Notícias
RIO DE JANEIRO
MinC participa da 21ª Festa Literária Internacional de Paraty
©SaraDeSantis
O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação Cultural, Livro e Leitura (Sefli), marcou presença, entre os dias 22 e 26 de novembro, da 21ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro.
O secretário Fabiano Piúba destacou que a Flip já está consolidada no calendário cultural brasileiro e no circuito de festivais literários. "Considerando seu relevo, o MinC teve uma presença marcante na Flip, participando de mesas com os setores criativo e produtivo, onde debatemos a retomada da política nacional de livro e leitura. Conversamos com escritores, editores, livreiros e mediadores para construirmos uma agenda de fomento à literatura, promovendo a leitura e o desenvolvimento do mercado editorial. Foram dias intensos, saltando de uma casa para outra, mobilizando o setor e o público presentes na Flip para a pauta do Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL)".
A construção do PNLL, aliás, foi outra pauta que ganhou força durante o encontro. "O Plano será construído de forma participativa, em 2024, no estabelecimento das metas e ações para os próximos dez anos. A Flip funcionou como um ambiente de aquecimento da agenda que iremos trabalhar, partindo da regulamentação da lei que institui a Política Nacional de Leitura e Escrita por decreto do presidente Lula em conjunto com a ministra da Cultura, Margareth Menezes e o ministro da Educação, Camilo Santana. Nossa agenda está vinculada às pautas prioritárias do presidente da República e de nossos ministros. Nossa perspectiva é que 2024 será o Ano da Leitura no Brasil na construção de um grande pacto social em torno do livro e da leitura em nosso país”, afirma Fabiano Piúba.
O diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, Jéferson Assumção, e a coordenadora-geral de Livro e Literatura, Andressa Marques, também participaram de mesas ao longo da programação da Flip. “Foi uma participação muito importante com públicos diversos, com grandes públicos e discussões muito interessantes. Trabalhamos uma mesa sobre a reconstrução do PNLL com a CBL, com a Libre, com a participação do Itamar Vieira Junior, e da Eliana Alvez Cruz, uma mesa muito forte, do ponto de vista de mostrar a necessidade da construção do PNLL de 2024 a 2034. O evento mostrou também uma vontade de uma grande pactuação em torno do livro, da leitura e da literatura. Esse é um grande pacto entre o governo e a sociedade, entre o setor criativo e o setor produtivo, entre o MinC e o Ministério da Educação”, afirma o diretor.
Para o diretor, uma das principais agendas foi a da Casa Favela. Momento em que o MinC falou sobre uma perspectiva da escrita a partir da favela e de outros lugares - no que a Periferia Brasileira de Livros (PBL) está chamando de uma nova antropofagia. “Construindo neologismos para se apropriar dessa fecunda e importante perspectiva, mas, também, trazendo o que é próprio das periferias e das favelas, disso que é do direito do outro, o que Oswald de Andrade falava de que ‘só não me interessa o que não é meu".
Lá, Jéferson Assumção compartilhou a mesa com a deputada Fernanda Melchionna, que falou do número de assinaturas alcançadas para a instalação da Frente Parlamentar do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas.
Já a participação da diretora de Educação e Formação Artística, Naine Terena, teve como foco o diálogo sobre a importância de as Universidades e Institutos Federais construírem agendas no campo das artes e da cultura, que fortaleçam as relações entre o público interno e o entorno das instituições. Para isso, ocorreram algumas reuniões como a que abordou a tradução de conteúdo do primeiro ciclo do Programa Conexão, Cultura e Pensamento, executado pela UFG e parceiros. A iniciativa abordará por doze meses a temática indígena, numa plataforma multimídia.
“Nossas ações buscam focar, sobretudo, no alcance de nossas competências e, por isso, a Diretoria busca incentivar e estimular o desenvolvimento e execução de projetos e ações que envolvam a formação de educadores no campo artístico-cultural, nas diversas linguagens e manifestações relacionadas ao campo das artes e cultura. Temos colaborado na elaboração e difusão de conteúdos programáticos, que apoiem a educação sobre culturas locais, do campo, inclusão social, entre outros”, explica Naine Terena.
Flip
Segundo a Flip e a Prefeitura de Paraty, 27 mil pessoas visitaram a cidade durante a edição de 2023, número 10% maior do que no ano passado. Houve também um crescimento na ocupação do Auditório da Praça (5% a mais, na média). A Festa contou com 44 espaços parceiros, 14 editoras, três embaixadas e consulados, além de 17 espaços e praças abertas. Em 2024, a Flip, segundo organizadores, deve ser realizada em setembro.