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Ministra prestigia reinauguração da Casa Pacheco Leão e inauguração da exposição Rota do Chá - Botânica, Cultura e Tradição
Foto: Filipe Araujo/ MinC
Ao som da Orquestra Maré do Amanhã, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou, neste sábado (16), da reinauguração do patrimônio histórico, arquitetônico e cultural, Casa Pacheco Leão, localizada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e da abertura da exposição Rota do Chá - Botânica, Cultura e Tradição.
A cerimônia celebra os 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China e reforça o papel da cultura como ponte entre as nações. O projeto contou com um investimento de R$ 2,7 milhões via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, com patrocínio da State Grid Brazil Holding e do Banco Bocom BBM.
Rota do chá
A exposição oferece um percurso imersivo e sensorial pela história do chá, desde suas origens ancestrais na China até sua disseminação global. O público pode explorar rituais, artes e tradições sociais, destacando o papel do chá na conexão cultural entre diferentes nações, especialmente Brasil e China.
“A exposição é um passeio pela história, tradição, sabores e cheiros do chá, uma herança ancestral da cultura chinesa que se espalhou pelo mundo. No ano em que celebramos 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China, é uma alegria participar dessa celebração”, afirmou Margareth Menezes.
A ministra ainda destacou que “nesse momento em que estamos recebendo a reunião de presidentes do G20, aqui no Rio de Janeiro, onde teremos também a presença do presidente Xi Jinping, as ações que comemoram os 50 anos de relações Brasil e China, em que o fortalecimento das nossas relações culturais estão se ampliando, me sinto muito honrada pelos convites e pelos diversos encontros com as autoridades e empresários chineses desde a reabertura do Ministério da Cultura”.
A atração tem também o objetivo de proporcionar ao público uma imersão na rica tapeçaria cultural do chá, explorando suas origens e sua jornada global, enquanto promove o fortalecimento dos laços culturais entre as duas nações.
Casa Pacheco Leão
Construída no século 19, a casa é símbolo do compromisso de Antônio Pacheco Leão com o estudo e a preservação da flora brasileira.
“A reabertura desta casa de conhecimento, cultura e arte, com essa exposição, é uma ponte que nos conecta ao passado e à história, reforçando os laços entre Brasil e China por meio de nossas tradições e riquezas culturais”, destacou a ministra.
Ela também ressaltou a importância histórica e simbólica do espaço. “Essa casa representa não apenas a preservação de uma arquitetura, mas também o compromisso com a ciência, a cultura, a arte, a educação e a preservação ambiental.”
A Casa estará aberta ao público a partir de 21 de novembro, com entrada gratuita. Os ingressos podem ser reservados pelo site. O funcionamento será de quinta a terça-feira, das 10h às 17h.
O imóvel passou por obras de manutenção e restauração durante seis meses. Com dois andares, dez salas, quatro banheiros e copa, o imóvel, em estilo eclético, teve as cores originais de suas paredes retomadas em várias tonalidades, assim como as janelas, portas externas e guarda-corpos azuis e as esquadrias internas verdes. Outras relíquias recuperadas são as pinturas artísticas nas paredes, a escada e o piso original. O espaço recebeu ainda um elevador e banheiros com acessibilidade.
“Esta casa foi um ponto de encontro para grandes cientistas, como Adolpho Ducke, João Geraldo Kuhlmann, Alexandre Curt Brade e Alberto Löfgren. É fascinante ver esse lugar, que preserva tantos detalhes originais, reaberto ao público. Agora, todos poderão explorar o universo de um homem que dedicou sua vida ao estudo e à preservação da flora nacional”, avalia a superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Patrícia Wanzeller.
O presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Sergio Besserman Vianna, destaca a relevância do novo espaço cultural da instituição como um patrimônio histórico-cultural do país.
“O projeto traz a integração entre a ciência botânica, a história e a cultura, que traduz, na prática, a missão do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a de fazer e difundir pesquisas científicas, visando à conservação da biodiversidade. Além disso, a Casa vai ampliar, com arte e excelência, a experiência de visitação, aproximando o público da ciência e história botânica por meio da planta do chá”, ressalta o presidente do JBRJ.
A ministra aproveitou a ocasião para enfatizar o papel da Lei Rouanet, tanto na realização das obras de restauração da casa, supervisionadas pelo Instituto do Patrimônio Historico e Artístico Nacional (Iphan), quanto na realização da exposição. “Isso só reforça a potência das parcerias com empresas privadas para o fortalecimento do acontecimento cultural em todo o território brasileiro; e é um presente para todos e todas nós que vamos ter acesso a esse equipamento cultural histórico”, complementou.
O embaixador da China no Brasil, Zhu Qing Qiao; o presidente do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Sergio Besserman; o vice-presidente da State Grid Corporation of China, Jin Wei; o chairman da State Grid Brazil Holding, Sun Tao; o presidente do Conselho do Bocom BBM, Sun Xu; o CEO do banco Bocom BBM, Pedro Henrique Mariani; o presidente executivo do banco, Alexandre Lowenkron; o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo; e a secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, Daniele Barros, foram algumas das autoridades presentes.
“Iniciativas como essa exposição são uma janela de oportunidade para buscarmos reposicionar a cultura como elemento essencial para um desenvolvimento econômico sustentável, de modo a construirmos uma parceria internacional mais fraterna, solidária e justa”, concluiu a ministra.
Bebida consumida mundialmente
O chá, além de ser uma bebida consumida mundialmente, carrega consigo milênios de história, tradições e rituais que transcendem fronteiras. É uma representação líquida de culturas de diversos povos e épocas. Ao focar na história do chá, o projeto enfatiza não apenas a importância da bebida, mas também as múltiplas histórias e interações culturais que ela inspirou ao longo dos séculos. O projeto se posiciona como uma experiência inovadora, alinhado às tendências globais de museologia e educação patrimonial, reforçando o compromisso do país com a preservação e promoção da cultura em suas múltiplas facetas.