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4ª CNC
Ministra da Cultura se reúne com jornalistas de 30 ve´ículos em café da manhã
Foto: Filipe Araújo/ MinC
Um café da manhã com jornalistas de todo o país deu início à programação da 4ª Conferência Nacional de Cultura (4ª CNC), na manhã desta segunda-feira (4), em Brasília. Durante pouco mais de uma hora, a ministra Margareth Menezes se reuniu com representantes de 30 veículos de comunicação para debater temas como a retomada da Conferência. Também foram tratadas na pauta a valorização das culturas populares e o fazer cultural para aqueles que enfrentam o custo Amazônia. As cinco regiões do país estiveram representadas por comunicadores de rádio, tevê, sites noticiosos e impresso.
“Um país que defende a sua potência cultural tem outra estrutura diante do olhar dos demais países. Entender que a gente tem essa cara diversa, assumir essa cara diversa, isso nos fortalece”, afirmou a chefe da Cultura ao ressaltar que desde a retomada do Ministério da Cultura (MinC), a universalização de ações e recursos é uma das bases do planejamento estratégico da Pasta. Exemplos disso são a realização do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), em novembro de 2023, e a COP30, que ocorrerá no próximo ano. A previsão do custo Amazônia nas ações do MinC já é uma realidade em ações como o Programa de Intercâmbio Cultura, que disponibiliza 20% mais de recursos para moradores dessas regiões.
Tarciana Medeiros, presidenta do Banco do Brasil, apresentador e patrocinador do Festival da Cultura, reforçou que após o hiato de dez anos, a Conferência é instrumento de exercício de democracia. “Quando a gente constrói cultura com quem faz, consome, apoia e também o Governo, é a melhor forma para, de fato, estabelecer diretrizes e políticas públicas para a Cultura. Eu não acredito que há outra forma de fazer isso, a não ser como ocorrerá aqui nos próximos quatro dias”.
Já Leonardo Barchini, diretor da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), correalizadora da CNC, complementou ao afirmar que fazer cultura é um ato de resistência. “Precisamos tirar essa ideia de que Cultura é só festa. Ela também é desenvolvimento econômico. Governos, sociedade civil, imprensa, todos precisam estar engajados para defender as manifestações culturais porque isso faz bem à alma. “Investir na Cultura é investir em gente, em ser humano”, completou a ministra.
Culturas populares
A atenção ao fazer cultural por mulheres e, também, a constante valorização das culturas populares, foram outros pontos do bate-papo com jornalistas. O secretário-Executivo do MinC, Márcio Tavares, destacou que, já no ano passado, foi criada a Diretoria da Promoção das Culturas Populares, parte da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC). “É importante a gente aproveitar a Cultura para mostrar às pessoas o que está acontecendo na política. A ministra tem nos dado essa relevante orientação de nacionalizar o recurso, nacionalizar a cultura e isso perpassa por valorizar nossos mestres, mestras, fazedores de cultura de todo o país”.
O secretário reforçou ainda o repúdio do Ministério a atos de censura que envolveram o escritor Jefferson Tenório, autor da obra "Avesso da Pele". “Jefferson é um dos grandes escritores de sua geração. Repudiamos qualquer ato de censura ou discriminação”.
Realização
A 4ª CNC é realizada pelo MinC e pelo Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), e correalizada pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI). Além disso, conta com apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil).
O Festival da Cultura, que também integra a programação, é apresentado e patrocinado pelo Banco do Brasil, como realização do MinC e do CNPC, correalização da OEI e apoio da Flacso Brasil.
Com o tema Democracia e Direito à Cultura, a etapa nacional terá ampla programação entre os dias 4 e 8 de março, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Para saber mais, acesse o site da 4ª CNC.