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No MICBR, players nacionais e internacionais apresentam oportunidades de negócio
Foto: Vitor Vasconcelos
A chance de conhecer oportunidades de negócios para quem cria e produz atividades culturais foi proporcionada pelo Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), promovido pelo Ministério da Cultura e pela Organização dos Estados Íbero-americanos (OEI), em Belém. As exposições dos principais players nacionais e internacionais aconteceram em nove conversas com “players” ao longo da programação, que começou na última quarta-feira, 8.
Em uma das rodadas deste sábado (11), participaram players como British Council e Fundação Calouste Gulbenkian, mas também realizaram ações nesse formato: Oi Futuro, Banco do Nordeste, Sesc e Basa. todos puderam realizar um bate-papo com produtores culturais de diversas partes do Brasil.
O produtor cultural e editor Rodrigo Vasconcelos, da editora independente Pó de Estrelas Editora, de Pernambuco, veio ao MICBR buscar financiadores de projetos culturais para ampliar sua atuação. “A gente tem conversado com todo mundo. Tem sido muito interessante ver como eles pensam, onde seria interessante eles colocarem dinheiro. Eles têm uma visão de cultura mais contemporânea, que pensa nos territórios, na permanência [legado das atividades] e na inclusão do público como ativo dentro da atividade cultural. Isso tem sido muito legal de entender”.
Rafael Ferraz, head do Departamento de Artes no Brasil do British Council, organização do governo do Reino Unido para a promoção de relações culturais e educacionais, falou sobre os investimentos em eventos no Brasil - como os festivais de música Se Rasgum (PA), Afropunk (BA) e No Ar Coquetel Molotov (PE), de multilinguagem Barulho Delas (CE) e de moda Brasil Eco Fashion Week (SP), pelo programa Cultura Circular - em 2023 e 2024.
“A gente está reconstruindo uma parceria com o Ministério da Cultura e foi convidado para apresentar as nossas atividades, portfólio e projetos de arte nas áreas de clima, sustentabilidade e economia criativa”, destacou. O British Council financia projetos em 12 países das Américas e do Caribe e mais de 110 países ao redor do mundo.
“É muito bom ter o MinC de volta, organizando, articulando e criando oportunidades para o setor, criando oportunidades de articulação internacional. A gente foi muito bem recebido no MICBR, nossas propostas foram bem acomodadas, a troca foi muito rica”, destaca Ferraz.
Já Tommy Pietra, da gerência de Ação Cultural do Serviço Social do Comércio (Sesc), destacou as oportunidades de apresentação de espetáculos de qualquer linguagem artística nos teatros do Sesc de São Paulo. “O objetivo foi fazer contatos e rodadas de negócio. Conheci muitos projetos interessantes que não conheceria de outra forma. Fiz mais de 25 conversas com diferentes grupos, de diferentes propostas artísticas de vários lugares. Para nós é muito importante poder ampliar essa pesquisa e ter essa presença, principalmente em mostras e festivais e na programação regular do Sesc São Paulo. As obras de outros estados aumentam a amplitude da visão do público para o que é realizado no Brasil.”
Realização
O MICBR é uma realização do MinC e OEI e conta com o patrocínio master da Vale e do Instituto Cultural Vale. Também apoiam a iniciativa o Sebrae, o YouTube, a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco da Amazônia (BASA). A programação das palestras e oficinas é apresentada pela Vale e Instituto Cultural Vale, com apoio do British Council. A Apex-Brasil é parceira nas rodadas de negócios e atividades de formação de redes.
O Mercado das Indústrias Criativas é realizado, ainda, com apoio do Governo do Estado do Pará, por meio das Secretarias de Cultura e Turismo, e pela Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural de Belém e da Companhia de Desenvolvimento da Região Metropolitana.