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EDUCAÇÃO
MinC participa de seminário em Goiânia com apresentação da Revista Pihhy
Foto: Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena (NTFSI)
Será realizado, nos dias 13 e 14 de novembro, na Universidade de Goiás (UFG), em Goiânia, o Seminário Como fazer uma UFG Intercultural? O evento tem o objetivo pensar a valorização da diversidade de conhecimentos e saberes a fim de refletir sobre o papel do ensino, da pesquisa e da extensão. Compondo a programação, o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli), participa da mesa de abertura com a presença do coordenador-geral de Articulação de Políticas de Cultura e Educação, Rafael Maximiniano.
Durante a atividade, o gestor e integrantes do Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena (NTFSI) farão a apresentação da Revista Pihhy (que significa “semente” na língua Mehi Jarka, falada pelo povo indígena Mehi-Krahô), um projeto vinculado ao Programa Conexão, Cultura e Pensamento, que chega agora à sua 4ª edição, buscando estimular a criação, a produção e a circulação de materiais de autoria indígena em múltiplos territórios, baseados em conhecimentos diversos, plurais e ancestrais.
A Pihhy compõe uma política do MinC, voltada à promoção da produção e difusão do conhecimento, da informação, da pesquisa, da memória e das artes, com ênfase nas manifestações estéticas indígenas, compreendendo as linguagens e línguas originárias como elementos substanciais nesta produção.
“Apresentamos aqui a percepção inscrita na palavra conexão. Para além da produção do conhecimento, a possibilidade de estabelecer conexões entre saberes, fazeres, epistemologias, territórios e povos distintos, gerando confluências e encontros na promoção do que se produz nas mais diversas áreas do conhecimento, no sentido de promover não só a diversidade cultural, mas também a diversidade do conhecimento, das ciências, dos saberes, dos fazeres, das percepções e das cosmovisões em torno do pensamento cultural”, afirma o secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba.
Seminário
O evento 'Como fazer uma UFG Intercultural?' conta com uma programação diversa com mesas e debates que tratam sobre a importância da valorização de outras tradições epistemológicas e da articulação de conhecimentos plurais, e apresentará experiências e reflexões estabelecidas em outros territórios e instituições que propõem outros modelos educativos.
Com o interesse em refletir sobre os saberes e fazeres e o papel das Universidades nos processos de formação artística e cultural, no ensino e na aprendizagem, a presença do MinC no evento é mais uma oportunidade de qualificar as ações e dialogar com a população acadêmica sobre as políticas públicas.
“O Programa Conexão Cultura e Pensamento foi pensado, nessa sua reconstrução, como um espaço de criação e fortalecimento dos saberes tradicionais e populares, em articulação com a educação formal. Nesse sentido, é fundamental fomentar a existência de espaços onde possamos compreender as conexões entre os saberes, maneiras de fazer e estar e, principalmente, de ensinar e aprender, de forma a orientar as políticas públicas a partir de uma perspectiva do respeito à diversidade e que promova a justiça social, sustentabilidade e equidade”, afirma o coordenador-geral de Articulação de Políticas de Cultura e Educação, Rafael Maximiniano.
Para Alexandre Herbetta, professor e coordenador do projeto, o seminário propõe a interculturalidade crítica como eixo para se pensar as instituições educativas no país. “Partimos do pressuposto de que a noção e a prática da interculturalidade deve ser central para todas as instituições e formações, e não restrita a um modelo de educação. Iniciamos aqui a elaboração de uma proposta de interculturalidade como eixo para a Universidade Federal de Goiás”, frisa o professor da UFG.
Revista Pihhy
Sobre a Pihhy, o professor Alexandre Herbetta aponta que a publicação é um projeto inovador e de vanguarda porque promove a pesquisa, o registro e a sistematização de saberes ancestrais e indígenas que foram, no violento processo histórico e colonial, apagados, adormecidos ou invisibilizados no país. “Ela traz à tona conhecimentos plurais e diversos sobre temas fundamentais para o mundo contemporâneo, como a sustentabilidade, a relação com a natureza, a saúde, a democracia e o bem viver”, finaliza o coordenador.
Ela colabora com o sistema brasileiro de educação, alimentando processos de ensino e aprendizagem relacionados à Lei 11.645 e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Busca estimular a produção de conhecimento científico, despertando saberes fundamentais, pautados em distintas matrizes epistemológicas.
A Pihhy traz temas como educação, direitos, conhecimentos, política, ciência, artes, dentre outros, por meio de alguns elementos: Já me transformei em Imagem; Mestres de Cultura; Cadernos Educativos; Literatura Indígena; A Palavra da Mulher é Sagrada; Vibrações, Sons e Corpos e Direitos Indígenas, os quais compõem sua proposta.
Serviço
Seminário “Como fazer uma UFG Intercultural?”
Data: 13 e 14 de novembro de 2024
Local: Na Universidade de Goiás (UFG), em Goiânia, no Auditório da Biblioteca Central, Universidade Federal de Goiás, Campus Samambaia, Goiânia, Goiás, Brasil
Transmissão ao vivo pelo canal da Associação Latinoamericana de Antropologia (ALA) e do Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena. (NTFSI)