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PATRIMÔNIO
Iphan inaugura nova sede da superintendência no Rio de Janeiro
Foto: Filipe Araújo/MinC
A sede da superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio de Janeiro está de cara nova. Na manhã desta quarta-feira (7), foi inaugurada a nova sede, no edifício Docas, localizado na Avenida Rio Branco. Na ocasião, estiveram presentes a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e o presidente do Iphan, Leandro Grass.
Com um investimento superior a R$ 18 milhões, provenientes do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a restauração do prédio, conhecida como RB46, foi a maior obra de restauração já realizada na cidade.
Inaugurado em 1908, o edifício das Docas foi originalmente construído para abrigar a sede da Companhia Docas de Santos, responsável pela administração do Porto de Santos. O edifício testemunhou as transformações urbanas e culturais da cidade do Rio de Janeiro desde o início do século XX.
"Essa inauguração representa um marco significativo para o Iphan e para o Ministério da Cultura. E instalar a sede do Patrimônio Histórico em um edifício que corresponde e representa exatamente as prerrogativas base do surgimento do Iphan, torna esse momento mais especial ainda," afirmou a ministra.
Margareth Menezes complementou ainda: “A valorização de nossas riquezas culturais só nos faz engrandecer nosso povo. Aqui, continuaremos a nossa missão de salvaguardar monumentos, paisagens e tradições que compõem a nossa identidade cultural, garantindo que as futuras gerações possam conhecer e se orgulhar da nossa história”.
Preservação
O presidente do Iphan, Leandro Grass destacou a importância da nova sede para a cultura brasileira. “Há muita história, há muita memória sobre a democracia brasileira e aqui é um lugar que representa muito a história do nosso país. E, hoje, essa casa retorna à população. Um patrimônio cultural que está aberto e que representa a força do povo brasileiro, da nossa cultura. Além de abrigar a estrutura administrativa e técnica do Iphan, no Rio, essa sede se torna também uma casa do patrimônio, disponível à população para realização de atividades culturais, exposições, formação e educação”, afirmou.
A obra de restauração incluiu a recuperação da fachada histórica, o reforço estrutural dos pavimentos, a renovação das instalações elétricas e de segurança, e a restauração das pinturas artísticas, atribuídas a Del Bosco e Benno Treidler.
Para o superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Paulo Vidal, a história do prédio une luta democrática, cultura e patrimônio. “Este prédio tem uma história rica e significativa. Construído pela Companhia Docas de Santos, ele foi um ponto crucial durante a Constituinte de 1988, sendo o local de encontro entre constituintes e a sociedade para discutir cultura, sociedade e meio ambiente. Hoje, este espaço volta a ser um ponto de contato entre o patrimônio cultural e a sociedade, reafirmando seu papel histórico e cultural”, contou.
Grass ainda agradeceu o trabalho desempenhado por servidores e dos diversos profissionais e entidades comprometidos com a proteção do patrimônio cultural brasileiro. “Que nosso patrimônio seja cada vez mais amado e preservado por todos”, disse.
Proteção
O Rio de Janeiro é o estado com o maior número de obras tombadas pelo Iphan. A nova sede se estabelece como um ponto de encontro para pesquisadores, estudantes e interessados em contribuir para a preservação do legado cultural brasileiro conforme explicou a ministra Margareth Menezes. "A sede do Iphan será um farol de cultura, história e arte, iluminando o caminho para um futuro onde nossa herança cultural seja cada vez mais valorizada e protegida. Este é um espaço para convivência, resgate e prospecção de novas metas e políticas públicas que venham promover o enriquecimento de informações sobre a cidade e o estado do Rio de Janeiro, um verdadeiro templo da memória e da identidade brasileira," concluiu a ministra.
Também esteve presente no evento o diretor do Departamento de Ações Estratégicas e Intersetoriais (DAEI) do Iphan, Daniel Sombra.