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2 DE JULHO
Ministra homenageia Bicentenário da Independência da Bahia em sessão no Senado
Foto: Filipe Araújo/MinC
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou nesta quarta-feira (05) de sessão solene em celebração ao Bicentenário da Independência da Bahia no Congresso Nacional, em Brasília. O dia 2 de julho, também conhecido como Independência do Brasil na Bahia, faz referência à data em que as tropas portuguesas deixaram o estado, após 17 meses de batalha.
Na cerimônia, realizada no Senado, a ministra prestou tributo ao estado com a interpretação dos hinos baiano e ao Senhor do Bonfim, acompanhada da Orquestra Sinfônica da Força Aérea Brasileira, com arranjos do maestro Luciano Calazans.
O senador Jaques Wagner, autor do requerimento para a homenagem, juntamente como o também senador Randolfe Rodrigues e os deputados Bacelar, Alice Portugal, Lídice da Mata e Rogéria Santos, chamou a atenção para a ligação entre a canção e o Bicentenário. “Esse hino foi feito em 1923, em comemoração ao centenário de 2 de julho de 1823. Um dos versos fala que ‘há cem anos, nossos pais conduziste à vitória’. Além de ser um agradecimento ao senhor do Bonfim, é uma reverência à data maior da Bahia”, justificou Jaques, que também presidiu a sessão.
A ministra Margareth Menezes destacou a importância da cultura para que os erros do passado não voltem a se repetir. “Essa data prestigia a memória de todos aqueles que foram cruciais para a independência. Gente simples e trabalhadora, que no século 21 reabre o diálogo do Brasil consigo e com o mundo, que valoriza o que é nosso. Essa é nossa independência. Os eventos de 8 de janeiro mostram a importância de termos viva na memória as dificuldades do passado, para que a gente não repita os mesmos erros. A memória é um tema em que a cultura é central”, disse. “As comemorações do 2 de julho são, também, a lembrança que precisamos enfrentar a tirania com altivez, coragem, criatividade, qualidades que temos em abundância”, completou a ministra.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, salientou o papel do povo baiano na luta pela independência do estado, e criticou a escassez de menções a negros e mulheres nos livros de história. “Um povo colonizado não tem capacidade de planejar seu futuro, não tem força suficiente para escolher seu destino. O mais forte para a gente é quando a nossa história é contada por nós mesmos. Infelizmente, não temos nos livros a história do povo negro, das mulheres, do povo do interior. As histórias de Maria Felipa e Joana Angélica não estão nas páginas da imprensa”, comentou Jerônimo, citando duas personalidades femininas que tiveram papel importante no conflito.
A orquestra sinfônica da Força Aérea Brasileira apresentou ainda as músicas Saudade da Bahia, Lamento Sertanejo e Toda Menina Baiana, que encerrou o evento, interpretadas pela cantora Tais Nader.
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