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COOPERAÇÃO
Fundação Palmares representa o MinC no Panafest, em Gana
Foto: Divulgação
Para reativar a cooperação cultural entre Brasil e África, a Fundação Cultural Palmares (FCP), representando o Ministério da Cultura (MinC), levou uma delegação ao Festival Pan-Africano de Artes e Cultura (Panafest), realizado de 19 de julho a 1º de agosto em Gana. O evento promovido a cada dois anos busca estabelecer a verdade sobre a história do continente e a experiência de sua população, por meio das expressões artísticas e da cultura, além de afirmar a herança cultural comum dos povos africanos no mundo.
“É muito importante a relação entre o Brasil e os países africanos, em especial no que diz respeito à cultura e à economia criativa da cultura. E essa primeira delegação brasileira, liderada pelo Itamaraty e pelo MinC, por meio da Fundação Cultural Palmares, com participação do governo do Estado da Bahia e da prefeitura de Salvador, é fundamental”, declarou o presidente da FCP, João Jorge. “Estamos retomando um relacionamento que precisa ir além da emoção da cultura e da herança africana. Para a Fundação Palmares é um renascimento dessa relação importante com os países africanos”, finalizou.
A edição 2023 do festival, promovido nas cidades de Cape Coast e Elmina, tem como tema “Reinvindicar a Família Africana: Confrontar o Passado para Enfrentar os Desafios do Século XXI”. A intenção é apontar os desafios para reunificar a família africana e indicar os caminhos para as transformações em curso no mundo contemporâneo por meio do poder da música, teatro, dança, espetáculo, artes visuais e do pensamento crítico, em workshops, seminários e debates.
Criado em 1992 pela dramaturga ganesa e pan-africanista Efua Sutherland, a partir do artigo “Proposta para um Festival de Drama Histórico em Cape Coast”, publicado em 1980, o Panafest é um espaço de diálogo sobre a escravidão e o colonialismo e seus impactos na vida do povo africano.
A delegação brasileira inclui ainda o chefe de gabinete da FCP, Nelson Mendes; o representante da secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Rafael Manga; e o representante da sociedade civil Antônio Carlos dos Santos, Vovô do Ilê Ayiê.