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Inscrições abertas para as oficinas do Seminário Internacional sobre Cultura e Mudança do Clima
Avançar nos debates e oferecer aos profissionais da cultura oportunidades de aprendizado prático. São esses alguns dos objetivos das oficinas do Seminário Internacional sobre Cultura e Mudança do Clima. Realizada nos dias 6 e 7 de novembro, no Museu de Arte da Bahia (MAB), em Salvador, a atividade integra a programação paralela ao G20 Brasil. A iniciativa é gratuita e está sujeita a lotação. Os interessados podem se inscrever aqui até sábado, dia 2.
Serão seis oficinas, comandadas por nomes reconhecidos internacionalmente pela atuação na pauta da mudança do clima,a exemplo de Alison Tickell, fundadora da instituição sem fins lucrativos Julie's Bicyle, líder na mobilização das artes e a cultura para agir sobre a crise climática, e o arquiteto, designer e fundador e diretor da NLÉ, Kunlé Adeyemi.
O Seminário Internacional sobre Cultura e Mudança do Clima é uma realização do Ministério da Cultura em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização de Estados Ibero- Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), com apoio do Governo da Bahia, da prefeitura de Salvador, do BYD, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e patrocínio do Youtube.
Veja a programação detalhada:
06/11
9h30 às 12h00
Lideranças Criativas em Ação pelo Clima
Inspirado no programa internacional CCL: Creative Climate Leadership (Lideranças Criativas pelo Clima) da organização britânica Julie’s Bicycle, a oficina busca inspirar artistas e profissionais da cultura a agir diante da crise climática e ecológica. Esta sessão introdutória incentiva os participantes a refletirem sobre seu trabalho— seja individualmente ou em suas organizações— sob a perspectiva das Tendências Criativas pelo Clima, uma ecologia de práticas criativas voltadas para o meio ambiente ao redor do mundo. A atividade pretende fortalecer o potencial para uma ação colaborativa significativa no Brasil, com impacto, criatividade, resiliência e estratégia. Serão disponibilizadas 20 vagas.
A oficina é destinada a artistas (performance, visuais, mídia, música e outras áreas); trabalhadores culturais incluindo produtores, curadores, administradores, financiadores, formuladores de políticas e outros profissionais do setor que queriam usar sua expertise criativa a serviço da crise ecológica e da justiça climática.
Palestrantes
Alison Tickell é uma das principais pensadoras e vozes no campo da cultura e do clima, tanto no Reino Unido quanto internacionalmente. Formada originalmente como violoncelista, Alison tem sido uma defensora incansável da ação climática baseada na cultura, tendo aconselhado e contribuído com diversas iniciativas, incluindo: IFACCA, UNFCCC, G20 Cultura, Creative Europe, Parlamento Europeu, governos nacionais, redes, projetos e financiadores. Atualmente, trabalha com a Climate Heritage Network e o Chamada Global para Ação Climática Baseada na Cultura, copreside o tema de Clima no Conselho das Indústrias Criativas do Reino Unido, integra o Comitê Diretor do European Heritage Hub e é membro vitalícia da Ashoka.
Thiago Jesus é pesquisador e produtor associado do programa CCL da Julie’s Bicycle. Ele também lidera os projetos de cultura e clima da People’s Palace Projects (PPP), um centro de pesquisa de artes e justiça social ligado à Queen Mary University of London, e faz parte da coalizão da Climate Heritage Network que defende a inclusão da cultura nas políticas climáticas da UNFCCC.
06/11
14h às 16h30
Acelerando a transição verde do setor cultural: o Ponto de Contato Cultura Verde da Alemanha
Essa oficina oferece um mergulho interativo na abordagem estrutural do programa Ponto de Contato de Cultura Verde (Green Culture Contact Point - GCCP) desenvolvido para acelerar a transição verde do setor cultural na Alemanha. Como parte da estratégia do Ministério da Cultura do Governo Federal da Alemanha, o GCCP auxilia o setor cultural a enfrentar proativamente os desafios da sustentabilidade, estabelecendo padrões, criando estruturas regulatórias, oferecendo programas de financiamento e disponibilizando ferramentas gratuitas, processos comprovados e suporte intersetorial.
Os participantes irão aprender sobre os sucessos, os fracassos, as boas ideias (e piores decisões!) nas atividades-piloto do primeiro ano desse projeto inovador. E irão descobrir como os números mágicos “1-3-5-7” podem ajudá-los a estabelecer um sistema de gestão estratégica de sustentabilidade para suas instituições culturais. Estão disponíveis 20 vagas.
Palestrantes
Jacob Sylvester Bilabel é fundador da Green Music Initiative, fundador da Everywh2ere Hydrogen, e diretor administrativo do Green Culture Anlaufstelle des Bundes na Alemanha (GCA / “Ponto de Contato para Cultura Verde”), uma unidade de serviço do ministério federal da cultura alemão para ajudar as instituições culturais do país a acelerarem sua transição para a neutralidade de carbono.
A GCA desenvolveu um padrão unificado, específico para o setor cultural, para avaliação de pegadas de carbono, servindo como base para uma abordagem estratégica visando práticas mais sustentáveis no setor e voltado às 20 mil instituições culturais da Alemanha. Um programa de capacitação está sendo implementado em estreita cooperação com todos os 16 estados federais alemães para construir competências dentro do próprio setor, abrindo caminho para que outros possam seguir o exemplo. Trinta pessoas: sugerimos abrir 20 para o público e reservar 10 vagas para outros participantes/convidados do seminário. "A oficina é destinada a artistas (performance, visuais, mídia, música e outras áreas); trabalhadores culturais incluindo produtores, curadores, administradores, financiadores, formuladores de políticas e outros profissionais do setor que queriam usar sua expertise criativa a serviço da crise ecológica e da justiça climática.
A oficina é destinada a artistas (performance, visuais, mídia, música e outras áreas); trabalhadores culturais incluindo produtores, curadores, administradores, financiadores, formuladores de políticas e outros profissionais do setor que queriam usar sua expertise criativa a serviço da crise ecológica e da justiça climática. Estão disponíveis 20 vagas.
06/11
17h às 18h
Cidades Aquáticas Africanas
Cidades Aquáticas é uma visão de ecossistemas sustentáveis e inclusivos construídos sobre e ao redor da água – abordando a rápida urbanização e as adaptações às mudanças climáticas. Desde 2011, foram realizadas extensas pesquisas e adquirida expertise em soluções baseadas na natureza para desenvolvimentos sobre e ao redor da água. Especificamente, por meio do projeto ‘Cidades Aquáticas Africanas’ e da criação do ‘Sistema Flutuante Makoko’ (MFS™) – uma solução única de construção flutuante em madeira sustentável, pré-fabricada, de fácil montagem, produzida localmente, construída em seis países e em três continentes, com mais em andamento.
Seja para habitação, hospitalidade, saúde, educação, cultura, agricultura, ecossistemas de água doce, silvicultura ou para proteger o meio ambiente pela água, acreditamos que a infraestrutura, arquitetura e os espaços construídos para apoiar essas indústrias devem incorporar valores sustentáveis, fazendo parte e se adaptando aos seus ambientes. ‘Por que lutar contra a água, quando podemos aprender a viver com ela?’
Destinada a profissionais, pesquisadores e estudantes de arquitetura, design e de desenvolvimento urbano, 20 vagas serão disponibilizadas.
Palestrantes
Kunlé Adeyemi é arquiteto, designer e pesquisador renomado internacionalmente, fundador da NLÉ, escritório de arquitetura estabelecido em 2010. Seu projeto mais emblemático é a Makoko Floating School, uma estrutura flutuante revolucionária em Lagos, Nigéria, que evoluiu para um sistema construtivo pré-fabricado para edificações sobre água, já implementado em cinco países. Em 2016, recebeu o Leão de Prata na Bienal de Veneza.
Antes da NLÉ, trabalhou por nove anos com Rem Koolhaas no OMA, liderando projetos como a Bolsa de Valores de Shenzhen e a Biblioteca Nacional do Catar. Tem doutorado honorário pela Universidade de Hasselt e formação em Economia pela LSE. Como acadêmico, ocupou posições em Harvard, Columbia e Princeton, onde desenvolve pesquisas em soluções arquitetônicas voltadas a necessidades socioambientais. É membro do grupo de Influenciadores Africanos para o Desenvolvimento do PNUD e palestrante internacional reconhecido por sua visão inovadora em arquitetura sustentável.
07/11
9h30 às 12h00
Arranjos de governança para ação climática - desafios para a gestão do patrimônio cultural
Os efeitos das mudanças climáticas sobre o patrimônio cultural impõem desafios de uma gestão articulada entre as esferas de governo e da sociedade civil no território. Promover arranjos de governança colaborativa no território pode ser uma estratégia de planejamento para adaptação do patrimônio material e imaterial aos efeitos provocados pelas mudanças climáticas. Nesta oficina iremos propor uma atividade de elaboração de mapa de atores do território, bem como pensar arranjos possíveis para promover gestão de dados, definição de competências e planejamento de protocolos de intervenção no caso de desastres climáticos.
Serão abertas 20 vagas com foco em gestores públicos e membros da sociedade civil.
Palestrantes
Rafael Passos é superintendente do Iphan no Rio Grande do Sul.
07/11
13h30 às 16h00
Oficina de Lançamento Pesquisa "Cultura e Clima" (C de Cultura e Outra Onda Conteúdo, Brasil)
Sobre a pesquisa e a oficina: Concebida pelo C de Cultura e pela Outra Onda Conteúdo, com apoio técnico do Instituto Veredas, o relatório "Cultura e Clima" surge da necessidade de integrar a cultura brasileira à agenda climática global.
A pesquisa foi desenvolvida a partir de uma metodologia participativa e aborda a intersecção das agendas de Cultura e Clima, no intuito de informar atores, governos e instituições interessadas na temática sobre a importância de criar e promover políticas públicas culturais focadas em soluções para a crise climática, incluindo a preservação de bens culturais e educação climática de agentes públicos.
Na primeira parte da atividade, a apresentação vai abordar a relevância das evidências encontradas no estudo inédito, que reforçam a intersecção das agendas de Cultura e Clima.
Na segunda parte da atividade, será conduzida uma oficina dividindo os participantes em grupos, cada um destes promovendo a análise de perguntas orientadoras formuladas no desenvolvimento da pesquisa.
O objetivo desse momento é potencializar reflexões e experimentações sobre a integração dos saberes e recursos culturais nas políticas de combate à crise climática. As 50 vagas disponíveis tem como público alvo gestores, fazedores de cultura, agentes políticos e culturais, além de estudantes.
Palestrantes
Mariana Resegue, jornalista especializada em gestão e comunicação no setor social, iniciou sua trajetória na Juntos.com.vc como coordenadora de projetos. Contribuiu para o reconhecimento da organização como finalista do Desafio Google 2014. No Movimento Arredondar, coordenou investimento social, levando a organização a ser finalista do mesmo prêmio em 2016. Foi Coordenadora Geral do Atlas das Juventudes, plataforma referência em dados sobre juventude no Brasil. Atualmente é Diretora Executiva do C de Cultura e Supervisora Geral do Cultura em Evidência.
Eduardo Carvalho é diretor fundador da Outra Onda Conteúdo, onde desenvolve projetos que conectam cultura, tecnologia e design a pautas sociais, especialmente mudanças climáticas. Foi curador-assistente do Museu do Amanhã, é Mestre em Gestão da Economia Criativa (ESPM) e bolsista Chevening Clore Fellowship. Finalista do Prêmio Jabuti, coordena os pavilhões da sociedade civil na Conferência da ONU sobre clima e é criador da coleção Educação Climática com a Turma do Pererê, ilustrada por Ziraldo.
07/11
16h30 às 19h00
Construindo através do processo: justiça climática nas artes, cultura e comunicação
Esta oficina convida os participantes a explorar maneiras de reformular nossa comunicação e processos criativos, focando menos em resultados perfeitos e mais no crescimento e cura contínuos — para nós e para nossas comunidades.
Usando o seu podcast ‘Mothers of Invention’ como exemplo, Thimali Kodikara irá convidar os participantes a reimaginar juntos a arte e a cultura para além de estruturas tradicionais, elitistas e colonial-capitalistas, que muitas vezes limitam a criatividade e o impacto. Tomando como ponto de partida as tensões sociopolíticas nos EUA, Thimali irá comentar sobre as tensões emocionais e espirituais presentes em suas escolhas editoriais, estratégias de construção de comunidade, estratégias de relações públicas e até de seleção de colegas de equipe.
Os participantes são convidados a trazer projetos próprios ou ideia existentes para discutirem em conjunto as tensões presentes em cada trabalho, e propor estratégias práticas de descolonização para aprofundar o impacto e conectar mais profundamente com nossos ancestrais humanos e não-humanos. A sessão é projetada como um diálogo aberto de desconstrução de ideias convencionais e construção por meio do processo conjunto. A atividade é destinada a gestores, fazedores de cultura, agentes políticos e culturais. Os participantes devem trazer projetos próprios ou ideias existentes para serem discutidas em conjunto. Estão disponíveis 10 vagas.
Palestrantes
Thimali Kodikara é fundadora da consultoria OneLoudBellow e produtora do podcast Mothers Of Invention, ao lado da ex-presidente irlandesa Mary Robinson. Seu trabalho conecta audiências globais a mulheres BIPOC na vanguarda da inovação climática. Produziu a primeira celebração de justiça climática feminina no American Museum of History, com Patti Smith, e moderou diálogos importantes, incluindo uma conversa entre Bernie Sanders e ativistas climáticas após a eleição de 2020.
Consultora da BAFTA em educação climática, criou critérios para o Climate Impact Award do Edinburgh TV Awards e assessorou a All3Media sobre narrativas climáticas. Seu trabalho inovador foi reconhecido pelo New York Times e BBC. Atua em diversos conselhos, incluindo a Slow Factory e o Art for Climate Lab de Olafur Eliasson. É defensora do Climate Reframe, projeto que amplifica vozes de mais de 150 líderes climáticos BIPOC no Reino Unido.
Atualmente, é produtora sênior da Getty Images e desenvolve um documentário sobre supremacia branca no sul dos EUA. Formada pela Wimbledon School of Art e Central Saint Martins, vive no Brooklyn há 20 anos.