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MinC participa do primeiro Encontro Nacional de Cultura e Arte nas Universidades Federais Brasileiras
Foto: Divulgação
Qual o papel das universidades nas políticas estruturantes para as artes e cultura do Brasil? Para responder essa questão, a Universidade Federal da Bahia realizou na manhã de hoje (03) o I Encontro Nacional de Cultura e Arte nas Universidades Federais Brasileiras. O evento integra o calendário de comemoração dos 77 anos da instituição e o Bicentenário da Independência da Bahia.
Maria Marighella, presidenta da Funarte; e Fabiano Piúba, secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura, representaram a ministra Margareth Menezes na mesa de abertura da atividade.
Maria, que é egressa da UFBA, pontuou que a realização do evento na semana do Bicentenário não é mera coincidência. “Porque sabemos que conhecimento, arte e cultura também nos liberta, emancipa e compromete a boa luta”.
Ela avaliou ainda que as políticas afirmativas, hoje em andamento, estão redesenhando a história do conhecimento, pesquisa e conhecimento no Brasil. “Através da presença de outras corpas, outras narrativas, saberes, visão de mundo, sociedade e sujeitos que as compõem”, disse a presidenta do órgão vinculado ao MinC.
O Encontro propõe um debate sobre as múltiplas possibilidades de institucionalização da gestão das ações de cultura e arte no âmbito das universidades. Consequentemente, a ampliação da contribuição para o campo cultural e artístico, estreitando laços entre universidades, governos e setores sociais, com seus respectivos agentes, comunidades e territórios.
Objetivo reforçado pela fala do secretário Piúba. “Cultura é um saber fazer comum”, afirmou ao iniciar sua participação no evento. “Educação sem cultura é adestramento” continuou ao parafrasear o filósofo Jorge Larrosa.
Segundo ele, o desafio agora “é construir uma agenda integrada entre o MinC e o MEC, que estabeleça um programa de formação artística e cultural nos ensinos básico e superior”. “Que promova uma nação de leitores com competências autônomas de leitura e escrita, bem como a geração da formação técnica, profissional, acadêmica, crítica e criativa em arte e cultura para o desenvolvimento da cidadania, da inclusão, da diversidade, da democracia e da economia em nosso país. Mas, para isso, precisamos incluir efetivamente a cultura e as artes nos currículos escolares e nas experiências formativas do ensino básico, bem como ampliar a oferta de cursos de artes nas universidades”.
Recursos
Piúba também anunciou a reserva de orçamento por parte da SEFLI/MinC para o desenvolvimento de parcerias com universidades federais, por meio de Termos de Execução Descentralizada, os TEDs.
“Sabemos do papel e do lugar das artes e das culturas para a redemocratização, refundação, reconstrução e regeneração de nosso país na refazenda, refestança, refavela e refloresta, como canta Gilberto Gil, nosso Griô do Futuro”, concluiu sob aplausos.