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Nova diretoria da Funarte toma posse no Rio de Janeiro
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, deu posse na quinta-feira (2), à nova presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella. Maria é atriz, gestora pública e vereadora licenciada da cidade de Salvador (BA). A cerimônia ocorreu na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, onde uma plateia lotada de gestores culturais, artistas e ativistas da cultura tiveram o prazer de assistir a uma bonita apresentação de abertura realizada pelos alunos da Escola de Circo, uma das ‘joias da coroa’ da Funarte, escola que neste ano completa 40 anos de existência.
A cerimônia foi prestigiada pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, que acompanhou o evento ao lado das ministras Margareth Menezes e Sônia Faustino, substituta do Ministério das Comunicações, além do secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares. A arte permeou todo o evento, que contou com a interpretação do Hino Nacional Brasileiro, pelo cantor Caio Prado, e com performances das cantoras Verônica Valentin, Doralice e do ator Jackson Costa, que homenageou a nova presidente da Funarte com um poema dedicado a seu avô, Carlos Marighella, ativista político morto pela polícia da ditadura militar brasileira, em 1969.
“O que a arte e a cultura são capazes de fazer com a gente?” Esta foi a pergunta que abriu o discurso de boas-vindas da ministra Margareth Menezes, emocionada, à nova diretoria da Funarte. E ela mesmo respondeu a indagação “É disto que tem medo quem não gosta de cultura. É desta força de elevação e transmutação, que mora dentro do coração de cada um de nós que vive, ama e se encanta por este ofício, de trabalhador na área da cultura”.
Margareth Menezes disse que sua dedicação à arte a possibilitou transpor as fronteiras do bairro onde nasceu, e mesmo as fronteiras nacionais, e a levou a ter consciência da importância da cultura brasileira no exterior, onde o país ocupa a 13ª posição no ranking das nações que mais influência exercem sobre as demais culturas. A ministra disse ainda que o MinC está aberto ao diálogo e renovando a maneira de executar as políticas públicas, buscando a transversalidade do acesso de todos os segmentos culturais e regionais à política de fomento ao setor.
A nova diretoria da Funarte
Maria Marighella fez um discurso de posse marcado pela emoção e pela quebra do protocolo. Declamou, atuou e brincou com a língua portuguesa para dar ênfase ao caráter inovador e revolucionário da arte e da cultura na vida das pessoas. Fez questão de dizer que assumia uma gestão compartilhada com o povo brasileiro e com os ‘fazedores de cultura no país. “Toma posse aquele que ama, aquele que cuida, aquele que com um gesto, com um abraço, cuida daquilo que é de todos nós”, poetizou.
A nova presidente da Funarte se apresentou como sendo uma mulher negra de pele muito, muito clara e disse estar trajando vermelho em homenagem a sua Orixá guia, Iansã. Ela apresentou a equipe de gestores que vão tocar os trabalhos da Fundação nos próximos anos e deu destaque a Marco Teixeira, gestor público e servidor de carreira que irá assumir o cargo de assessor especial da Diretoria Colegiada, responsável pela estruturação de uma nova diretoria dentro da Funarte, a de Circo, Dança e Teatro.
Os demais nomes apresentados por Maria Marighella foram os do ator e gestor cultural, Leandro Lessa, para o cargo de diretor-executivo da Funarte; do bailarino, coreógrafo e professor de dança, Rui Moreira, para a Direção de Artes Cênicas; da artista visual, curadora e professora, Sandra Benitiz, para a Direção de Artes Visuais; da compositora, gestora cultural e servidora pública da Funarte, Eulícia Esteves, para a Direção de Música; da gestora cultural, curadora e produtora artística, Alíne Vila Real, para a Direção de Fomento e Difusão; da gestora e produtora cultural, Laís Almeida, para a Direção de Projetos e Coletivos; e do contador especialista em gestão pública e servidor da Funarte, Felipe Barros, para a Direção de Logística, Orçamento e Administração.