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Márcio Tavares destaca força da cultura popular em entrevista
Foto: Reprodução
“O Brasil não vai conseguir ter a dimensão que ele pode ter como nação, se a gente não valorizar a maior riqueza que a gente tem, que é a memória, as tradições, o legado e a herança da construção do nosso povo. Sobretudo, o legado e a construção daqueles que ficaram mais esquecidos, que são os trabalhadores, que são os negros, os indígenas, que fazem a força da nossa cultura popular”. A afirmação foi feita pelo secretário Executivo do Ministério da Cultura (MinC), Márcio Tavares, em entrevista à Rádio Cultura, na manhã de hoje (17).
Ele destacou as várias ações de fomento à cultura desenvolvidas pelo Ministério nos últimos meses, entre elas, a Lei Paulo Gustavo – medida emergencial construída durante a pandemia para atender o setor. A ação é o maior investimento descentralizado na cultura na história do País. São R$ 3,8 bilhões para todos os municípios. “Recuperando tudo aquilo que não foi investido nos últimos anos”.
Programa Cultura Viva
A retomada do programa Cultura Viva, com investimentos em rincões de cultura, marca mais um ponto de atenção da Pasta ao conhecimento e às tradições populares. Bem como os pontos de cultura, focos de outra Lei em desenvolvimento. “Nós queremos que a Aldir Blanc 2 faça correr com muita força também a política dos pontos de cultura, com investimento pesado, garantindo reconhecimento das rodas de capoeira, nos grupos de Maracatu. Pra que a gente possa irrigar com recursos num volume inédito e garantir a retomada da cultura esse ano”, pontuou Márcio.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável também pela patrimonialização imaterial de recursos, à exemplo do Choro, do Samba e do Jongo foi outro tema da conversa. “Nós subimos um investimento quase inexistente no ano passado para R$ 20 milhões este ano, pra salvaguardar do nosso patrimônio imaterial”.
Uma realidade muito diferente do encontrado em janeiro, quando a equipe assumiu e remontou o MinC. "O cenário era de destruição. Acho que todo mundo se lembra do desmonte", e completa: "Mas estamos trabalhando pra a retomada da cultura. Quando a gente investe nisso, a gente investe no que a gente tem de melhor.”