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DOSSIÊ
Hip-Hop abre caminho para reconhecimento como patrimônio nacional
Foto: Filipe Araújo/MinC
O presidente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, recebeu nesta segunda-feira (17), do movimento Hip-Hop, o pedido para transformar o gênero musical em patrimônio imaterial do país.
Em marcha pelas ruas de Brasília para defender o valor do Hip-Hop, representantes de várias partes do país entoaram batalha de rimas, grafitaram painéis e dançaram breaking: caracterizado por movimentos de pés e mãos no solo, paradas bruscas e ainda cabeças ao chão e pernas ao ar. O ato terminou na sede do Iphan, entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC).
“Agora tem início o processo de reconhecimento formal institucional da cultura do Hip-Hop como patrimônio imaterial brasileiro. Esse processo vai levar um tempo para que a gente possa consolidar todos esses princípios da cultura Hop”, explicou Leandro Grasss.
A justificativa para transformar o Hip Hop em patrimônio vem de um dossiê com inventários da cultura dos 26 estados e do Distrito Federal.
Jornalista e integrante do movimento Construção Nacional do Hip-Hop, Cláudia Maciel explicou o processo de construção da memória do Hip Hop brasileiro.
“Em cinco meses, a gente construiu 2.033 páginas de um inventário participativo. Todo o Brasil Hip-Hop veio somar. A gente tinha o intuito de preservar a nossa cultura, reconhecer a nossa cultura, garantir que a nossa cultura pudesse exercer toda a arte que pulsa livre, que dessa vez nós pudéssemos iniciar mais 50 anos livre”.
O movimento Hip-Hop
O Hip Hop surgiu nos subúrbios negros e latinos dos Estados Unidos, na década de 1970. De estilo musical único, o movimento cresceu e se espalhou pelo mundo, agregando em sua característica danças e cantos improvisados. O Brasil teve como precursores do Hip-Hop, na área musical, Nelson Triunfo e Thaíde.
Foto: José Cruz/Agência Brasil