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LEI DE INCENTIVO
PiauÍ: 99% dos municípios enviaram planos de ação da LPG
Dono de vasta riqueza cultural, seja na música, dança, teatro ou em manifestações como bumba-meu-boi, cavalo piancó, congada e samba de cumbuca, o Piauí, há cerca de dois meses, se articula junto à sociedade civil, gestores e fazedores de cultura para garantir a adesão à Lei Paulo Gustavo. Na reta final para o envio dos planos de ação, que termina em 11 de julho, a mobilização segue intensa. “Estamos realizando reuniões, ajudando uns aos outros, buscando municípios”, adianta Marco Matos, presidente do Fórum de Gestores de Cultura e superintendente de Cultura da Secretaria de Cultura de Piripiri.
Dos 224 municípios do Piauí, 99% fizeram a remessa das propostas de trabalho ao Ministério da Cultura (MinC) até sexta-feira (07) para garantir os recursos da lei. O estado irá receber R$ 42 milhões, enquanto R$ 32,5 milhões serão destinados às cidades. Para o 1% que ainda não aderiu à Lei e aos demais municípios que queiram receber o incentivo, o MinC organizou um plantão exclusivo para sanar dúvidas na elaboração dos planos de ação. Serão 12 horas, nesta segunda-feira (10). Saiba mais aqui.
Foto: Secult/ PI
“Há uma sede de incentivo cultural no estado. Existe uma demanda muito grande”, aponta a fotógrafa Margareth Leite, dos comitês Paulo Gustavo estadual e nacional, que reúnem artistas e gestores.
Integrante do Conselho Estadual de Cultura do Piauí e vice-presidente do Fórum Nacional de Conselhos Estaduais de Cultura (ConEcta), Poliana Sepúlveda lembra do início das mobilizações no estado. “Antes da assinatura da Lei nós já vínhamos conversando com as pessoas. Criamos um vínculo com os fazedores de cultura, além de estimular a população para que cobrasse seus municípios”, conta.
Entusiasta da LPG, Marco se mostra confiante com a iniciativa e seus efeitos. “É um divisor de águas nas leis de fomento à cultura. Vai dar oportunidade a muitos municípios. Alguns deles irão receber, pela primeira vez, recursos para o setor”, elogia.
Foto: Marco Matos/ Secretaria de Cultura de Piripiri
Para o projetista e produtor cultural Carlos Veras, a lei “chega ao Piauí como uma outra forma de olhar para a cultura audiovisual, de facilitar a vida dos pequenos produtores, de desburocratizar”.
Poliana vê o engajamento da sociedade civil para a participação dos municípios como sinal de uma transformação. “Graças a essa mobilização em torno da Lei, as pessoas passaram a entender a importância da cultura, da atividade como indústria e do direito à ela, além de se verem como atores culturais”, comenta. “No cinema, acho que a LPG vai dar um escopo para o estado como produtor de filmes. Talento nós temos, o que nos faltava eram recursos”, justifica.
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