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ARQUEOLOGIA
Iphan divulga resultado preliminar do 11º Prêmio Luiz de Castro Faria
A lista de vencedores do 11º Prêmio Luiz de Castro Faria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (30). Promovido pelo Centro Nacional de Arqueologia (CNA), unidade especial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o concurso reconhece pesquisas acadêmicas de excelência com temática relacionada ao Patrimônio Arqueológico brasileiro. Os vencedores serão premiados com valores entre R$ 7 mil a R$ 20 mil, de acordo com a categoria.
A edição deste ano tem como tema o Sítio Arqueológico do Cais do Valongo, no Rio de Janeiro (RJ). A premiação conta com quatro categorias: monografia, dissertação, tese e artigo científico. Nesta edição, a categoria Artigo Científico premia duas produções acadêmicas relacionadas à temática indígena e da diáspora africana no Brasil. Concorreram 44 trabalhos, sendo 10 artigos científicos, 11 monografias, 13 dissertações e 10 teses.
Os interessados em interpor recursos contra o resultado devem fazê-lo no prazo de até cinco dias úteis, a contar da publicação dos resultados no Diário Oficial da União, encaminhando e-mail para premio.cna@iphan.gov.br, dirigindo-o à direção do CNA e informando no título “RECURSO AO RESULTADO DO PRÊMIO LUIZ DE CASTRO FARIA 2023”, exatamente com esses termos e em caixa alta.
Vencedores
Na categoria Monografia, o trabalho vencedor foi o de Diego Ribeiro de Souza, com o título "Arqueologia no ‘Meu Interior’: Tessitura das Relações entre Pessoas e Patrimônio na Comunidade Lagoa dos Torrões”, realizada no âmbito da Graduação em Arqueologia e Preservação Patrimonial da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
A categoria dissertação, por sua vez, teve como vencedor o trabalho intitulado "Yané Redáwa Tedáwa São Francisco: Arqueologia Ancestral na Terra Indígena Tupinambá, Rio Tapajós, Amazônia", de autoria de Hudson Romário Melo de Jesus, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Na categoria tese, o vencedor foi o trabalho intitulado “Abordagens Educacionais para uma Arqueologia Parente com Comunidades Tradicionais da RDS Amanã e da Flona Tefé, Amazonas", de autoria de Maurício André da Silva, desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP).
Por fim, a categoria Artigo Científico selecionou os trabalhos "Entre Memórias e Vestígios: Teias do Tempo no Encontro do Patrimônio Vivo - um Relato do Sítio Arqueológico Alto da Lagoa de Santa Teresa", de autoria de Heloísa Bitú dos Santos; e "Diálogos Afrodiaspóricos em Sala de Aula: por uma Arqueologia Antirracista", de autoria de Patrícia Marinho de Carvalho.
Comissão Julgadora
A Comissão Julgadora do concurso foi presidida pela diretora do Centro Nacional de Arqueologia, Jeanne Crespo; e dividida em duas bancas distintas. A primeira, responsável pelas análises dos trabalhos de monografia e artigo científico, contou com a participação da arqueóloga e superintendente do Iphan em Rondônia Alyne Mayra Rufino dos Santos; do arqueólogo e preservador patrimonial Bruno Vitor de Farias Vieira; e da arqueóloga indígena Odanilde Escobar.
Já a segunda banca, responsável pela análise dos trabalhos de dissertação e tese, foi composta pelo arqueólogo do Iphan na Bahia, Ademir Ribeiro Junior; pelo cientista social Carlos Augusto da Silva; e por Iris Pereira de Moraes Ewejimi, cientista social.
Sobre Luiz de Castro Faria
Na década de 1960, o museólogo e antropólogo Luiz de Castro Faria (1913-2004), acompanhado de Rodrigo Melo Franco de Andrade, foi um importante articulador das políticas públicas sobre o Patrimônio Arqueológico no Brasil.
Luiz de Castro teve influente atuação na promoção das pesquisas arqueológicas, desenvolvidas sobretudo juntamente com o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição na qual foi pesquisador e diretor. Também foi membro do Conselho Consultivo do Sphan (atual Iphan).
Sua atuação também foi significativa para a preservação dos sambaquis, sítios arqueológicos comumente chamados “concheiros” ou “berbigueiros”, localizados ao longo da costa brasileira. O trabalho resultou no seu engajamento na implementação da Lei 3.924/61, que dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos no Brasil. O pesquisador foi um dos principais autores do anteprojeto da Lei.
Vencedores do 11º Prêmio Luiz de Castro Faria
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