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Papel dos museus para o avanço da Ação para o Empoderamento Climático é tema de debate
Foto: Maiara Cerqueira
Museus e centros de interpretação do patrimônio podem contribuir para o avanço da Ação para o Empoderamento Climático (ACE) por meio de trabalhos curatoriais, coleções e pesquisas transdisciplinares. O painel Reimaginando Instituições Culturais para a Ação Climática, realizado nesta terça-feira (5) durante o Seminário Internacional Cultura e Mudança do Clima, em Salvador (BA), tratou de como esses espaços são capazes de abordar as dimensões sociais, culturais, políticas e econômicas da crise climática.
Na conversa, mediada pelo gerente Nacional de Eventos e Gestão Cultural da Caixa, Celmar Batista, a presidente do Conselho Internacional de Museus (ICOM), Emma Nardi, da Itália, abordou como foi levar o conceito de sustentabilidade para dentro destas instituições. “Hoje os museus são centros de atividades sociais, então, se você tiver um museu falando sobre sustentabilidade, ele pode espalhar o trabalho e as atividades em suas comunidades”.
Já o diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e do Museu do Amanhã, Ricardo Piquet, ressaltou que cultura e natureza sempre estiveram juntas. “Na nossa percepção, a crise climática é cultural. A cultura são valores, hábitos, formas de se viver. E nós escolhemos uma forma de viver equivocada”.
E completou: “O museu é uma instituição muito respeitada no mundo inteiro. O museu é baseado em informações da ciência. Então, ele precisa se apropriar mais dessa credibilidade para debater o presente e projetar futuros possíveis ou desejáveis”.
O curador do Museu Indígena do Sítio Arqueológico de Lagoa Queimada, que será aberto no final deste mês em Santa Inês, na Bahia, Ziel Karapotó, falou que em seu trabalho busca pessoas indígenas sensibilizadas com a questão climática e sobre a importância do entendimento da cultura. “Porque, pela primeira vez, eu vejo a cultura entrar e ser uma das chaves para a questão. E não é pensar se é ou não a solução, pois a cultura permeia todos os outros campos”.
Por sua vez, a co-diretora da TBA21 Thyssen-Bornemisza Art Contemporary, fundação internacional de arte e advocacia, Rosa Ferré, da Espanha, comentou sobre o trabalho da entidade, umas das primeiras no segmento da arte contemporânea a se dedicar ao tema da ecologia. “Todas as nossas atividades são baseadas na crença na arte e na cultura como carreiras de transformação social e ambiental, e contribuem para a criação de espaços de paz”.
O Seminário Internacional Cultura e Mudança do Clima é uma realização do Ministério da Cultura em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), com apoio do Governo da Bahia, da prefeitura de Salvador, do BYD, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e patrocínio do Youtube.
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