artistas e parlamentares para apresentarem um projeto de lei na Câmara dos Deputados ou no Senado, com “total apoio do MinC e nenhum aumento de despesas para o governo”.
Henilton sugeriu, ainda, uma medida no Congresso Nacional para permitir que projetos da Rouanet ligados à cultura popular se enquadrem no artigo 18 da lei, garantindo 100% de isenção fiscal às empresas que patrocinarem essas propostas. “Isso facilitaria muito a captação de recursos para os fazedores de cultura popular e ampliaria seu alcance”, afirmou.
Ele enfatizou a necessidade de articulação dos próprios artistas e parlamentares para apresentarem um projeto de lei na Câmara dos Deputados ou no Senado, com “total apoio do MinC e nenhum aumento de despesas para o governo”.