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PATRIMÔNIO
MinC Participa de Audiência Pública sobre nova sede para a Fundação Athos Bulcão em Brasília
Câmara dos Deputados Salão Verde (jardim interno) - Foto: Edgar César Filho
A concessão do terreno público para a construção da nova sede da Fundação Athos Bulcão foi discutida nesta sexta-feira (12), em uma audiência pública realizada no Museu da República.
No evento, Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), destacou a importância desta iniciativa não apenas para Brasília, mas também para a preservação da memória e do patrimônio moderno do país.
“Brasília nos deve, como dimensão institucional, esse reconhecimento a Athos Bulcão. É crucial preservar a cidade como um todo, incluindo seus acervos e sua arquitetura moderna, o que representa um desafio para o campo do patrimônio cultural”, afirmou Márcia. “Reconhecer Athos é reconhecer nossa alma candanga e nossa dimensão de Brasil moderno”, completou.
Criada em 1992, a Fundação Athos Bulcão tem como missão promover a documentação, preservação, pesquisa e difusão da obra do artista. Atua também para tornar a educação, a arte e os bens culturais acessíveis a toda a comunidade. Atualmente, a instituição funciona em um edifício alugado na 510 Sul, mas a expectativa é que o Governo do Distrito Federal conceda o terreno no lote 12 do Setor de Divulgação Cultural (SDC) para a nova sede.
Novo Espaço Cultural
O projeto arquitetônico será de João Filgueiras Lima, o Lelé, grande colaborador de Athos. A futura sede contará com um teatro/auditório, café, loja, museu Athos Bulcão, galeria e sala multiuso. Segundo a Fundação, este novo espaço ampliará o impacto de suas atividades e proporcionará ao artista um local à altura de sua contribuição para Brasília.
Legado de Athos Bulcão
Moradores e visitantes de Brasília podem admirar as obras de Athos Bulcão espalhadas pela cidade. Nascido no Rio de Janeiro, em 1918, Athos mudou-se para Brasília em 1958, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, para realçar a arquitetura da nova capital. Seus primeiros trabalhos incluem os azulejos da Igreja de Nossa Senhora de Fátima e do Brasília Palace Hotel. Ele também criou painéis para o Aeroporto Internacional, Parque da Cidade, Catedral Metropolitana, Palácio da Alvorada, Congresso Nacional, Teatro Nacional Claudio Santoro, entre outros. São mais de 200 obras inventariadas no Distrito Federal produzidas pelo artista, que faleceu em julho de 2008.