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PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Governo Federal recebe reivindicações da Marcha das Margaridas
Foto: Bruno Peres/Secretaria-Geral da Presidência
Com o mote Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver, a 7ª Marcha das Margaridas apresentou, nesta quarta-feira (21), a sua lista de reivindicações ao Governo Federal. A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto e foi acompanhada por ministros, parlamentares e outras autoridades. O Ministério da Cultura (MinC) foi representado pela secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg.
A marcha é uma ação protagonizada por mulheres do campo e da floresta em memória de Margarida Maria Alves, sindicalista assassinada por latifundiários em 1983. Pleiteia visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena para as trabalhadoras rurais. Foi realizada pela primeira vez em 2000, e desde então, acontece a cada quatro anos.
Mazé Morais, coordenadora nacional da marcha e secretária nacional de mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), apresentou a pauta de reivindicações às autoridades. As demandas estão agrupadas em 13 eixos políticos, que representam a visão de longo prazo do movimento. De caráter intersetorial, envolvem o trabalho de todos os setores do Governo Federal.
"Nos guiamos pelos princípios do feminismo anticapitalista, antirracista e antipatriarcal, que reflete cada uma das nossas realidades. É um feminismo que defende a vida, vinculando a defesa da agroecologia, dos territórios, dos bens comuns, da soberania e da autodeterminação dos povos", afirmou a dirigente.
Para o MinC, na pauta apresentada, destaca-se a meta específica de criar pontos de cultura e casas digitais de gestão compartilhada. "Estamos comprometidos com o fortalecimento dos Pontos de Cultura Viva, articulando redes capazes de promover transformação e novas possibilidades de vida a pessoas de todo o Brasil - e neste caso, no interior do país, na área rural" afirma Márcia Rollemberg.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, enfatizou a importância do movimento para o contexto vivido pelo Brasil. "É no momento em que querem nos mandar de volta para dentro de casa que a Marcha das Margaridas vem e diz: vamos marchar. Nós, mulheres, temos o direito de viver, e, portanto, não aceitamos estar em qualquer lugar. A marcha vem para marcar posição, para fazer a diferença nessa Esplanada e no Brasil", afirma.
Márcio Macêdo, Ministro Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, reiterou que o governo está de portas abertas aos movimentos sociais. "A vida é feita de símbolos, e esse é um símbolo importante. O presidente Lula determinou que fosse desobstruído o canal da participação da sociedade, das organizações do povo, no governo do Brasil. Aqui é a casa de vocês, fiquem muito à vontade trazendo as suas pautas e reivindicando", convidou.