Notícias
COLETIVA
Ministra celebra Dia Nacional da Cultura em café com jornalistas
Foto: Filipe Araújo/MinC
Um café da manhã com jornalistas fez parte da programação de eventos do Ministério da Cultura (MinC) na Bahia esta semana. Na manhã desta terça-feira (5), data de celebração do Dia Nacional da Cultura, a ministra Margareth Menezes participou de uma coletiva no Centro de Convenções de Salvador, com a presença do secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro; e do secretário de Turismo e Cultura de Salvador, Pedro Tourinho.
Participaram também representantes de áreas estratégicas do MinC, incluindo Marcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural; Henilton Menezes, secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural; Marcos Souza, secretário de Direitos Autorais e Intelectuais; e Jéferson dos Santos Assunção, diretor de Livro, Leitura, e Literatura e Bibliotecas.
“Estamos, hoje, em todo o planeta, buscando saídas para questões culturais, sustentabilidade, mudanças climáticas, direitos autorais e ambientes digitais, além de preservar nosso patrimônio. Essas são discussões que permeiam o mundo todo, entre países que valorizam a cultura como memória, valor simbólico humano e também econômico,” afirmou Margareth Menezes, destacando a importância do investimento em cultura promovido pelo Governo Lula.
A ministra também falou sobre as boas relações internacionais que Brasil vem construindo e o reconhecimento que o país vem ganhando na área cultural. “Agora estamos recebendo o G20 aqui no Brasil, pela primeira vez com uma presidência brasileira. É muito representativo estarmos aqui em Salvador, reconhecendo a importância e o impacto que a Bahia tem para a cultura nacional, acolhendo e representando toda a diversidade cultural do Brasil”, disse.
Este ano, a temática dos eventos foca na relação entre cultura e mudanças climáticas. “A conscientização sobre o clima é uma preocupação mundial, e estamos reunindo autoridades para discutir como a cultura pode ser uma ferramenta de conscientização. Precisamos mudar nossa forma de lidar com as reservas e riquezas naturais. É um momento crítico que o mundo enfrenta, e a cultura tem um papel fundamental nesse processo”, destacou a ministra. Além disso, ela ressaltou a necessidade de preservar os equipamentos culturais, muitos dos quais estão sendo impactados pelas mudanças climáticas.
Outros temas
Durante a coletiva, a ministra abordou diversos temas, como a importância da economia criativa para o desenvolvimento cultural e econômico do Brasil. Ela contou sobre a recente inclusão da União Africana nas discussões do G20, como um passo significativo na direção de reparações e reconhecimento ao continente africano. “A União Africana começou a fazer parte. A partir da última reunião, estão sendo trazidas as pautas, principalmente na questão da reparação,” pontuou. “Estive no mês passado na reunião do G7, onde a União Africana estava convidada e o Brasil também, pois está presidindo o G20 no âmbito da cultura”, complementou.
Em resposta à pergunta de uma das jornalistas, sobre o potencial da economia criativa para impulsionar o desenvolvimento sustentável e gerar empregos, a ministra enfatizou a relevância da economia criativa como uma força econômica global. “É uma temática que está sendo tratada no mundo inteiro. Existe um estudo divulgado pela Unesco, em 2024, que aponta que 6% do PIB mundial é gerado pela economia criativa, emprega mais de 30 milhões de pessoas, a maioria jovens”, avaliou.
O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, expressou sua satisfação com o reconhecimento da cultura como um setor estratégico. “A cultura é um setor que não para de crescer em sua participação na economia do Brasil e do mundo. Ela gera empregos, gera renda e, por isso, nos desafia a qualificar cada vez mais profissionais para atuarem nessa ampla rede da economia criativa. Além disso, do ponto de vista antropológico, quando falamos de cultura, estamos falando do vínculo das pessoas com o território, do vínculo com o local onde vivem, se expressam e se realizam culturalmente”, observou o gestor, e ainda destacou a importância da agenda ambiental frente à emergência climática atual.
“A agenda ambiental nos chama à responsabilidade diante da emergência ambiental que enfrentamos. Não estamos mais falando de uma estratégia para daqui a 20 ou 30 anos, porque, se não houver uma mudança de atitude imediata, talvez nem tenhamos esses 20 ou 30 anos, considerando o ritmo acelerado de degradação que o planeta vem sofrendo. Então, o momento de agir é agora”, finalizou.
Pedro Tourinho, secretário de Turismo e Cultura de Salvador, compartilhou suas expectativas durante o evento, destacando também a importância da cultura. “A cultura é identidade. Ela é convivência; é a cultura que nos permite ter um senso de pertencimento, que torna as trocas mais saudáveis. A cultura fortalece cada indivíduo, cada nação. E um indivíduo fortalecido é mais seguro para trocar, para conviver. Em tempos de polarização, o desenvolvimento da cultura em cada país pode, sim, nos ajudar a alcançar consensos. Salvador contribui para essa discussão”, afirmou o secretário.
Ele pontuou que os eventos buscam mostrar como a cultura pode ser uma ferramenta de desenvolvimento econômico e justiça social, e finalizou lembrando que a ministra tem pautado essas questões no G20 desde o início de sua gestão. “Queremos trabalhar a economia criativa, a economia da cultura, de forma que gere igualdade social e promova justiça social. Esse é o desafio que Salvador apresenta para o G20, e também o desafio que enfrentamos diariamente em nossa cidade. Acredito que, se o mundo focar nessa discussão, isso poderá trazer grandes avanços para a sociedade e para todos nós”, concluiu.
Acompanhe mais nas nossas redes
Flickr: https://www.flickr.com/photos/ministeriodaculturaoficial/albums
Instagram: https://www.instagram.com/minc