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PREMIAÇÃO
Prêmio Rodrigo 2024: comissão de mérito se reúne com os 30 finalistas
Foto: Vitor Pacheco/Iphan
Entre os dias 25 e 29 de novembro, a comissão de mérito do 37º Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade estará reunida com os 30 finalistas da edição para selecionar as 15 ações vencedoras que receberão o prêmio de R$ 30 mil, cada. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), deve divulgar a relação preliminar das ações vencedoras até o dia 10 de dezembro.
O prêmio recebeu, em 2024, um total de 274 inscrições, das quais 245 foram habilitadas para a etapa estadual. Após reuniões das 27 Comissões Estaduais, 123 ações foram classificadas para a etapa nacional, cuja Comissão Técnica indicou, dentre essas, as 30 finalistas.
A comissão de mérito é formada por dez membros, dentre servidores do Iphan, de superintendências e unidades especiais, do MinC e professores universitários. Durante as reuniões para análise de mérito, os 30 finalistas farão uma defesa oral de suas propostas. Das ações classificadas, seis são da região Norte do país, oito do Nordeste, quatro do Centro-Oeste, sete do Sudeste e quatro do Sul. Sobre o perfil dos proponentes, 73% são do gênero feminino, 50% são pessoas negras ou indígenas, 43% LGBTQIAPN+, 33% residentes em locais de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e 27% pertencentes a povos ou comunidades tradicionais.
37º Prêmio Rodrigo - Visibilidade de Gênero na Economia do Patrimônio
A 37ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade contemplará um total de 15 ações exemplares de preservação e salvaguarda do Patrimônio Cultural brasileiro realizadas entre os anos de 2021 e 2023. O prêmio é de R$ 30 mil para cada um dos vencedores, como estímulo e reconhecimento ao trabalho desempenhado.
As ações inscritas concorrem em quatro categorias: Pessoas físicas ou grupos e coletivos não formalizados; Cooperativas e associações, Microempreendedor Individual (MEI) ou Microempresa (ME); Demais empresas e institutos privados; e Entidades da administração pública direta e indireta municipal, estadual ou federal.
O Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade tem abrangência nacional. O concurso é promovido pelo Iphan desde 1987 e reconhece iniciativas de valorização e preservação do Patrimônio Cultural do Brasil. O nome do prêmio é uma homenagem ao advogado, jornalista e escritor Rodrigo Melo Franco de Andrade, que em 1937 esteve à frente da criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), atual Iphan, o qual presidiu por 30 anos.
Conheça a Comissão de Mérito
Giorge Bessoni - Servidor do Iphan. Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mestre em Preservação do Patrimônio Cultural pelo Iphan. Atualmente exerce o cargo de coordenador-geral de Educação, Formação e Participação Social no Departamento de Articulação, Fomento e Educação do Iphan.
Flaviana Barreto Lira - Professora Associada do Departamento de Projeto, Expressão e Representação e do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (PPG-FAU/UnB), vinculada à linha de pesquisa de Patrimônio e Preservação (2019). Doutora em Desenvolvimento Urbano pela UFPE na linha de pesquisa de Conservação Integrada, com tese sobre autenticidade do patrimônio cultural. Membro do ICOMOS Brasil, sendo integrante do Comitê Científico de Teoria e Filosofia da Restauração.
Patricia Albernaz - Formada em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB). Servidora pública desde 2006, iniciou sua carreira no Ministério do Turismo, onde atuou no monitoramento e avaliação de projetos relacionados à qualificação profissional e de infraestrutura para o turismo. Em 2009, foi cedida para o Instituto Brasileiro de Museus, autarquia vinculada ao Ministério da Cultura. Em 2023 foi requisitada pelo MinC para atuar na Diretoria de Desenvolvimento Econômico da Cultura, onde exerce atualmente o cargo de coordenadora de Informações e Indicadores Culturais.
Patrícia Martins - Pós-doutora em Antropologia Social, concluiu seu doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), atuando junto ao grupo de pesquisa Dinâmicas Urbanas e Patrimônio Cultural (NAUI). Desenvolveu diferentes projetos na área do Patrimônio Cultural como a instrução do registro do Fandango Caiçara como Patrimônio Cultural Brasileiro e em sua posterior salvaguarda. Finalizou em 2018 sua tese de doutorado sobre o fazer musical caiçara, que recebeu menção honrosa no Prêmio Sílvio Romero/CNFCP/Iphan. Atualmente está como coordenadora do Programa de Comitês de Cultura da Secretaria de Comitês de Cultura junto ao MinC.
Rafael Gaspar - Doutor em Antropologia Cultural pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente, ocupa o cargo de antropólogo na superintendência do Iphan no Maranhão e coordena as ações de salvaguarda e pesquisa sobre o Patrimônio Cultural Imaterial no estado.
Raquel da Silva Santos - Arqueóloga do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), unidade especial do Iphan, mestranda em Preservação do Patrimônio Cultural pelo Instituto, integrante do Comitê de Preservação do Patrimônio Cultural de Matriz Africana (Copmaf/Iphan) e suplente do CNA no Comitê Gestor do Sítio Arqueológico do Cais do Valongo.
Roberto Marques - Professor e pesquisador do Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Regional do Cariri (URCA). Doutor em Antropologia Cultural pela UFRJ com pós-doutorado pela mesma instituição e pelo Núcleo de Estudos Pagu, da Unicamp.
Sandra Corrêa - Arquiteta e urbanista, especialista em Conservação de Monumentos e Conjuntos Históricos pela Universidade Federal da Bahia (CECRE/UFBA), mestre em Arquitetura pela UnB e doutoranda em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Desde 2006 é servidora do Iphan. Coordenou a área de fomento e fiscalização no Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização, editando as primeiras regulamentações nacionais e promovendo ações amplas da fiscalização e aprovação de projetos no Iphan. Atualmente, é arquiteta na superintendência do Iphan no Paraná, onde atua especialmente na elaboração e acompanhamento de projetos e obras de restauração, articulação institucional, fiscalização e análise de projetos em áreas tombadas.
Thaisa Lumie Yamauie - Bacharel em Ciências Sociais e mestre em Antropologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSC) e bacharel em Direito pela Universidade Federal do Acre (UFAC). É servidora do Iphan desde 2019.
Túlio Amaral - Mestre em Antropologia Social, pesquisador do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), unidade especial do Iphan.