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SALVADOR
No Festival Liberatum, ministra destaca a força da cultura brasileira
Fotos: Luciele Oliveira/ Audiovisual MinC
Evento cultural multidimensional global, o Festival Liberatum é realizado pela primeira vez no Brasil em 2023. A programação teve início nesta sexta-feira (3) em Salvador, na Bahia, e contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes. Ela participou do painel Uma Vida Dedicada à Cultura, ao lado de Gil Alves, diretor artístico do evento, no Centro de Convenções.
Em seu discurso, Margareth Menezes falou da “força que tem a cultura, a nossa memória, a nossa história e os ativos que a nossa afrodescendência trazem para o nosso estado”. E foi além: “Agora a gente tem que ter uma visão de como aproveitar essa potência que já temos e fazer uma emancipação econômica do poder, do potencial, da tecnologia de sobrevivência com a cultura para fortalecer esse setor”, declarou a chefe da Pasta, que destacou a importância das políticas públicas para o segmento e as ações culturais, como a Lei Paulo Gustavo (LPG) e a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB).
A ministra salientou ainda o fato da capital baiana ser a primeira cidade do país a abrigar o Liberatum. “Esse festival chegar aqui em Salvador é um grande sinal, significa que tudo que nós fizemos, mesmo sem os apoios necessários, nós, povo da Bahia, artistas baianos, chamaram a atenção do mundo. O momento é agora”, afirmou.
Criado em 2011 pela organização internacional Liberatum, o festival abre as comemorações do Novembro Negro em Salvador. O evento já foi promovido em 13 países e busca estimular diálogos para a valorização da igualdade, diversidade e inclusão com a participação de nomes das artes, ciências e tecnologia.
A programação é gratuita e inclui palestras, pocket shows, manifestações artísticas e apresentações de produtores que atuam nas áreas da literatura, música, culinária, arte visuais e cinema.
Idealizador da iniciativa, o empresário, artista, produtor e diretor indiano Pablo Ganguli, destacou o objetivo do evento. “O Liberatum sempre foi não sobre falar a respeito da diversidade. Ele é a diversidade. É sobre a gente promover o tema, dedicando nossas vidas com a missão de celebrar e exaltar todas as vozes que foram ignoradas e negligenciadas”, assegurou.
Também estiverem presentes na abertura do Liberatum o prefeito de Salvador, Bruno Reis; o vice-governador da Bahia, Geraldo Junior; o secretário de Cultura do estado, Bruno Monteiro; e o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), João Jorge.
Gala
Nesta sexta à noite, a ministra participa de gala em homenagem à cantora Alcione. O evento, para convidados, terá show de Luedji Luna. Na quinta (2) ela esteve em jantar de boas-vindas que reuniu as atrizes Viola Davis, Angela Bassett e Taís Araújo.
O time de convidados do Liberatum traz ainda o vencedor do prêmio Nobel de literatura, o nigeriano Wole Soyinka, que faz a palestra de encerramento, na segunda-feira (6); a atriz Debbie Harry e o cantor Seu Jorge.